- O que você pensa que está fazendo? – uma latina baixinha, completamente possessa, praticamente gritou em meio à música alta que tocava.
- Oi? – foi tudo que Lauren conseguiu dizer, em meio à surpresa que a tomou.
- Quem é essa puta, Lauren? – perguntou com raiva.
- Olha aqui, nanica, eu não sei quem você é, mas não me conhece pra ir me chamando assim. – Marina revidou, quase partindo para cima de Camila, que bufava de raiva.
- Nanica é a senhora sua mãe, cabeça de fósforo.
Apesar da surpresa de todo o ocorrido, Lauren conseguiu segurar a cintura de Marina, que partia para cima de Camila a fim de revidar fisicamente as agressões verbais. Do outro lado Camila praticamente esperneava enquanto era firmemente agarrada por Dinah, que viu que boa coisa não ia sair dali, principalmente depois da cara de ódio que a latina fez quando Troy disse sorridente que Lauren estava 'pegando' uma ruiva gostosa no andar de cima.
- Parem com isso. – a morena disse brava – Camila, o que deu em você para agir assim, feito louca agredindo a Marina? – desconhecia aquele lado da latina.
- Essa vagabunda estava quase te agarrando, Lauren. – respondeu com raiva.
- E o que você tem que ver com isso, heim? A Lauren é gostosa e quero mais é agarrar ela mesmo. – provocou Marina.
- Me larga, Dinah. Me larga que eu vou dar na cara dessa puta. – esbravejava Camila, cada vez mais descontrolada.
- Para com isso, Camila. Você já está me fazendo passar vergonha, todo mundo está olhando. E sinceramente, não estou entendendo isso tudo.
- Vergonha você estava passando enquanto se esfregava nessa daí sem qualquer pudor.
- Pra mim chega. – disse Marina – Lauren, fica aí e se resolve com a tua namorada. Quando estiver tudo resolvido me liga.
- Ela não é minha namorada. – Lauren falou.
- Ela não vai te ligar nunca, sua oferecida. – Camila disse ao mesmo tempo.
- Pois não é o que parece. – Marina falou, ignorando Camila – Mas você já sabe, quando quiser é só ligar. – concluiu dando um selinho em Lauren, que nem teve tempo de corresponder, tamanha sua surpresa.
Lauren ficou ainda um tempo olhando perdida por onde Marina tinha partido. Ainda não acreditava em tudo que tinha acontecido. Virou o rosto para onde Camila e Dinah estavam e se deu de cara apenas com a latina, a amiga tinha praticamente evaporado.
Olhou para Camila, que tinha um ar de desafio em sua direção e uma cara de desgosto pela cena que presenciara. Por mais que tentasse não conseguia entender o que tinha acabado de acontecer.
- O que aconteceu aqui? – perguntou num meio de confusão e raiva.
- Eu te salvei daquela puta, que só queria se aproveitar de você. – se vangloriou.
- Quem você pensa que é para agir dessa maneira? – perguntou de uma forma rude, que Camila desconhecia, acabando por assustar a latina – Não fale da Marina dessa fora.
- Não acredito que eu te livro daquela biscate e você me trata dessa forma, que sou sua amiga há anos. – disse ofendida.
- Eu não preciso que ninguém me proteja. Eu sei muito bem me defender. – disse ainda brava – E você falou muito bem, somos amigas, nada mais que isso. – concluiu dando as costas a ela e indo pelo mesmo caminho feito por Marina.
Camila ficou boquiaberta com a reação tida por Lauren, a qual sempre foi gentil e delicada. Jamais havia visto a morena tão brava, nem quando tinha de agir sob intensa pressão no escritório.
Nem mesmo a latina entendia a reação que tinha tomado conta de si naquele momento. Já fazia algum tempo que nutria certos sentimentos por Lauren, mas tentava a todo custo sufoca-los. Não queria prender-se a ninguém. Se considerava um espírito livre, sem freios.
Lauren era sem dúvidas a pessoa mais gentil que conhecia. Se algum dia tivesse alguém de seu lado, queria que esse alguém fosse a morena.
Mas agora percebia que havia feito uma grande besteira e teria que fazer de tudo a fim de conseguir o perdão de Lauren.
Sem pensar duas vezes seguiu o caminho feito pela morena instantes atrás e não a viu na mesa junto dos amigos. Ally viu que procurava por Lauren e sinalizou que ela havia ido embora.
Camila correu até a saída da boate e não a viu em lugar nenhum. Sem qualquer resquício de dúvida chamou um táxi e partiu. O endereço não era muito longe dali e não levaram mais que dez minutos para chegar ao destino.
Entrou no prédio e acenou para o porteiro, que apenas acenou de volta, a reconhecendo prontamente. Entrou no elevador e apertou o botão do sexto andar. Estava nervosa, mas não iria desistir agora que já estava ali. Quase desmaiou de ansiedade quando o elevador chegou ao andar pretendido.
Caminhou vagarosamente até o apartamento 606, tocou a campainha e aguardou.
Se já estava nervosa instantes atrás, seu coração quase saltou pela boca quando uma Lauren, apenas de top e cueca boxer brancos, atendeu a porta, espantando-se com a visão da latina parada a sua porta.
- Camila? O que...
Lauren não conseguiu terminar de falar, pois a latina, tomada por um surto de coragem, avançou em sua direção e tomou seus lábios de forma sedenta. A morena não reagiu imediatamente, mas quando Camila forçou a língua em sua boca correspondeu com ferocidade.
Trocaram um beijo ardente, que há muito era desejado pelas duas, apesar da teimosia da latina em negar tal fato. Lauren envolveu o corpo pequeno com seus braços e o trouxe ainda mais para junto do seu, acabando com qualquer milímetro de distância.
A excitação tomou conta das duas. Uma onda de calor apoderou-se delas. Um sentimento de plenitude às tomou.
Lauren quebrou o beijo quase desesperado que trocavam e olhou fixamente para as orbes castanhas a sua frente. Camila a olhava de uma forma que até então desconhecia. Uma mescla de carinho e, seria, ... paixão? Amor?
- Precisamos conversar. – declarou simplesmente, afastando-se de Camila.
- Lauren, me perdoa pela cena que fiz lá no bar, mas eu fiquei com muito ciúme e não consegui me controlar.
- Ciúme de quê, Camila? – perguntou confusa, apesar do beijo trocado a pouco ter sido bastante revelador – Somos apenas amigas...
- Eu sei... Eu sei que nunca demonstrei para você e nem mesmo para mim... Mas eu gosto de você... muito. – atropelava as palavras que dizia quase que em tom de desespero – Nem eu percebia isso até te ver com aquelazinha lá no bar, se esfregando em você. – falou voltando a se aproximar da morena – Foi ali que eu percebi que você é minha, Lauren. Só minha e de mais ninguém. – concluiu voltando a selar os lábios da mulher a sua frente.
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Força do Amor
Lãng mạnCONCLUÍDA "O que fazer quando se mantém um amor platônico por uma colega de trabalho que a vê apenas como amiga? Noites insones. Ciúmes contido. O coração partido..." Lauren G!P! Início em: 27/12/2020 Término: Jan/2021