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Essa é uma história de amor, respeito, preconceito e conscientização.
Lewis foi expulso de casa por ser gay, precisou tomar as rédeas de sua vida e recomeçar do zero. Mas finalmente ele sentiu que poderia...
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Quando finalizei a limpeza, verifiquei o horário confirmando que eles estavam para chegar.
O senhor Adalberto perguntou se podia trazer o Nicolas para me visitar, pois o mesmo estava querendo aproveitar a folga do sábado para verificar como eu estava.
Quando ele me questionou pensei em negar, mas depois lembrei que não tinha amigos e o pai do Nicolas estava sendo tão maravilhoso, que seriam infantilidade e burrice afastar as pessoas que estavam tentando se aproximarem de mim, por isso concordei e combinamos que ele passaria a tarde comigo.
Ouvi o barulho do portão no exato momento em que terminei de me arrumar. Desci os degraus contemplando o sorriso bonito do Nicolas e uma moça lindíssima de face alegre que segurava a mão dele. Logo percebi que era a famosa Vitória, namorada do Nicolas.
— Olá! — Ela foi a primeira a me cumprimentar me fazendo corresponder.
— Boa tarde, Lewis! — O Nicolas disse. — Meu pai tinha um compromisso com tio Lourenzo, por isso somente nos deixou. — Explicou deixando ainda mais evidente como os laços entre as duas famílias eram atados, pois até mesmo ele o chamava de tio.
— Vamos subir, só não vão olhar para o local, pois é pequeno e simples. — Falei dando passagem para eles irem à frente.
— Essa é minha namorada Vitória. — Quando subimos me apresentou-a, me surpreendi quando fui enlaçado nos braços da garota. — Vitória, pelo amor de Deus, assim você assusta o Lewis. — Ouvi Nicolas.
— Olá! — Voltou a dizer, mas dessa vez segurando meu rosto e encarando meus olhos. — Puts, nós podíamos ser irmãos. — Sorri, pois realmente tínhamos a mesma tonalidade de pele e cor de olhos.
— Quase me deixava doida para trazê-la comigo, só porque contei que você tinha uma gatinha preta. — Sininho parecendo sentir que falávamos dela veio se esfregar nas visitas fazendo a Vitória baixar e pegá-la no colo.
— Mas você é muito linda. — Beijou a cabecinha da manhosa Sininho.
— Trouxemos pizza. — Nicolas me entregou as sacolas e fui colocar em cima do fogão.
— Ela é tão linda e cheirosa. Já disse que quero uma gatinha de presente, mas parece que ninguém se importa com meus desejos. — Sorri quando Nicolas revirou os olhos diante da indireta dela.
— Só se for para seus pais me matarem. Quando casarmos e tivemos nossa casa, você pode adotar cada animalzinho que encontrar na rua.
—Eu encontrei-a na rua. — Falei fazendo Vitória me olhar com admiração e me deixando tímido. — Estava com vários ferimentos...
— Aliás, como estão seus machucados, meu pai falou que você caiu de moto. — Agradeci mentalmente pela mentira do senhor Adalberto, não queria compartilhar com eles a verdade.
