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Acordei ouvindo as incansáveis batidas na porta do meu quarto

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Acordei ouvindo as incansáveis batidas na porta do meu quarto. Tinha absoluta certeza que era meu pai, pois se tem algo que ele gosta de fazer, é me importunar. Yoon ainda dormia ao meu lado, ela tinha sorte de ter bebido tanto e não ter que ser acordada com alguém esmurrado a porta. No relógio marcava oito horas da manhã e na cabeça do meu pai era um bom horário para acordar aos sábados.

Levantei da cama preguiçosamente e andei até a porta coçando os olhos tentando me acostumar com a claridade que invadiu meu quarto pela janela. Abri a porta e meu pai olhava com uma expressão carrancuda, revirei os olhos sabendo que eu iria ouvir mesmo sem saber o motivo, já que naquela semana não havia feito nada de errado.

— Quantas vezes eu já disse que não quero que você traga mulheres para cá. — Sua voz aí como um sussurro, mas ainda assim parecia que estava rosnando para mim. — Se quiser transar com alguma vadia que procure um motel, em minha casa eu quero respeito.

— Ela é só minha amiga, e não aconteceu nada. Quando ela acordar a levarei para casa, senhor Beauchamp. — Falei tentando transparecer mais calma possível, embora soubesse que ele odiava quando eu o chamava de senhor beauchamp ao invés de pai. Eu fiz apenas para provocar, porque a forma que ele se referiu a Heyoon me fez querer revidar as ofensas. Entretanto, era sábado, e eu não queria estragar meu dia.

Ele não falou nada, apenas ficou me encarando com sua expressão de que não transou a noite então saiu andando pelo corredor

Voltei para cama com a intenção de tentar dormir novamente, mas de alguma forma o sono havia passado. Então peguei meu celular e abri na conversa com Noah onde havia o contato de Gabrielly.

Quando cheguei do clube com Heyoon eu não tive tempo pra pegar o celular novamente já que ela resolveu querer conversar sobre todos os filmes que já vi na vida e mexer em todos os móveis do meu quarto. Mas deitado na cama encarando o celular, eu salvei seu número e abri a conversa. Sua foto foi a primeira coisa que eu reparei.

Any estava sorrindo, mas não estava olhando pra câmera. Certamente alguém havia tirado a foto quando ela não estava vendo. Seu sorriso era espontâneo e fazia o seus olhos ficarem estreitados. Eu nunca a vi sorrindo daquela forma, muito menos pra mim já que era nítido que ela me odiava.

Fiquei com o celular em minhas mãos encarando a tela com sua foto aberta perguntando-me se eu deveria falar algo por longos minutos. Só fui sair do transe quando eu ouvi Heyoon resmungar ao meu lado fazendo-me guardar o celular depressa como se tivesse escondendo algo nele.

-a Bom dia. — Ela disse com a voz lenta e foi levantando indo direto para o banheiro.

Quando saiu de lá já era como se não estivesse acabado de acordar, ou como se não estivesse com uma puta ressaca. E Heyoon era incrívelmente bonita, naquela de tirar fôlego de qualquer um, mas para a infelicidade dos garotos que se envolviam com ela, Heyoon era um Josh na versão feminina.

O maior dos clichês - Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora