ESPECIAL DE NATAL- PARTE 3 FINAL

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- As renas ficariam orgulhosa da Apolônia. – disse Afrodite junto dos deuses no trenó do Papai Noel.

A cabra do Olimpo corria rápido no céu estrelado, no lugar das renas, os levando até a fábrica de presentes dita pelo Papai Noel e Mamãe Noel. Será que agora encontrariam a Mel Noel e a Macarena?

- Vamos fazer um baixo assinado para tirar esse narrador? – pergunta Dionísio.

Para quê ofender?

- Essa pelo visto é a última parte, depois ele some. – disse Hades.

Espero ganhar mais dinheiro por trabalhar em um conto onde sou desrespeitado.

- Espero voltar pra casa logo – disse Apolo – Odeio o inverno.

- Beeeeeeee – disse Apolônia.

- Ela disse que estamos quase chegando na fábrica. – disse Afrodite.

- Não sabia que você fala cabrês – disse Poseidon.

- Quando se vive com uma cabra como um bichinho de estimação, você aprende muitas coisas.

- Tipo o que, matemática? – disse Hermes.

Todos, menos Afrodite que ficou confusa, começaram a rir.

Afrodite murmurou para si:

- E não foi também?

O trenó desceu e estacionou em frente a porta da grande fábrica vermelha.

- Tá, vamos fazer um plano. – disse Atena. – que tal...

- AAAAAAAAAAHHHH. – gritou Ares se jogando contra a porta, que cedeu ao impacto.

Os pequenos elfos que trabalhavam ali, o olharam assustados.

- Escutem aqui, elfos com carinha de bebê! – gritou Ares. – Chamem essa tal de Mel Noel e Macarena pra cá! Se não, é porrada sem dó!

Todos os pequenos elfos, tremendo de medo do visitante, apontam para o mezanino acima.

Os deuses olham para lá boquiabertos e Hades fala:

- Melinoe e Macária?

O resto do Olimpo perguntou:

- Quem?

Hades revira os olhos e responde:

- Minhas filhas.

- AAAAH – disseram os deuses em uníssono.

Essa nem eu sabia.

- Parece que o Papai Noel chamou vocês. – disse Melinoe. – Nem sei como vocês aceitaram.

- Ué, por que? – pergunta Apolo.

- Vocês já não ganhariam os seus presentes.

Os deuses arregalaram os olhos, e Macária continuou:

- Pelo visto, vocês não foram tão bonzinhos esse ano.

- Nada haver – disse Zeus – sempre fomos bonzinhos.

Melinoe tirou um papel do bolso e começou a ler:

- "Hermes roubou quase meia América do Sul. Zeus perdeu a paciência muitas vezes e causou muitos desastres com os raios. Apolo e Hera maltratam um ao outro por muito tempo. Poseidon deixou as águas do mar revoltas por causa de um dia ruim. Ares gritou com a terapeuta por causa de sua família..."

- Tá bom! – disse Hermes – já entendemos, mas isso é injusto.

- Injusto? – perguntou Macária.

- Sim, afinal se você ficar vendo quem merece ou não os presentes, no final das contas, vão ver que ninguém merece nada.

- Todos nós estamos sujeitos a erros, pois somos imperfeitos – continuou Ártemis – a questão é quem vai buscar a perfeição todos os dias.

- Somos todos iguais – disse Apolo – não em personalidade, mas sim em erros e acertos.

Melinoe limpou uma lágrima invisível e disse:

- Vocês acham mesmo que com esse discurso vão me impedir?

Os deuses se entreolharam e Hefesto falou:

- Valeu a pena tentar.

- Mas afinal – disse Deméter- o que você vai fazer?

- Acabar com o Natal.

- Que ideia renovadora. – zombou Poseidon.

Quando Melinoe começou a fazer o discurso de como iria acabar com o Natal, Ares olhou para os lados e pensou:

"Onde está Hipnos?"

-...Irei dar os presentes que cada um merece. Aqueles que não dão importância a vida dos outros, também não irei mostrar importância, aqueles que são ignorantes...

Ela foi interrompida quando Apolônia apareceu correndo para dentro da fábrica com o trenó guiado por Hipnos.

Os deuses pularam para o lado, os elfos com dificuldade saíram correndo.

- BEEEEEE – gritou Apolônia.

Eles derrubaram todos os presentes acabando com tudo que era ruim dentro deles.

Melinoe e Macária saíram correndo.

O Olimpo estava surpreso com o deus do sono e Apolo disse:

- Que orgulho.

Após saírem de dentro da fábrica e ficarem um pouco longe junto dos elfos que comemoravam a liberdade Afrodite disse para Hipnos:

- Você salvou o Natal!

- Salvei? -perguntou sorrindo.

- Sim! – respondeu Apolo. – e agora é possível ganharmos os presentes!

- Mas, me conte Hipnos – disse Hermes – Esse era seu plano desde o início?

- Na verdade não, pensei em colocar uma bomba para explodir, mas acabei desistindo mesmo depois de arma-la.

- Você a desarmou depois?

- Tinha que desarmar?

BOOM!

Os elfos pararam de comemorar e olharam para os deuses. Atena olhou para Hipnos em busca de uma desculpa para falar para os elfos, mas Hipnos tinha uma tática de defesa: ele dormiu.

Atena olhou para os pequenos elfos e falou:

- Hã... Que tal vocês passarem o Natal no Olimpo, hein?

XXX

AAAAAH o Natal no Olimpo é o mesmo de sempre!

Mesmo com milhares de elfos e o Papai e a Mamãe Noel, que ainda acham difícil perdoar a explosão da fábrica, mas cuidariam disso depois

Apolo canta Roberto Carlos, algumas lâmpadas dos pisca-pisca estão apagadas, uva passa, se deixar, Deméter coloca até no pudim... Mas a alegria do Natal ainda está ali.

Os deuses e os visitantes, olham para os leitores da fanfic e gritam:

- FELIZ NATAL!

Atena complementa:

- Eu espero que tenham gostado deste conto Naftalino!

É Natalino!

- Ah, desculpa, esse negócio pega.

- Até que enfim esse narrador vai embora. – sussurra Dionísio.

Eu escutei isso, e como já disse, espero um aumento no meu salário por esse desrespeito.

FIM!

As crônicas do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora