Uma semana depois, Perséfone já estava praticamente recuperada, sua avó ficou sabendo por ela mesma e não deixou de se preocupar e lhe dar uma bronca, por não ligar! Na casa de Henry ele a ajudou com o básico e de resto ela se virou sozinha, Elisa também a ajudou e até queria lhe dar banho mas Perséfone insistiu que não era necessário que faria sozinha. Voltando para casa de sua avó Deméter foi muito prestativa sempre cuidadosa com a neta até se recuperar totalmente.— Você está indecisa sobre quais flores levar, minha neta? — Diz Deméter enquanto regava algumas flores observando os passos indecisos de Perséfone.
— Acho melhor eu levar esse vasinho com suculentas! É fácil de cuidar e são fofas. — Perséfone diz e sai da vista de sua avó depois de se despedir.
— Cuidado com essa bicicleta, Perséfone! — Deméter diz preocupada e nega com a cabeça ao ver a neta correr para dar impulso pela frente da floricultura, acenou e ela lhe retribui com um beijo no ar.
Perséfone seguia até a casa de elisa que já estava a sua espera depois que a amiga disse que daria uma passada. Assim que ouve o som da campainha, Elisa se levanta olhando pelo visor abre a porta e sorri para Perséfone analisando as pequenas plantas em suas mãos, fecha a porta assim que ela entra.
— Trouxe como agradecimento e, um pedido de desculpas! Sei que você gosta desse lance de eu dormir aqui e fazermos tudo juntas mas, quero que entenda que eu nunca vou substituir você mesmo que eu esteja distante. Você é minha melhor amiga!
Elisa sorri olhando sua pequena planta.
— Escuta Per, eu não estou brava com você e sei que não é um momento que queira estar aqui, meu pai me disse pra te dar um tempo e tentar conversar com você. Sei que no dia do seu acidente estava sem graça por ficar aqui e, entendo que nós crescemos e mudamos hábitos e gostos, talvez você esteja desconfortável por estar sentindo algo que não quer.
Perséfone suspira e sorri nervosa ao olhar para sua amiga que esperava uma resposta, Elisa toca seu rosto com sua delicadeza de sempre fazendo com que Perséfone lhe abrace por alguns segundos e depois solte.
— Não se preocupe, vai ficar tudo bem entre nós. Mas me diz, essa outra é do meu pai? — Elisa pergunta e Perséfone assente.
— Eu vou deixar aqui e você avisa que é um agradecimento simples mas, é de coração. Até depois, Elisa! — Perséfone iria colocar a planta no sofá mas Elisa segura sua mão.
— Por quê não entrega em seu escritório? Tenho certeza que ele vai gostar, aliás eu sempre digo que aquela mesa dele precisa de mais coisas que não sejam papéis. — Ela ri de canto.
Perséfone já estava em mente no meio do caminho levar a planta no escritório de Henry mas, não quis incomodar ou coisa do tipo então desistiu por ali mesmo, depois que Elisa disse para levar ela apenas concordou com a amiga e tomou como um incentivo, saiu se despedindo e indo em direção à porta sendo acompanhada por Elisa.
Depois de colocar a planta com cuidado em sua cesta saiu pedalando com calma e sem pressa até o trabalho de Henry, afinal não queria outro acidente. Ele estava nervoso mais uma vez com a tal secretária que não largava de seu pé mas, não queria ser grosso porquê ela estava tentando ajudar, alguns papéis foram perdidos e pela quinta vez ela falava e ele revirava seus olhos assim que podia, Emma sabia que estava causando estresse mas parece que pouco se importava. Perséfone, assim que chega no andar cumprimenta à todos que estão ali pedindo permissão para ir até o escritório de Henry, que logo indicam onde é mesmo ela já sabendo disso, agradece com seu melhor sorriso caminhando até a sala de Henry, pelo vidro ele percebe sua presença e olha novamente pra ter certeza que era ela mesma que estava ali, mudando sua expressão de raiva para mais relaxado, antes que ela pudesse bater em sua porta Henry a abre com suas mãos no bolso à sua espera, deixando Emma na sala. Perséfone segura a pequena planta com suas duas mãos com medo que fizesse um estrago ali, ao ver Henry sorri pouco nervosa e surpresa, ele permanece sério esperando que ela dissesse algo.
— As pessoas aqui são rápidas, já te avisaram que eu estaria aqui. — Diz com as sobrancelhas arqueadas.
— Ninguém me avisou, eu vi você do vidro. Que bom que esteja melhor, já está até andando por aí.
— Sim! — Os dois riem. — Eu passei na sua casa pra falar com Elisa e eu iria deixar isso pra você mas, ela achou melhor eu trazer aqui. — Estica suas mãos enquanto Henry analisa a pequena planta ao tirar as mãos de seu bolso para pegar. — É um agradecimento Por cuidar de mim.
— Você não iria trazer até mim ou me dar pessoalmente? Elisa teve que te dizer isso? — Henry olha para trás vendo que Emma não se moveu dali.
— Na verdade eu pensei em vir mas não queria atrapalhar, então achei melhor...
— Nunca pense que irá me atrapalhar, pode aparecer quando quiser e aliás, adorei isso muito obrigado. — Volta seu olhar para Perséfone.
— Tudo bem, Henry. De nada! — Sorri
— Eu vou te levar pra almoçar, em forma de agradecimento pelo seu presente. — Ela ri e assente.
— E depois em forma de agradecimento ao almoço eu te dou outra coisa? Vamos ficar nessa?
Henry sorri com seus pensamentos sujos e logo entra em seu escritório deixando a planta sobre a mesa, olhando para Emma que ainda estava ali.
— Eu vou almoçar, você pode ir para sua sala agora. — Ela concorda com um sinico sorriso nos lábios. Ao passar por Perséfone a mesma diz oi com um sorriso gentil Não tendo a resposta de Emma, que sai com seus saltos fazendo eco.
Henry sai encostando sua porta e chama atenção de Emma que logo olha para trás, Henry a chama com os dedos e ela caminha até perto.
— Peça desculpas. — Ele joga a cabeça em direção à Perséfone que fica sem jeito com sua atitude.
— Henry eu não...
— Não ouviu? Estranho, porquê lá de dentro eu ouvi bem ela falar com você. — A encara esperando sua resposta, ela abaixa sua cabeça e logo em seguida levanta olhando para Perséfone.
— Me desculpe, não devo ter escutado você, querida. Tenham um bom dia. — Sorri e logo se vira novamente seguindo até sua sala.
— Ela não deve ter escutado mesmo, Henry. Não precisava, coitada. — Ele ri e a olha negando com a cabeça.
— Se convivesse com ela saberia que foi de propósito. Não suporto má educação, Perséfone! Agora vamos. Estou com fome!
Henry caminha na frente e Perséfone logo o alcança com seus braços cruzados, ao passarem pelo corredor Henry pousa uma das mãos em suas costas enquanto caminham até o elevador.
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Pretty Baby
RomanceA atração pode virar algo muito mais intenso, a idade passa a não ser um problema e todo o resto não importa mais!