⋇Fiancé⋇ Norenmin

capitulo 26

— Eu escolho o nome do que nascer primeiro — Jeno disse e Renjun riu, Jaemin abaixou a cabeça em negação.

— Príncipe, não vai ter muita diferença do que vai sair primeiro para o outro, talvez segundos — Jaemin disse e Jeno suspirou. — Quando eles nascerem a gente escolhe, ou quando soubermos o que cada qual vai ser.

— Acho que são meninos — Renjun disse e os ômegas baterem em seu peito.

Eles estavam deitados na cama de casal, o sol já tinha se posto e Jeno estava com dor de cabeça, Jaemin ainda com sono e Renjun só estava ali para apoiar seus ômegas.

— É, pode ser. — Jeno disse.

— Então Jaemin vai nos dar meninas — Renjun disse e sentiu o ômega do seu lado direito travar — Anjo? Falei algo errado?

Jeno se sentou na cama e olhou para o ômega, Jaemin ficou calado e pensativo.

— Nana?

— Ah? — Jaemin olhou para os maridos — Sim, vou dar meninas, isso.

— Anjo... — Renjun repreendeu o ômega que suspirou, Jeno voltou a deitar no peito do alfa.

— Eu não acho que vou engravidar — Jarmin disse — Nem agora e nem no meu cio, eu acho que sou estéril.

— Não diga besteira — Jeno disse — Você é totalmente saudável, qual o seu medo Jaemin?

— Nenhum.

Os dois maridos do menor se entre olharam.

— Anjo, se você acha que não vai ser um bom pai... Não se preocupe, você será ótimo — Renjun disse e Jaemin se assustou com o alfa, ele se lembrou que depois de ligados eles sentem e sabem do que o outro precisa.

— Eu não s-

— Meus filhotes vão te chamar de pai, Jae. — Jeno disse e sorriu — E me chamar de pai, agora imagine os seus... Jaemin, você é um ser humano lindo pare de se colocar para baixo. Se quiser ter filhos, tenha, se não quiser, não vamos forçar.

— Certo — Jaemin disse e Renjun beijou sua cabeça.

— Nós temos o seu cio para tentar se estiver de acordo, e se não quiser, tudo bem... Normal e fim. — Renjun disse e Jeno concordou.

— Agora mudando de assunto — Jeno disse fazendo os maridos rirem — Podemos ir ver coisas para bebês quando voltarmos para casa?

— Você ainda está com dois meses — Jaemin disse.

— Quase três — Jeno respondeu — Podemos, Junnie?

— Sim, mas só os móveis. Roupas eu não acho necessário agora — Renjun respondeu — Ah, e você precisa comprar roupas, Jaemin.

Jaemin virou para olhar o alfa, e tentou entender.

— Agora como esposo do príncipe, as pessoas falam de suas roupas, vamos ter que mudar seu guarda-roupa — Jeno disse e Jaemin choramingou — Veja o lado bom, podemos comprar peças bem legais sabe, sensuais...

Jaemin riu e Renjun gemeu.

— Não vejo a hora de ter vocês dois — Renjun disse de olhos fechados — Ou ver vocês juntos.

— Uh, mexemos com o alfa — Jaemin disse e Jeno gargalhou — É um caso a se pensar.

— Pensar? — Renjun praticamente gritou — Como assim pensar?

Jeno começou a gargalhar, tanto que só faltou cair da cama e Jaemin se segurou para não rir. Mexer com os sentidos de um alfa não é tão legal para eles, agora para os ômegas era super engraçado.

— É, tipo... Eu não sei se Jeno vai estar disposto — Jaemin dizia e Renjun o olhava com descrença — Ou se eu vou querer, sabe?

— Huang Na Jaemin — Renjun disse e Jaemin segurou a risada e Jeno que gargalhava parou, mesmo que Renjun não estivesse falando com ele, o alfa usa a voz de alfa e todos param. — Não brinque com meus sentidos.

Os ômegas queriam rir, mas fingiram estarem sérios.

— Me desculpe — Jaemin pediu e riu. — Foi apenas uma brincadeira, Renjun.

— Sim, tudo bem — ele disse por fim — Mas que não se repita, eu acabei de sair de um cio, e mexer com meus sentidos depois disso não é bom. Poderia ser grosso com vocês.

— Desculpe — Jeno disse e beijou o marido.

— Neno-ah? — Jaemin chamou o marido depois de uns minutos em silêncio — Você nunca me contou muito sobre seus pais.

Jeno congelou e Renjun apertou o ômega em seu peito.

— Esse é um assunto delicado, meu anjo — Renjun falou e Jeno suspirou — Não é bom falar nisso.

— Me desculpe, Jeno — Jaemin disse sincero, ele queria saber sobre os pais de Jeno, ele se sentia ferido por não saber do passado do agora, marido.

— Não Jae, você quer saber? Eu vou te contar, não pode se esconder nada de alguém que você se casou.

O ômega suspirou novamente e respirou fundo para começar a mexer no passado.

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(𝙅𝙚𝙣𝙤)

Me aconcheguei mais no corpo do Renjun e olhei para Jaemin que estava deitado do outro lado me olhando.

— Eu tenho um irmão, o nome dele é SungChan, você se lembra dele não lembra? — Perguntei a Jaemin.

— Sim, ele ia às vezes com sua mãe lá em casa.

— Então... Ele é um alfa — respirei fundo e Renjun passou a mão pelas minhas costas, eu sei que ele não vai abrir a boca para falar nada, ele não gosta desse assunto. — Meu pai sempre quis filhos alfas. Quando eu nasci ele queria um alfa também, mas eu tive um cio e não era o cio que ele esperava.

Jaemin me olhou triste e Renjun continuava passando a mão pelas minhas costas.

— Meu pai sempre me tratou como diferente, eu era um ômega e era sujo por precisar de um nó, era sujo por precisar de outro homem, porque para ele, homens ômegas só precisam de homens alfas, mas é mentira, podemos ter alfas mulheres, eu bem que queria tentar com uma. — Renjun riu baixinho e Jaemin sorriu. — Minha mãe sempre me tratou com o maior amor que pôde, me ensinou o que ômegas precisam, o que tem que fazer e como fazer — Jaemin me olhava atentamente — Eu vivia pensando que não acharia ninguém, meu pai sempre colocou na minha cabeça que eu era um nada, então eu me sentia um nada.

— Ele que é um nada — Jaemin disse e Renjun riu junto comigo — Me desculpe.

— Tudo bem — eu falei — Eu me sentava na frente de casa ou perto de uma árvore na rua e ficava lendo livros, alfas passavam e sempre ficavam falando do meu cheiro, ou às vezes me observavam. Até que um deles era bem estranho, um certo dia ele ficou me observando e eu puxei conversa com ele, morrendo de medo é claro e olha só, hoje estamos casados.

Renjun balançou a cabeça em negação e riu, Jaemin olhou para mim e para Renjun com um sorriso no rosto.

— Você não tem raiva do seu pai?

— Não querido, não consigo.

— Eu também não tenho — Renjun falou pela primeira vez — Mesmo que no nosso casamento ele tenha virado as costas para nós e não ter entrado com Jeno na igreja. No fim das contas eu tenho pena.

— Pena? — Jaemin perguntou.

— Pena porque ele não soube dar valor a um filho maravilhoso como Jeno — Renjun disse e eu sorri — A pessoa que pensa sempre nos outros em primeiro lugar, sempre é a alegria de qualquer lugar por onde passa.

— Sim, a pessoa perfeita — Jaemin pegou na minha mão que estava em cima do peito de Renjun.

— O passado não importa sabe? O nosso futuro é o que vale — Eu disse e eles concordaram — Tipo, qual vai ser o nome dos nossos filhos.

— Jeno! — Renjun disse rindo e Jaemin gargalhou — Já falamos sobre isso.

— Vocês são chatos.