Floricultura

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Perséfone não sabia o que provocava nas pessoas ao seu redor, principalmente os homens que a  cercava com um interesse obscuro mas, a garota apesar de ser ousada não era boba e sabia muito bem como parecer inocente. Seus traços maduros e fortes com uma mistura angelical sexy, era sua arma para conseguir quaisquer coisa que quisesse. 

Morava com sua avó Deméter que tinha uma floricultura e ajudava cultivando cada flor daquele lugar. Não era algo trabalhoso para ela, já que gostava das flores e de passar o tempo ao lado de sua avó, uma senhora muito simpática que já tinha seus cabelos inteiramente grisalhos. Deméter é sonhadora e seu maior sonho é poder ver sua neta ao lado de um homem bom que a complete. Perséfone sempre escuta seus conselhos e insiste em dizer para a vó que por enquanto não precisa de um homem para casar, de uma forma carinhosa complementa ao dizer que não achou a pessoa certa. 

A jovem adora sair e de vez em quando acaba tendo problemas com certos homens que encontra pelo caminho, como Rhodes que não aceita que a garota tenha desistido depois de terem ficado apenas uma vez, e ela nem ao menos quis ir para sua cama! Apesar de ter atitudes não muito boas, Rhodes gostava de Perséfone e queria ter um algo a mais, infelizmente seu sentimento não era recíproco. 

— Bom dia. — Elisa entra na floricultura que tinha um enorme arco de entrada, feito por Perséfone e Deméter. 

— Bom dia, Elisa. — Deméter responde tendo o sorriso de Elisa que logo olhou para a entrada admirada. — Veja só como minhas mãos ainda são habilidosas, embora grande parte foi Perséfone. 

— Não seja boba, você fez a maioria do trabalho, vovó. Merece todo o crédito! — As três sorriem e a senhora se dá por vencida, adorava os elogios. — Veio nos visitar, ou comprar algumas flores? 

— Na verdade eu vim te chamar pra assistir um filme lá em casa, te dou certeza que só seremos nós duas. Faz tempo que não fazemos algo só eu e você lá em casa. 

Perséfone evitava frequentar a casa da amiga, procurava fazer coisas fora de sua zona de "desconforto" digamos assim já que tinha uma certa atração pelo pai de sua amiga de infância, evitava o contato direto para não confundir as coisas. Perséfone não é do tipo que se apaixona mas, ficar com o pai de sua melhor amiga está fora de cogitação embora das vezes que se trombavam ela agia normalmente, sabia esconder seus pensamentos e desejos pelo homem. 

— Talvez outro dia, Elisa. Ainda tenho muito trabalho  hoje, estarei cansada quando sair daqui. 

— Vá se divertir com sua amiga, posso cuidar do resto sozinha. — Diz Deméter fazendo a neta concordar mesmo querendo negar. 

— Se for muita coisa para a senhora, podemos marcar outro dia sem problemas. — Elisa diz preocupada se seria muito trabalho para a senhora. 

— Não não, minha neta vai com você! Aproveitem a tarde. — Perséfone negou sorrindo para a avó, lhe dando um beijo no rosto. 

— Volto cedo vovó!

 Perséfone tirou seu avental deixando no balcão perto que ali havia e saiu com Elisa, que se despediu da senhora e grudou no braço da amiga. Perséfone sorriu olhando para frente e as borboletas em sua barriga vinham com tudo fazendo ela tentar se livrar daquela sensação. 

"Droga parece que vou vomitar a qualquer momento " Seus pensamentos já imaginavam a cena ao chegar perto da casa de Elisa. 

— Seu pai está em casa, Elisa? Quero dizer, se não estiver podemos ficar mais à vontade. 

— Sim mas, está no quarto! Sabe que ele não nos incomoda em nada, meu pai é super liberal e te conhece desde criança, gosta quando nós duas estamos juntas. 

As duas subiram a calçada e Perséfone foi na frente enquanto Elisa fechava o portão, subiu os pequenos degraus de madeira enquanto esperava a amiga que vinha em passos acelerados para abrir a porta. Perséfone fazia questão de tirar seus sapatos e a amiga não impedia, já que grande parte do cômodo era forrado com um enorme tapete que parecia pelúcia. 

— Enquanto preparo alguma coisa pra comer você vê o que iremos assistir. — Elisa saiu deixando a amiga e indo direto para a cozinha. 

— Não mesmo, vamos fazer juntas você é muito chata e sempre quer mudar o filme! — Perséfone diz enquanto liga a tv abrindo o Netflix e passando os filmes aleatoriamente. 

— Tudo bem então. — Ela ri. 

Na cozinha Elisa apenas fritava os bifes que seu pai já havia temperado, o macarrão ficou por sua conta mas o molho branco também foi seu pai, Perséfone se juntou a amiga ao sentir o cheiro delicioso na cozinha. 

— Estava com saudades da comida do seu pai. — Comenta abrindo o armário e pegando dois pratos e garfos para as duas. 

A comida foi colocada por Elisa, as duas foram para a sala com seus pratos em mãos. A decisão de filmes de Perséfone como sempre era do desinteresse de Elisa, ela bufa irritada por ser tão indecisa, queria sempre filmes de romance enquanto Perséfone achava suas escolhas um tédio. 

— Ainda tem aqueles filmes no seu quarto? Podemos assistir no DVD. — Perséfone diz exausta e Elisa concorda. 

— Sim, está na minha gaveta. 

— Tudo bem. 

Perséfone sai a caminho indo diretamente para o quarto de Elisa, vai até sua gaveta a abrindo e pegando os filmes que tinham ali. Ri ao lembrar de algo e volta para a sala com os filmes em mãos. 

— Você lembra quando fomos comprar esses filmes? Entramos na parte pornô sem ter idéia. — Perséfone diz rindo enquanto a amiga retribui. 

Ao pisar naquele tapete e se juntar a amiga o homem alto e musculoso anda até elas saindo de seu quarto, Perséfone finge não dar a mínima para a sua presença mas não quer parecer mal educada, o sorriso do homem se abre o que faz ela retribuir. 

— Perséfone? Que bom vê-la novamente. 

— Oi tio Henry. 

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