Capítulo 25

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Tarde cai tão negra

Que mete medo, medo...

Medo de viver

Sem você

Sem você... Sere Nere

Jaime Gandy.

Antes de sair de casa recebi o maldito vídeo no meu celular. Mesmo sabendo que mais cedo ou mais tarde o vídeo chegaria dei play com as mãos trêmulas. Eu precisava olhar o que tinha ali, precisava encarar tudo isso de frente. Ser forte e dá a minha própria vida para salvar a do meu amor se fosse preciso. Ver o vídeo fez meu sangue esquentar de tanto ódio, o desgraçado filmava Isis chorando, ele passava a mão sobre seu corpo, e no final ela dizia que me amava. Só conseguir visualizar a mão dele e mais nada. Faria questão de cortar a mão dele quando o pegasse.

- Inferno! Soquei a mesa. Todos em casa estavam aflitos, e minha mãe ao ver minha reação tentou me impedir que eu fosse atrás de Isis, e isto foi à gota d'água.

Conseguimos rastrear o anel de Isis e estávamos seguindo para o local que localizamos no mapa. Eu só pensava nas coisas que faria com este assassino assim que colocasse as mãos nele. Dois carros pretos seguiam o meu, que estava apenas Jody e eu, nos outros dois havia seguranças. Acionei a polícia e os mesmos estão indo para o local tentar prender o assassino, e não posso deixar passar de hoje.

Descemos próximo do local, e fomos andando até um galpão de céu aberto. De longe pude ver um jatinho e alguns capangas do homem que segurava Isis pela cintura, percebi que ele tinha uma arma na cintura dela. Sentir um calafrio percorrer meu corpo. O homem está de costas, por isso, não conseguir identificar seu rosto. Ouvimos o som dos carros da polícia. Inferno! Esses idiotas não sabem chegar ao local em silêncio, os capangas se apressaram em subir no jatinho. Enquanto o homem pressionava Isis para que ela andasse, mas ela parecia paralisada.

O homem ficou de perfil e logo identifiquei seu rosto. Céus, o tempo inteiro foi Fernando. O desgraçado apontou a arma para Isis e ouvir quando ele gritou com ela, ordenando que ela subisse no jatinho. Ninguém queria avançar por medo do homem atirar em Isis, mas eu não aguentei ver a cena e ficar parado.

- Fernando. – Gritei lhe agredindo. Ele jogou Isis contra o chão, e correu para o jatinho. – Volto para te buscar sua puta. - Ele praguejou e entrou no jatinho que estava pronto para partir. Os seguranças tentaram impedir o voo, mas nada adiantou. No momento a única coisa que me importa está caída no chão... Olhei para aquele jatinho e minha vontade é de explodir o mesmo com o olhar.

Isis Melo.

Ouço vozes do lado de fora, e tento acordar. Tento abrir os olhos mais é em vão... Acabo dormindo novamente. – Isis meu amor... Preciso tanto de você. – Ouço a voz de Jaime, mas não consigo acordar. Tem algo que me prende ao meu subconsciente e sinto que se acordar será o meu fim, sinto como se a dor e o sofrimento não fossem mais ter fim. Quero gritar para fazer tudo isso passar...

– Isis me perdoa por não ter te protegido... – Ouço a voz novamente de Jaime. Desta vez consigo abrir os olhos e a iluminação do hospital me faz gemer com o incomodo. Tento me acostumar com a iluminação e quando consigo vejo os olhos ansiosos de Jaime na minha direção. Céus! Lágrimas quentes escorrem dos meus olhos. Sinto um alívio imediato, ao vê-lo. Agradeço mentalmente por aquele doente não ter me levado.

- Meu amor, acabou, acabou... – Jaime sussurra no meu ouvido. Sua voz está completamente embargada, e vi que seus olhos estão marejados.

Balancei a cabeça negando... Ainda não tinha acabado, além de Fernando ter conseguido fugir, ainda tem Conrad e o nosso segredo. Gemi ao sentir uma pontada na cabeça, mas eu preciso falar logo o que tanto me atormenta.

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