"Nada mais pode me segurar......
Além dessa caixa"Era de manhã bem cedo, estava frio e minha boca estava cheia de cortes por causa do frio, eu estava no meu quarto, me arrumando, meus pais ainda não estavam acordados.
Terminei de me arrumar e desci os corredores até a cozinha,a cozinha era branca, tinha uma mesa grande de madeira clara com quatro cadeiras, uma geladeira com uma pintura azul em tons pastéis, um fogão de cinco bocas,uma bancada de pedra,uma pia média, duas prateleiras com objetos de cozinha, um armarinho no canto e um armário maior, o armário era cinza e tinha vários objetos nele, meu gato, Oscar, estava sentado em cima da bancada da cozinha e olhando pela janela, me aproximei dele. Oscar era um gato branco com manchas pretas, olhos verdes, era peludo mas sem exagero, ainda dava pra saber que aquilo era um gato e não um montinho de pelos.- Oi Oscar!
Ele virou uma de suas orelhas para mim, pouco depois virou a cabeça, passei a mão dele, dando carinho.
- Tá com fome? Vem, vou encher seu potinho!
Eu saio de perto dele e vou até um cantinho da cozinha, pego a ração de um armarinho e vou até o pote de ração do Oscar, então o encho com ela. Oscar sai do bancada e vai até mim com o rabo pra cima, ele está feliz. Troco a água dele também, e depois de lavar as mãos, começo a fazer meu café da manhã, não era muita coisa, iogurte de morango e um pão com presunto e queijo, me sento na mesa e começo a comer.
Alguns minutos depois minha mãe aparece na cozinha, eu levei um susto, admito, até porquê não a ouvi chegar. Ela estava ainda com a roupa de dormir, mas o cabelo arrumado e preso.- Bom dia Natally!
Ela se aproxima de mim e me beija a bochecha, eu sorrio.
- Bom dia mãe, dormiu bem?
Ela se afasta e vai fazer café.
- Sim, e você?
- Bem tbm
Oscar mia, como se quisesse participar da conversa, então, minha mãe disse com um sorriso pleno no rosto.
- Bom dia pra você também Oscar!
- Dormiu bem bolinha de pelos?
Nós duas rimos. Hoje minha mãe parecia estar melhor que nos dias anteriores, ela estava com febre desde um dia antes de nos mudarmos. Ela terminou de fazer o café e logo fez um pão com ovo, se sentou numa das cadeiras da mesa com o pão e uma caneca de café cheia pela metade, então também começou a comer.
Nós comemos e conversamos um pouco, foi divertido. Depois de algumas horas, nós duas saímos de carro, minha mãe nos levou ao shopping, o lugar tinha vários cheiros diferentes, a praça, onde haviam várias árvores, aves moravam la, tinham banquinhos de madeira e de pedra, haviam flores e um chafariz no centro, as lojas da cidade que nos interessavam,lojas de comida, com seus cheiros doces,salgados e agridoces,lojas de roupa, com cheiro de tecido novo, acabei conhecendo algumas pessoas no caminho. Precisávamos comprar mais comida pro nosso gato, então fomos até a casa de rações, o lugar era de bom tamanho, paredes de cor amarela em tons pastéis, prateleiras com caminhas de cachorro e casinhas de transporte, no chão haviam algumas casinhas de madeira, bolas e gaiolas para hamsters em uma mesinha, aquários vazios, sacos de ração em pilhas de dois de um lado da loja, também tinham daqueles reservatórios de rações lá, minha mãe foi falar com a atendente, a mulher era ruiva, gordinha e muito bem cuidada,parecia ser bem segura de si e tinha um cigarro na boca, já eu fui olhar as coisas que estavam sendo vendidas. Entre as coisas a serem vendidas, por alguma razão olhei mais para as gaiolas de pássaros, acho que foi pela razão de eu estar tentando imaginar de onde os pássaros que tinham aparecido na caixa d'água vieram, aquilo ainda não tinha explicação pra mim, talvez o antigo dono? Talvez um gato? Mas um gato não colocaria a caça num lugar assim, já teria levado e comido, e o antigo dono era cadeirante, então o que pode ter acontecido? Isso ficou na minha cabeça.
Bem, compramos a ração e voltamos para casa, compramos várias coisas, em geral o que precisávamos, quando chegamos em casa, guardamos tudo o que compramos. Meu pai já estava acordado, quando chegamos ele estava capinando o quintal e tentando melhorar e criar um novo jardim, ele não parava de falar com as plantas.
Eu não tinha muito o que fazer, então passei o resto do dia no meu quarto com o Oscar no colo, eu dei carinho pra ele e fiquei lendo livros, óbviamente fiz pausas em alguns momentos, eu li tanto para o Oscar que ele acabou dormindo, mas não posso negar,também comecei a ficar cansada, então marquei a página em que parei e resolvi dormir. Tive sonhos estranhos, parecia o dia de hoje, mas distorcido, as coisas não faziam mais sentido, o chão parecia barro, as casas tinham olhos e se olhavam entre si,as nuvens estavam rosas, mas ainda parecia de manhã, a atendente da casa de rações agora era um pombo de olhos amarelos, os sacos de ração tinham rostos tristes e falavam com vozes roucas, os brinquedinhos para animais agora eram os animais, as roupas mas lojas agora eram peles das pessoas, o chafariz da praça agora parecia uma versão estranha de uma caneca de café, todas as pessoas por quem eu passava se pareciam com galinhas e raposas, mas talvez aquilo fizesse algum sentido na minha cabeça, mas parou de fazer quando vi meu precioso Oscar dançando balé com roupa de dinossauro, eu sinceramente não entendi nada daquele sonho, mas felizmente nada me assustou tanto, tirando pela parte das peles.
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Aves de Algodão
Misteri / ThrillerNatally Griffinwood, uma garota de 13/14 anos, muda com seus pais para uma nova casa, mas ela começa a notar coisas estranhas ocorrendo pelo local. Para se livrar e livrar sua família daquele lugar, ela terá que descobrir sobre o passado da casa e a...