Neues Alltagsleben

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[18:40]


Saymon S.Reich, (Dritte Reich)19 anos.



 Não penso em encará-lo assim tão descaradamente por tanto tempo, seria completamente vergonhoso caso ele me olhasse de volta. Logo, para que não perceba-me, miro o outro lado, o portão recém polido.    

 — Espero que esses caras não nos encham o saco esse ano, odeio aquele jeito francês dele.— Akira, com as falas agressivas, continuou com as atenções muito bem direcionadas. Dado um toque em meu braço esquerdo, assim quase me obrigando a prosseguir de cara fechada, novamente, voltando com as atenções no pequeno grupo. Adiantou muito tentar desviar o olhar, uau. 

 Faço um estalo em negativo com a língua, para continuar ríspido no quanto eu gostaria de soar. — Hm. Bastardos imundos, sorte que nossos quartos sempre ficam muito bem separados.— Relembro-o, para alguma calmaria. Quem sabe depois uma boa troca de farpas não será divertido, por agora, logo de noite, não acho que deverá ser algo interessante.

 Scalco, não poupando esforços em ser escandaloso, como todo bom estereótipo de italiano, suspirou profundamente, fazendo bagulho em uma simples ação de cansaço. — Que merda, essa escola poderia pelo menos aceitar mulheres... Todo ano é a mesma seca, nem uma revistinha 'pra ajudar.— Reclamou ele, sem dar importância de estar tão perto dos soldados, já que um deles poderia facilmente ouvir e contar para algum responsável. O que obviamente não iria acontecer, mas mesmo assim, foi estranho ter de ouvir isso tão naturalmente.

 Revistas assim, desse teor pervertido, são estritamente proibidas aqui no instituto, ainda mais para os (uiuiui) "principezinhos". Seria péssimo ser fotografado com uma dessas.. Eu normalmente deveria querer ver uma, nem que fosse por curiosidade, mas nem sequer me sinto atraído. 


Parado de me ressentir sobre, não demorei a prestar atenção no bruto barulho de metal e tecido sendo profanados por uma palma, a de Akira -sendo mais especifico-, que logo fez chacoalhando todo o corpo alheio. O europeu esmurrado resmunga, bambeando leve por tal -quase- soco no ombro. — Olha os modos, Scalco! Essa afobação para perder o cabaço vai te fazer comer qualquer promíscua por aí.— Ressaltou o asiático, alertando-o da falta de imprudência de sempre, que pelo seu jeito naturalmente mais fechado de falar, fez o parecer estar dando uma bronca agressiva. O italiano, de todo modo não parece ligar, já que ao vez de escutá-lo devidamente, ele prefere massagear o braço que fora atingido.  

 Não vou culpá-lo, parece ter doído tanto que me fez dar risada. Nem que fosse uma abafada. 

— Mas é verdade! Saymon, concorde comigo!— Pediu-me Scalco, praticamente implorando por uma segunda aceitação. Eu o encarei sarcástico como resposta. Não estou afim de concordar com isso, negativei um "não" com a cabeça, que por sua vez, fez-lhe suspirar bufado. Akira, em contrapartida, sorriu vitorioso. — Vocês são insuportáveis às vezes..— Resmungou a >>mentira<<, já voltando ao estado natural, retirando a mão do local que fora dado o soco/tapa -não prestei atenção-


 Enquanto a reclamação cômica persiste, apenas entre os dois, depois de um quase longo período de tempo, os portões barulhentos perfuram a troca de farpas questionavelmente amigável, ambos cessam por completo o blá-blá-blá (tal que terei de me acostumar de novo) para o que de fato é importante, a chegada do diretor. 

 Aquele cara não sabe poupar esforços, prontamente chamou todo mundo com uma limpada de garganta respeitável, mesmo que muito embora os portões já tenham feito o trabalho.  Voltamos nossos olharem inteiramente para Uriel, que assim percebendo a atenção de todos para si, sorri, e para em frente da pequena multidão. — Olha só! Mas quantos rostinhos novos!— Ressaltou animado. As pitadas de egocentrismo foram absolutamente exageradas, na minha opinião... Falando nisso, quem sou eu para dizer alguma coisa de "egocentrismo"? 

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