Capítulo 1: A frente.

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Acho engraçado como a vida tem um enorme prazer em nos fazer de palhaços.

...🌻...

*Boruto on*

Se eu não amasse tanto a minha irmã, com certeza eu a mataria.

Vasculhava cada canto daquela floresta a procura do objeto perdido, mas todo o esforço parecia tão útil quanto procurar uma agulha entre a palha, ou encontrar o X da questão. Às vezes me pergunto o que estou fazendo da minha vida, tenho a constante sensação de estar sendo feito de escravo pela pequena e "inocente" Himawari.

Ontem, minha família veio fazer um piquenique na floresta. Nada de anormal até aí. O problema foi minha irmã ter esquecido o ursinho dela aqui. E oras! Ela já quase me matou por eu rasgar acidentalmente a pelúcia, mas não hesitou em larga-la lá quando saímos apressados graças a forte chuva que começava a açoitar Konoha.

Hoje a mesma implorou com seus olhos de boneca para que eu encontrasse o brinquedo, e eu não consegui fazer nada além de concordar. Mas havia um porém, graças a chuva, perdi o ponto de onde ficamos. Me fazendo ter que procurar na floresta inteira

E como em toda e qualquer situação, Sarada estava comigo. Ela corria os olhos ônix por todo o ambiente, mas também não obtinha sucesso. Ela parou para respirar e eu caí sentado no chão. Sem condições de dar um passo sequer debaixo daquela chuva que parecia cruel mesmo usando capas.

Ela soltou um resmungo e grunhiu:
— Não tinha um lugar melhorzinho para sua irmã perder o brinquedo?

Dei de ombros e falei:

— Ela não consegue viver sem ele, mas também não quis vir aqui para nos ajudar a encontrar. Enfim a folgada.

— Ei! Não fale assim dela também. Mesmo com tudo ela é um amorzinho. Sarada retrucou fazendo uma cara engraçada.

— Sei disso, e a amo demais. Mas que dá trabalho, ela dá.

Rimos fraco, a realidade é que nenhum de nós queríamos continuar com aquilo.

— Sarada, eu queria te perguntar algo...

Comecei, mas não tive tempo de terminar, pois, Sarada percebeu um movimento em meio as árvores, apanhou a kunai e gritou para o nada:

— Quem está aí?!

Uma risada reverberou pelo ambiente, e a figura se revelou de pé em um galho próximo à copa de uma das árvores. Ele tinha a pele pálida e ria de forma sádica para o vazio. Seus olhos se abaixaram e ele passou a nos observar calado, e após passar o olhar por nós dois, ele prendeu a íris verde opaca em Sarada, esboçando um sorriso malicioso e cruel, que me fez logo pensar que aquilo não era boa coisa.

Ele se sentou de forma preguiçosa no galho e disse:

— Vocês conhecem o clã Fowādo?

Franzimos o cenho, do que ele estava falando? Ele prosseguiu:

— Ele é um clã manipulador, o que é até irônico, porque o significado do nome é "A frente". Mas se parar pra' pensar até faz sentido, não?

Ele se levantou e passou a brincar de corda bamba no galho molhado. Não entendia nada do que ele falava, então Sarada tomou a dianteira:

— O que você quer dizer com isso? Falou mais alto que o barulho da chuva. Ele parou de se equilibrar e mostrou o mesmo sorriso de antes, mas dessa vez, eu senti real medo:

— Eles tinham uma habilidade poderosa, de manipular qualquer kenkei genkai a seu favor, sendo considerados ótimos auxiliares de guerra, já que eram capazes de extrair o máximo dos poderes. O problema foi que para se ultrapassar os limites de uma kenkei genkai de forma correta são necessários anos de treinamento do usuário, pois é impossível ele conseguir de outra forma sem sair ferido, ou até mesmo morto.

Um novo ângulo sobre o tempo/Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora