Veja a neve cair
Capítulo 2
Uraraka Ochako
Estou ansiosa, não sei o que faço, o que visto e como devo me comportar na casa do Bakugou. Eu nem sou acostumada a chamar ele pelo primeiro nome! Certo, primeira coisa que preciso fazer: chamar Bakugou de Katsuki.
Escolho uma blusinha azul e uma calça jeans para vestir. Mas me arrependo na hora. Isso não é uma boa roupa para conhecer os pais do meu ficante quase namorado.
Está frio demais para usar vestido, também quente demais para um sobretudo. Que dúvida, Deus.
Finalmente escolho a roupa: vou usar uma saia vermelha, meias calça pretas e quentinhas. Também visto uma camisa social e a coloco por dentro da saia. Acho que ficou bom. Pego meu casaco para finalizar o look.
Me olho no espelho. Estou linda, só falta um batom para ficar perfeita.
Quando já estou pronta, desço para a área comum, onde vejo Baku… Katsuki, me esperando. Ele usa uma calça jeans preta e uma camiseta polo, o que me faz pensar se exagerei no visual.
- Estou pronta. - sorrio para ele.
- Você ficou bem assim. - pega minha mão e isso é como se eu estivesse recebendo um choque elétrico. Tomo cuidado para não tocar ele com todos os dedos para não correr o risco que ele saia flutuando por aí.
- Você também. - saímos de mãos dadas. Vejo o Kirishima nos observando de longe com um sorriso imenso no rosto. Faz um joia para mim. Garanto que o plano de me levar para a ceia na casa do Katsuki foi do Kirishima.
Um carro nos espera na entrada do dormitório. Entramos e vamos para a casa dele. Katsuki segura minha mão todo tempo. Resisto muito para não lhe dar um beijo. Eu morro de vergonha de beijar Katsuki, principalmente quando resolve usar a língua. É constrangedor, mas não deixa de ser bom.
- Você está suando. - diz Katsuki.
- Nem percebi. - dou uma risadinha sem graça.
- Olha, não fique nervosa com a porra dessa ceia. Ninguém vai te tratar mal.
- Eu sei, mas… bem… é assustador conhecer pessoas novas, ainda mais quando são da sua família.
- Eles não são monstros grossos e assustadores como eu. - vejo um leve sorriso nos lábios dele. - Vai ficar tudo bem, Ochako.
- Se você diz, Katsuki, eu acredito.
Quando chegamos na casa dos Bakugou's, entramos. Eu fico atrás de Katsuki, segurando seu braço.
- Katsuki, que bom que veio! - diz a mãe dele. - Pensei que não iria vir.
- Eu tinha alguma escolha por acaso?
- Não. Vamos… espera, quem é ela? - me encolho atrás dele. - Não me diga que é a sua namorada?!
- Que?! Mãe…
- Gente, o Katsuki trouxe uma namorada para a ceia! - Estou tão vermelha, meu rosto está queimando. Logo a família dele se aproxima, todos me olhando curiosos.
- Katsuki… - Estou assustada.
- Parem com isso! Vai assustar ela, seus doidos! - me puxa para frente do seu corpo. - Essa é a Ochako, minha namorada.
Namorada?! Isso foi um pedido de namoro? Eu vou desmaiar.
- O-Olá. - digo assustada.
- Você é tão linda! - sua mãe comenta sorrindo. - O que está fazendo com um merda como meu filho? - vejo Katsuki travar os dentes. Toco sua mão de leve para tentar mantê-lo calmo.
- Eu gosto dele, senhora. - coço a nuca.
- Hum... Não foi macumba não, né?
- Velha! - grita Katsuki. - Deixa ela em paz!
- Não grite comigo, Katsuki, idiota!
Os dois começam a brigar. Eu apenas fico observando os dois junto dos outros parentes. Depois que finalmente terminam de brigar, Katsuki me leva para mesa para comermos. A comida está deliciosa. E quando todos já jantaram, só nos resta comer as sobremesas.
Já às uma da madrugada, Katsuki e eu subimos para o seu quarto. É simples, mas aconchegante. Nos sentamos na cama.
- Sua mãe não liga de estarmos sozinhos aqui? - pergunto vendo o olhar de cobiça que ele me dá.
- Ela nem vai perceber que sumimos. Agora, vem aqui. - me puxa para perto e me beija. O beijo é com gosto do pavê de chocolate que comemos mais cedo.
Ao nos separarmos, Katsuki segura minhas mãos.
- Ochako, acho que já está na hora de oficializar essa porra.
- O quê?
- Nosso namoro. Estamos ficando faz tempo, mas até agora nem falamos de namoro. Eu odeio essas coisas de melação, mas… acho que gosto de você e quero te namorar.
Sorrio e lhe beijo.
- Eu aceito ser sua namorada.
- É agora que a gente transa? - fico vermelha. - Você vermelha é a coisinha mais fodidamente fofa.
- Não fale esse tipo de coisa, tarado. - escondo o rosto com vergonha.
- Ei, Ochako. - se levanta, me puxando junto. Vamos até a janela - Olha a neve cair e esqueça do mundo. - olho para os flocos de neve que caem. - Eu te amo.
- Eu também te amo, Katsuki.
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Veja a neve cair - Bakuraka
Fiksi PenggemarÉ Natal e em vez de Bakugou ficar alegre com essa data, só sente desconfortável com o fato de ter que levar alguém para a festa da família. Mas, quando Kirishima sujere que Uraraka poderia ser uma maravilhosa acompanhante, ele acaba cedendo.