Shanghai | Larry Stylinson

4. The Big Apple

Oi!

Espero que gostem do capítulo, boa leitura❤️

💸

Nova York enchia Harry de esperança, a cidade que nunca dormia lhe deixava feliz e animado para as oportunidades que encontraria naquele solo da Costa Leste. Tudo ali era tão diferente de Los Angeles, sua cidade de origem exalava calmaria e espírito praiano, com seu famosíssimo píer Santa Mônica que era maravilhoso ao pôr do sol e à noite com sua roda gigante bem iluminada que fazia o cenário perfeito para o primeiro encontro de um jovem casal. Nova York não tinha o tão amado píer que deu ótimas memórias a Harry, mas tinha Manhattan com todas as suas luzes e a 5ª Avenida com suas lojas de grife e alguns lugares da cidade tinham bares com drinques muito interessantes de se provar.

Ele estava acostumado com a calmaria angelina, a ir a pé para o trabalho ao saborear um café ou um frapuccino geladinho nos dias mais quentes, o inverno não era tão rigoroso e Harry teria que se preparar intensamente para o frio nova-iorquino, foram poucas as vezes em sua vida que viu neve, em Seattle, onde nasceu e cresceu, dificilmente nevava e nunca viu uma nevasca severa. E ele sabia que em sua nova morada a neve era uma realidade bastante presente entre novembro e março, muito mais forte do que um dia imaginou que pudesse ser. Em termos climáticos, certamente não estava preparado para enfrentar Nova York.

Era plena primavera, para ser mais exato eram meados abril e ele já estava em Manhattan há um mês, estabilizando novamente sua vida depois de sair de Los Angeles. Zayn havia escrito a carta de recomendação e, francamente, ter a recomendação de emprego de um dos grandes magnatas da tecnologia valia ouro; Harry procurou emprego em Nova York assim que chegou e muitos executivos se interessaram para tê-lo em sua equipe, então o critério de desempate para Styles foi o qual pagava mais.

Tinha sido contratado para ser secretário executivo do presidente de uma holding com inúmeras subsidiárias ao redor do mundo e foi deixado bem explícito quando sua carteira de trabalho foi assinada que algumas viagens com seu chefe seriam necessárias e, para ser honesto, Harry estava com um pouco de medo do homem porque ele tinha uma expressão carrancuda e não era a pessoa mais gentil que existia na face da Terra, então ficava receoso de ter que sair de Nova York com ele caso necessário.

Porém, lembrava-se de Louis e de como ele fora chatíssimo com ele em seus primeiros dias de trabalho, intragável, e em Xangai soube que ele era uma pessoa legal. Não que Harry estivesse pensando em ter qualquer envolvimento não profissional com seu chefe, Louis havia sido sua primeira e única exceção e não tinha o mínimo interesse no quarentão chato e antipático para quem trabalhava, seu único foco era manter sua renda e ele realmente gostava do que fazia, além de que não poderia desperdiçar a oportunidade de viver em Nova York.

Quando trabalhava para Zayn, seu salário já era estratosférico, mas seu chefe atual pagava ainda melhor, o que deixava as economias de Harry mais gordinhas a cada mês. Antes de ir para a Grande Maçã, Harry teve que resolver alguns trâmites burocráticos relacionados ao aluguel de seu apartamento e aproveitou que já estava com a mão na massa para vender seu carro. Mal usava o veículo e transportá-lo para Nova York custaria uma fortuna, para acertar os documentos do automóvel no departamento de trânsito seria terrível e ele preferiu vender porque simplesmente não compensava usar um carro em Nova York. O trânsito era caótico, era muito mais prático e econômico usar o metrô na maioria dos dias, tinha vale-transporte e usaria aquele benefício ao qual tinha direito.

Claro que em dias frios e chuvosos a vontade de ter um carro se multiplicava exponencialmente, mas dispensava o bem porque perderia muito tempo nos engarrafamentos e não era um item de primeira necessidade para ele. Posteriormente compraria um, provavelmente quando tivesse um filhinho, era complicado andar com um bebê em transporte coletivo, mas aquilo não aconteceria pelos próximos anos.