𝚜𝚎𝚒𝚜

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—Será que dá pra parar de insinuar que eu e Jungkook temos alguma coisa? — O grito que Namjoon deu do outro lado da porta, acompanhado de um soco na mesma, ainda ecoava na cabeça de Seokjin na manhã do dia seguinte.

Bom, depois daquela briga uma boa noite de descanso, era tudo que Seokjin desejava, além de se livrar daquele moleque desgraçado que insistia em ser um obstáculo entre si e Namjoon — que parecia colocar aquele filhote de curupira acima de qualquer outra coisa— as coisas não saíram exatamente como o Kim queria, já que mesmo fechando os olhos e se esforçando para dormir, os roncos de Taehyung do outro lado do quarto — tal qual uma motosserra — não colaboraram, e o veterinário só conseguiu pregar os olhos quando o sol já surgia.

Não demorou muito para que fosse acordado, desta vez não por Namjoon, mas pela empregada loirinha que quase matava Taehyung para conseguir acordá-lo, e quando o fez deixou ambos os Kims se arrumarem, o mais novo demorando um pouco para processar tudo e pensando que Yoonji provavelmente tinha o visto roncando e babando no travesseiro.

Já Seokjin, sentia que  tratores haviam passado por cima de si durante a noite, abalado demais para pensar em qualquer coisa que não fosse descansar, ou matar Jungkook.

Caminhou até a sala de jantar onde todos tomavam café, o Jeon mais novo encarando o veterinário com cinismo, deboche e mostrando um sorrisinho, sentado ao lado de Namjoon  que nem ergueu o olhar para ver o seu tal "ficante" sentar à mesa, apenas tomou o resto de café e saiu, calado.

Era visível que Jin tinha se incomodado com aquilo. Já tinha discutido algumas vezes com Namjoon,  mas dessa vez a coisa tinha chegado em um ponto pior do que em qualquer outra briga, porque quando elas aconteciam duravam menos de uma hora, e terminavam em sexo.

Porém, parecia que aquela briga em especial teria um desfecho diferente, já que Namjoon era teimoso e Seokjin se negava a pedir desculpas sendo que nem errado estava,  afinal  tinha algo maior com o que se preocupar: o trabalho no estábulo principal acabado, tinha que iniciar os seus trabalhos com os bezerros e as vacas leiteiras, que eram um ponto importantíssimo nas vendas do leilão, que se aproximava.

Acontece, que mesma quantidade de uruca na vida de Seokjin era a de brilho e alegria na manhã de Jungkook, que acordou meio cansado, por conta do horário que foi dormir na noite anterior — além de sido levado para a cama cerca de meia noite e meia, também passou um tempo acordado, pulando sozinho no quarto, rindo e dançando.

 De manhã ele estava com alguns sinais de resfriado presentes, então depois de se levantar, se arrumar e tomar café, foi atrás do seu remédio, que estava bem ali mesmo nas dependências da fazenda Jeon.

É claro que poderia tomar algum medicamento ali mesmo, em casa, mas o ruivo tinha uma certa apreensão, então sempre acabava indo atrás da avó de sua Noona, que morava com a mesma numa casinha azul, na direção oeste da fazenda, onde exceto pelas duas moradoras e os Jeon, ninguém ia.

Bom, todo mundo ali certamente conhecia os dons culinários de Min Deoksu, esses que sua neta obviamente tinha puxado; o que muitos ali não sabiam é que a senhorinha também entendia o básico da tal medicina natural.

E estando doente ou não, sempre era legal visitar a velhinha, que tratava como a avó que nunca teve. Então, saiu de casa e caminhou uns bons minutos até o quintal da casinha simples, local onde Holly — cachorrinha de Yoonji — corria em sua direção, fazendo uma festa ao ver o ruivo.

—Oi fofinha, que saudades de você! — Falou com uma voz  suave e abaixou-se acariciando a barriga do animalzinho.

—Jungkook? —Yoonji perguntou, assim que apareceu na janela, procurando o motivo da inquietação de Holly.

O cowboy vai me pegar | NamkookOnde histórias criam vida. Descubra agora