• um caso de vida ou morte.

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Sherlock andava de um lado para o outro, seu cérebro estava fervendo e mesmo o grande detetive não conseguia acompanhar seus próprios pensamentos, era um sufoco sentir-se assim, ainda mais sabendo de quem se tratava.

Moriarty, Moriarty, Moriarty.

O homem sabia que a qualquer momento Jim mandaria um sinal, mostraria sua face, faria um grande jogo com Sherlock, era o que vivia pensando.

— Sherlock? — a voz calma atrapalhou seus pensamentos e Sherlock caiu em sua poltrona, piscando algumas vezes.

— Você está me ouvindo? — a voz continuava.

— Cale, cale a boca. — falou em um tom alto, apoiando ambas as mãos em seu queixo e fechando seus olhos.

Como, onde, quando Moriarty apareceria novamente.

Sentiu os raios solares em suas pálpebras e cerrou o cenho, não entendeu o que estava acontecendo, tinha certeza de estar sentado na poltrona da sala.

Ao abrir seus olhos, fuzilou John com o olhar, notando o homem parado em seu quarto e perto da janela, olhando para fora.

— Você está usando novamente?

Sherlock virou-se de costas e continuou a tentar dormir, estava tentando pegar um pista, sabia disso, sabia que Jim chegaria logo.

Merda! — John foi até a beira da cama de Sherlock. — Sherlock eu estou falando com você, a Sra. Hudson está preocupada, Mycroft está preocupado, eu estou preocupado.

— Com o quê? — a voz rouca por fim citou algo, sentindo seus lábios ressecados. — Pode fechar a cortina?

— Não é possível. — John riu e passou seus dígitos pelo rosto, suspirando pesado.

O silêncio invadiu o quarto e uma onda de morbidez pairou em todo o local. Era como... se tudo estivesse acabando, o jogo teria um fim, tudo estava morto, ou... calmo demais.

— Jim Moriarty está morto Sherlock, você o viu, você conseguiu parar aquele psicopata. — John proclamou em um tom rude.

— Não.

Um anos antes.

Sherlock lembrava de cada detalhe, quando percebeu que havia não uma, mas duas brechas no plano de Moriarty, e assim fora feito, John, Hudson e Lestrade foram sequestrados pelos homens de Mycroft antes de tudo acontecer, horas antes de Sherlock se encontrar com Moriarty naquele maldito telhado, o mais alto já tinha os nomes dos três assassinos contratados por Jim.

Tal coisa não foi difícil conseguir, era somente seguir o teatro de Moriarty, durante os meses que o homem estava sumido, Sherlock percebeu alguns encontros estranhos com desconhecidos na rua, fossem esbarrões ou chamadas de celular, tudo severamente calculado por Jim, menos a parte em que Sherlock conseguia resolver aquele maldito enigma.

Tudo era sobre Sherlock, tudo, cada detalhe, a senha para que não atirassem em seus amigos não importava já que seriam sequestrados pelos melhores homens de Mycroft, cada, cada movimento antecipado por Sherlock.

Menos o grande final.

— E aqui estamos nós. — Moriarty sorriu, chegando na beirada do telhado e fitando Sherlock por cima dos ombros.

— O quê?

— Eu sei do seu joguinho, Holmes.

Sherlock botou ambas as mãos nos bolsos de seu sobretudo e suspirou, notando o homem chegar perto de si.

THE HOLMES PROBLEM.Onde histórias criam vida. Descubra agora