Capítulo 8

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Feliz Natal atrasado. Estou na casa de uns parentes e aqui não pega rede dentro de casa, apenas na rua. Fui picada três vezes só pra postar este Cap, então aproveitem.

Boa leitura.

☆☆☆☆☆

Aquela manhã, Tharn sentia uma forte dor no peito. Sua cabeça estava zonza e sua fala lenta. Tinha dificuldades para respirar ao se abaixar e ao se levantar perdia o equilíbrio.

Acreditava que era apenas uma gripe forte que estava o tentando derrubar.

Mas a cada movimento que fazia, o peso em seu corpo aumentava e não sabia como progredir. Devido ao esforço que fazia em se manter estável, as funções que antes fazia com rapidez, agora era lentamente finalizada.

Tentava esconder isto de seus patrões, mas no terceiro dia sentiu que não poderia mais. Acanhado, se aproximou de No e o pediu um dia de folga. Dizer estas palavras a pessoa que mais o apoio deixava Tharn se sentindo um oportunista devido a bondade de No teve com ele.

Entretanto, não queria se manter no trabalho e acabar fazendo algo que pudesse prejudicar a eficiência da clínica. Tinha medo que sua doença acabasse atrapalhando suas funções e acabasse fazendo algo de errado.

Quando No cedeu o dia de folga de bom grado, o peito de Tharn se apertou novamente. No era muito bom para ele.

Mesmo que No não o perguntasse o motivo que havia pedido um dia de licença, Tharn o explicou em detalhes que não estava se sentido bem e que não poderia trabalhar com eficiência.

"Você quer que eu te leve ao hospital?" Perguntou No preocupado ao ouvir os detalhes sobre os sintomas que seu funcionário tinha.

Tharn negou. "Não será necessário. É apenas uma gripe. Amanhã já estarei melhor, você verá." Sua fala era lenta e nasal. Seus olhos estavam menores e ele transpirava.

Vendo que o outro não iria ceder, No apenas concordou com a cabeça.

"Se precisar de mais um dia para descansar não terá problema. Apenas me avise antes."

"Eu irei."

(...)

Devido ao horário, Tharn não poderia voltar para o albergue. Ainda era muito cedo. Caminhando pelas ruas, sem saber para onde ir, resolveu voltar para 'casa'. Seu corpo ansiava por algo familiar.

Não sabia dizer como chegou até aquele beco. Não lembrava de como havia chegado até lá, mas quando notou, já havia chegado até aquela área que conhecia perfeitamente.

Tharn havia chegado em 'casa'

Tirou os sapatos e entrou. O pequeno amontoado ainda estava do jeito que havia deixado anteriormente. Como não voltará mais com frequência para aquele lugar, pois agora vivia no albergue, o lugar estava mais desleixado. Alguns objetos possuíam um bolô branco. Outros tinham uma camada de pó em sua volta e alguns insetos que gostavam de humidade residiam ali.

Mas o Tharn doente, não notou. Nem mesmo o cheiro forte de humidade e mofo o fizeram desistir de se aconchegar naquele amontoado que fazia de cama. Se cobriu com a manta que estava jogada sobre a 'cama' e, com um sorriso leve, adormeceu.

Ele estava feliz em estar ali.

(...)

"Ele nunca faria isso!"

"Como não? Não entendo por que confia tanto nele!"

"Porquê sim, Type. Se você ao menos conversasse com ele, saberia que ele é de confiança."

Type revirou os olhos.

"Você é facilmente enganado por duas palavras gentis e cede para qualquer um."

"Você acha que este é realmente o caso?"

"Sim, é!"

"Então saiba que está errado." Respondeu cruzando os braços.

A discussão se desenrolava a alguns dias. No tinha confiança em seu princípios e não queria ceder as insinuações de seu amigo.

Type tentava abrir os olhos de No, sobre como o mundo era terrível. E que não deveria confiar em qualquer um.

"Me diga, onde ele está agora? Por que não voltou?" Type tinha um sorriso ladaino e sua expressões demonstravam que seu ponto era o correto.

"Eu não sei. Mas sei que ele nunca abandonaria Tird." Rebateu.

O silêncio recaiu na sala.

Até mesmo Type sabia que Tharn amava aquele cachorro e não o deixaria para trás. As respostas que estavam prontas para serem refutadas se desfizeram e desceram por sua garganta. Aquele era um ponto para se reconsiderar.

Levando as mãos as têmporas, as massageou por um tempo antes de tentar analisar os fatos daqueles dias passados.

"Tá, você está certo." Murmurou. "Mas me diga, antes dele ir embora naquele dia, ele disse algo?"

O rosto enrugado se afrochou. A raiva havia se dissipado e a culpa beirava em seu olhar. No recordou do que Tharn havia o dito antes de sair aquele dia. Contou a Type em detalhes na espera de alguma solução.

Tinha se passado cinco dias que Tharn não mandava notícias. Após sair da clínica, não havia mais rastro de Tharn em nenhum lugar.

Sem telefone, conhecidos e sem uma moradia fixa, No se via perdido em meio ao caos. Não havia maneiras de poder encontrar Tharn.

One Chance ♤TharnyTypeOnde histórias criam vida. Descubra agora