Promessas

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Princesa... Princesa... Princesa...

Era como um mantra, ele lutava e lutava e repetia, ao invés de focar-se na luta contra os soldados, sua mente vagueava para a garota que estava escondida sob a vegetação, sua mente retornava para seu cabelo de fogo, feito do sol do amanhecer, e retornava para seus olhos sem vida e sem cor.

Ele jurou sua vida para protegê-la, jurou sua alma e sua fé, não só para o antigo Rei, mas para si mesmo, para seu coração. E, por isso, ele faria de tudo para cumprir seu juramento, seu voto. Não importava, não importava se ela o via apenas como amigo – ou pior, apenas como seu soldado – ele faria o impossível para protegê-la, para ver a luz voltar ao seu olhar e vê-la sorrir.

Ele era considerado a Besta do Trovão de Kouka e, naquele momento, Son Hak fazia juz ao título que recebeu não só de sua Tribo, mas de todas as Tribos do Reino. O balanço da lâmina afiada na extremidade de sua lança era como o cair das folhas ao vento no outono, leve, era uma extensão de seu próprio corpo, ela cortava, rasgava e feria aqueles que se aproximavam. Seus ataques eram vento, relâmpago e o próprio trovão, naturalmente belos e horrendos, assustadores.

Princesa... Princesa... Princesa...

Ele não poderia parar, investia contra os soldados da Tribo do Fogo sem pena, sem piedade, e mataria, se necessário, para sair com ela daquele maldito penhasco e encontrar o maldito Sacerdote que Mundok, aquele velho, havia dito, para saber o que fariam do futuro. Eles só precisavam sair vivos, sair logo dali.

Seu corpo ardia, sua mente era um turbilhão de pensamentos sobre a batalha: desviar, defender, investir, atacar, cortar, matar. E ele pensava nela, escondida, com medo. Não seriam derrotados por Kag Tae-Jun, nem pela Tribo do Fogo.

Princesa... Princesa... Princesa.

Hak sentia seu sangue correr pelo próprio corpo, ele cantava em conjunto com a batida frenética de seu coração, mas, ainda que estivesse lutando e atacando bem, ele ainda permanecia em uma situação comprometedora. Sabia que, cedo ou tarde, o veneno da flecha iria agir sobre seu corpo, drenando suas energias, uma cadeia de reações que iria tentar destruí-lo de dentro para fora, corroendo suas defesas.

Os soldados da Tribo do Fogo se aproximaram, ele já havia derrotado tantos, mas eles surgiam como abelhas saindo de dentro de uma colmeia. Ele precisava ser mais rápido, precisava sair dali com ela. Os soldados dividiram-se ao redor dele, tentando encurralar a Besta.

Então, Son Hak atacou. Girou sua arma rápido e preciso feito um relâmpago, e o vento cantou, cantou com os gritos, a brisa e o sangue, sangue que se misturou ao seu que escorria dos ferimentos.

Princesa... Princesa. Princesa.

Ele sentiu sua consciência fraquejar, sua vista escurecer, sentiu todos os seus ferimentos queimarem e, por um momento, ele fraquejou, fraquejou e a lança pesou sob suas mãos fazendo-o cambalear de forma errônea. Praguejando, Hak tentou se recompor, mas ele sabia que era o veneno agindo e destruindo seu corpo de dentro para fora, não sabia quanto tempo duraria mais. Ele tinha conhecimento da posição de Kang Tae-Jun no penhasco acima dele, buscando por ela, para levá-la de volta para aquele palácio infernal, para Son-Woon. Ele não permitiria isso. Sua consciência escureceu novamente e ele precisou balançar a cabeça e apertar mais o cabo da lança, tão forte que suas juntas ficaram brancas e, se sobrevivesse, provavelmente mais circatrizes apareceriam ali. A voz do segundo filho do Líder da Tribo do Fogo pareceu distante aos seus ouvidos:

- Está fraco... Oportunidade... Agora... Matem!

Os soldados de Kang Tae-Jun perceberam que o ex-General da Tribo do Vento não mais se defendia ou atacava com precisão, um deles tomou a frente do grupo com um sorriso presunçoso que irritou Hak, e disse:

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⏰ Última atualização: Dec 30, 2020 ⏰

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Promessas // Hak x YonaOnde histórias criam vida. Descubra agora