"Esclarecedor."

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"Porra." Você sussurrou a palavra, mas a vontade era de gritar. Ele deslizou até o fundo, e parou lá, sem se mexer. Foi quase dolorosa a sensação de prazer. Mas nada foi comparado ao assistir o rosto de Sherlock enquanto ele a penetrava. A sensação de tê-lo daquela maneira... Era... Era indescritível.

Ainda parado, com uma expressão de intensa concentração ele lhe perguntou baixinho: "Eu? ..."

"Por favor, continua. Por favor!"

E lá se ia sua dignidade. Implorando pra ser propriamente fodida por Sherlock Holmes. Ele não precisou que fosse requisitado novamente, ele saiu e entrou em você, em um ritmo criado por ele e especialmente perfeito pra você. No início, lentamente, aproveitando cada nova invasão, deliciosamente deslizando para dentro e para fora. Explorando você com as mãos e a boca, ele parecia um escoteiro em sua primeira aventura, querendo conhecer e provar cada pedaço seu.

Em seguida, os movimentos lentos transformaram-se em estocadas confiantes, arrancando ruídos ininteligíveis de vocês dois e as mãos dele ficaram mais ousadas em todos os lugares certos, as vezes até com mais força do que o necessário. Com certeza aqueles dedos deixariam hematomas, embora você não pudesse encontrar em você mesma vontade para se importar naquele instante. Ele subiu suas pernas em volta da cintura dele, e você as prendeu lá enquanto a pele dele estava pressionada firmemente contra sua, seus lábios sugando os seus e a língua curvando-se de sua clavícula até queixo, não deixando nenhum centímetro de pele intocado. Seus gemidos misturados aos grunhidos dele eram extremamente pornográficos, a deixando ainda mais excitada, se é que era possível.

Em algum momento você cravou suas unhas nas costas dele, o fazendo gemer de maneira muito alta. Você quase gozou ao ouvir aquela voz soltando aquele som. Ele parou imediatamente.

"Parada." Você sorriu ao perceber que ele quase havia gozado também.

"É injusto eu não poder tocar tocá-lo também." Você quase fez beicinho. Jesus. Você Precisava se controlar.

"Você terá sua vez", ele prometeu quase rispidamente, entrando em você novamente. Com força. "No momento, é a minha."

O sorriso sumiu do seu rosto rapidamente, sendo substituída por um esgar de prazer. Sherlock voltou as investidas, com mais determinação. Então terá uma próxima vez? Uma pequena bolha de esperança criou em seu coração, junto com uma de preocupação. Você não sabia se era uma boa ideia entrar nesse jogo. Porém não conseguia se concentrar em nada no momento, Sherlock simplesmente estava destruindo sua consciência, substituindo-a por uma onda de êxtase. Seus lábios, suas mãos, seus dentes, sua língua se moviam sobre você em perfeita harmonia, suas estocadas com a força e velocidade certas para fazer sua cabeça girar, fazer você ver cores ao seu redor, como o cosmos. Ele a beijou ternamente, beijou-a rudemente e cada toque de seus lábios pareciam marcas como fogo contra sua pele. Suas mãos continuaram a vagar em seu corpo de maneira sem sentido e gananciosa, os dedos se estendendo entre vocês enquanto você se apertava quase insuportavelmente em torno dele.

Ele a tocava como ao seu violino, quase em adoração. Com um cuidado e maestria que cabia somente a ele, a dominando e a fazendo soltar as melodias que ele queria. O nome dele saiu de seus lábios como um canto, um mantra inspirado na intimidade entre vocês.

Sucumbindo sob ele e dominada pelas sensações estúpidas e entorpecentes que tomaram conta de você, ele a conduziu ao limite, mas desta vez ele não hesitou, ele não se afastou, ele não parou nem mesmo quando você gritou tanto de prazer que deixou sua garganta em carne viva e sua mente girando. Desta vez, ele caiu no abismo junto com você. Você estava sendo dilacerada e ao mesmo tempo remendada enquanto ondas e ondas de prazer caiam sobre você.

Demorou algum tempo até você ter seus sentidos novamente, e perceber que Sherlock ainda estava em cima de você, com a cabeça enterrada em seu pescoço, respirando aceleradamente, e aparentemente sem a menor pressa em sair daquela posição. Ambos estavam suados e você conseguia sentir as batidas do coração de ambos voltando ao normal. Delicadamente – ousadamente – você correu uma das mãos em seus cachos escuros, sendo recompensada por um ronronar que derreteu seu coração. O que você estava fazendo?

Sherlock levantou-se o suficiente para olhá-la nos olhos, de uma maneira nada Sherlock de ser, e sem dizer uma única palavra, ele acariciou um dedo na sua bochecha levemente. O movimento a deixou sem palavras. Quase a assustou um pouco. Em seguida, ele saiu de você suavemente e deitou-se ao seu lado.

Ele cruzou os braços sob a cabeça, mantendo o espaço entre seus corpos nus como se eles não tivessem sido pressionados com tanta força apenas alguns momentos antes. Seus joelhos caíram juntos ao lado dele, o latejar entre eles a única evidência tangível do que havia acontecido entre vocês, e suas mãos afastaram os fios de cabelo pegajosos e rebeldes que grudaram em seu rosto. Você não precisava que ele dissesse nada, não precisava ouvir nada, mas algo dentro de você queria ouvir a voz dele vibrando contra você novamente.

E, por fim, ele falou.

"Esclarecedor."

Você respirou fundo e olhou para o teto.

"Então é isso - você conseguiu o que precisava?"

Por um momento, a decepção em seu tom foi quase palpável e enquanto sua mente ainda estava lutando para voltar ao seu corpo, você se perguntou se suas palavras de rejeição a atingiriam com tanta força quanto o prazer que ele fez você sentir.

Mas, para sua surpresa, a rejeição que você esperava não veio.

Com as pernas ainda tremendo por conta de seu toque, o formigamento calmo ainda percorrendo por você, ele a puxou para que sentasse em seu colo e suas mãos correram por suas coxas sem um momento de hesitação. Com um fervor alarmante, ele sentou-se com você confortavelmente entrelaçada em seu colo. Seus lábios se chocaram, ardentes e gananciosos. Ele se afastou logo depois e o sorriso com que olhou para você era puramente perverso, lábios inchados com o seu beijo e seu cabelo uma bagunça na testa, e a maneira como seus olhos magicamente azuis lhe absorveram fez você jurar que iria gozar bem ali (de novo!).

"Oh, nem perto."

The Purple ShirtOnde histórias criam vida. Descubra agora