Ironisch Unpersönlich

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[ 17:40 ]



Devidamente alimentado! Oh, obrigado gentil senhora da cozinha, agora que estou bem satisfeito, posso estudar em paz e sem outros demais contratempos. Sem finlandês vagabundo de ressaca, sem russo esquisito, sem a trupe de imbecis, apenas eu e eu! Sozinho finalmente.

Claro, depois que me despedi de Ethan, já que o mesmo estava bem apressado para ir no seu dormitório, fiquei mais alguns minutos para tomar um café. Não faria mal, para falar a verdade, adoro tomar nem que seja uma xícara pequena, geralmente acompanhado por algum doce... Mas seria gula da minha parte, acabei de comer um pedaço de torta alemã.

Tudo bem que não era necessariamente esse doce qual estava com vontade, talvez... Um strudel...? Hm, acho que não, eu nem gosto de massa folhada... Seria de um... Café doce? Não! Com toda a certeza, não. Eu não deveria listar coisas que gosto, ao em vez das que desgosto? Pensando melhor, isso é meio burro da minha parte. Que tal.... Ah, quer saber, só devo estar entediado.


Deveria ir para algum lugar e estudar logo, ou ler apenas um livro, já que estou literalmente nos primeiros dias de aula, pouco faria mal se pulasse esse dia. Penso um tiquinho a mais, comigo mesmo, passei o polegar no canto do lábio e... Autsch! Esqueci que está machucado... Como pude? Akira tem razão, precisaria passar alguma coisa aqui, antes que fique chamativo demais, ou roxo, dá no mesmo.


Eu, me preparando para levantar depois da imbecil descoberta, escutei ao fundo um sibilar feminino, me chamando. Supondo que seria a moça de antes, viro com o meu corpo na direção da porta da entrada, onde fica a cozinha, observando-a abranger um sorriso angelical, fechado. Ela, por sua vez, levou o anelar até sua própria boca, dando tapinhas leves ao canto dela, demonstrando o quão deve estar meio visível demais... Sem graça, devolvo a expressão.



[...]



Posteriormente, nada mais justo que voltar para o meu quarto, descansar nele, tomar um banho e deitar na cama, provavelmente com um livro para ler. Não duvido que Arthur esteja lá, mas nunca que seria um problema para mim, ele é quieto, quase não percebo-o... Claro, a não ser aqueles momentos chatos que seu passatempo vira "v-v-v-v-v-v-você é bichinha?", "(inserir diálogo qualquer sarcástico e bem irritante)" ou também "Cala a boca, seu burguês elegante! Olhe como eu sou russo, nervoso e caolho", são exatamente assim! Com algumas mudanças de minha autoria. No geral, conseguiria conviver quase bem com Arthur, só necessitamos de adestramento...





Ah, "adestramento" não é uma palavra boa... Uhm...






Não consigo pensar em nenhuma... Que fique assim.

Faculdade para todos os moralmente perturbadosOnde histórias criam vida. Descubra agora