Capítulo 5

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A sensação de ter seus lábios nos meus deixava minha mente nebulosa, e eu não conseguia me concentrar por tempo suficiente para pensar direito.

A Barraca do Beijo

Louise encarava sua imagem no espelho do seu quarto do instituto sem entender o que havia lhe acontecido. Nada havia mudado, mas ela só sabia olhar para seus lábios e lembrar do que havia acontecido e o que estava sentindo.

Depois do beijo, ficaram em silencio sem dizer uma palavra, como se pudesse ser digerido o que tinha acabado de acontecer. Então Na Jaemin resolveu que estava tarde e que era melhor ela voltar para o instituto. E quando chegou a hora de se despedir, se aproximou dela e deu outro beijo nos lábios da garota.

- Para dar sorte. – sorriu e depois apressou para que a garota entrasse no instituto.

E Louise não dormiu a noite inteira, apenas ficou pensando no beijo e nas novas sensações.

- Louise, já está acordada. – disse Milena se espreguiçando. A garota havia dormido no quarto de Louise.

- Milena, me chama de Lou. – pediu a garota.

- Por que? O que há de errado com o seu nome? – questionou Milena.

- Nada, só me chama de Lou. – insistiu.

- Ok, Lou... descobriu porque meu coração fica acelerando? – perguntou a garota.

Louise assentiu.

- Você deveria beijar ela. – respondeu Lou. – Sabe, encostar seus lábios nos dela.

Milena franziu a testa, como isso lhe ajudaria?

- Mas...

- Só tenta, é bom. – sorriu Louise e foi para o banho.

...

Louise passou o restante do dia revivendo em suas memorias o que tinha acontecido, sempre sentindo uma sensação gostosa. Se perguntava como havia vivido tanto tempo sem ter sentimentos.

A noite, quando pensou em sair, escutou as sirenes do instituto soarem, e sentiu um medo que corria a espinha. Saiu do seu quarto e viu a supervisora vindo de quarto em quarto com um aparelho colocando na testa dos alunos.

A supervisora colocou o aparelho na testa de So Yeon no começo da fila, que já estava agitada. Quando ela apertou o aparelho, So Yeon teve uma descarga elétrica e caiu no chão inconsciente. Louise reprimiu o grito e observou os outros alunos se amontoarem perto da colega de classe. E a supervisora gritou para que não saísse de seus lugares e que não tinham nada a temer.

"Há colors em todos os lugares" se lembrou do que Alessandra havia dito.

Louise por sua vez, não esperou os alunos voltarem para seus lugares, aproveitou a movimentação e se apressou em sair de lá. Quando estava chegando perto das escadas, encontrou Milena e Karina.

- Louise, o que está acontecendo? – questionou Karinna.

- Milena, a gente tem que sair daqui, descobriram que tem colors no instituto. – disse Louise rapidamente puxando a amiga consigo.

- Espera, e a Karina? – perguntou Milena.

Louise olhou para a outra garota que não estava entendendo nada do que estava acontecendo.

- Ela vai ficar bem, voltaremos para resgata-la. – explicou Lou.

- Mas...

- Ela vai correr perigo se vier junto. – argumentou Lou. – Vamos salvar todos depois. – tranquilizou.

Era impossível levar a Karina que não sabia de nada com elas, poderia a garota ficar paras traz por simplesmente não saber a gravidade das coisas. Fora que ela não tinha nenhum instinto de sobrevivência.

- Eu vou voltar. – prometeu Milena. Karina apenas assentiu, ainda confusa.

Então Milena se aproximou e colou os lábios nos lábios de Karina, em um beijo. Karina ficou imóvel, e Louise observava a tudo ainda surpresa.

- Espere por mim, Karina. – disse apertando a mão da garota.

Então Milena se afastou e saiu correndo junto com Lou.

Correram para o pátio que estava vazio, foram até a cerca e passaram pelo buraco no alambrado. Louise arrastou Milena pela estrada, até que não se podia mais ouvir a sirene do instituto, desabou no chão. Lou tinha a sensação, que nada agora poderia voltar o que era antes.

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