seria ele realmente um bruxo?

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Com dor em meu coração,  dirige aquele carro até  minha casa, ao chegar lá,  fechei a porta com força fazendo um barulho estrondoso ecoar pelas redondezas, e após  muito tempo eu chorava, chorava pela morte da minha irmã,  tal morte a qual  sou cupada, seria  talvez trivial que eu contasse a minha família,  mas não,  não  lhes quero dar satisfações  ou mais motivos para desgostarem de minha pessoa, é de meu direito ter o silêncio  do assasinato  causado mesmo que com pistas por ai, se deveras tenha que ir presa, que seja pela morte do ser que criei, Gabriela.

Sentada no chão  de minha sala, com lágrimas pesadas sovrecarregadas de pêsames  pela minha irmã, netuno chegou e entrou por minhas pernas se aconchegando em meu colo. Eu ainda o tinha, e o protegerei de forma absurda, tal maneira que não  fui capaz com minha irmã.

Ele ja não  sentia falta  da pata, será  que minha irmã  é  minha pata? Com o tempo aprenderei a viver sem ela  como se nunca ouvesse existido?serei capaz  de tal diligência?me empenharei para isso.

Segurei meu gato de frente a mim o olhando nos olhos mesmo que ele desvia-se, o coloquei no chão  pegando água  e colocando no pote, ao olhar pra trás a tevê  ligou sozinha, ele  ascendia e apagava de forma curiosa. Assim que me aproximei netuno a encarava, todas as vezes que o aparelho apagava  era quando  ele mechia sua pata a batendo no sofá  com certa força, seria só  coincidência dos acontecimentos,  seria meu gato  realmente um bruxo como minha mãe  temia?

A campainha tocou e ao atender me deparo com algo surpreendente, minha irmã, viva, respirando normalmente  como se nada tivesse  acontecido. Olhei  para trás e o gato  apenas me olhou soltando um "miau" e voltando a tevê .

- está bem? Seu pescoço doi? Me desculpe.... - falei a abraçando.
- por que não  estaria,  estsvamos na adaga e você  sumiu do nada! Vim para cá  e trouxe o vinho - falou sorridente.
-ah....e-entre, vamos tomar o vinho

[...]

1 semana depois


Ao ouvir toc's na porta fui em sua direção  logo dando  de cara com um rapaz de cabelos escuros e cacheados que tinham um brilho próprio,  seus olhos eram verdes iguais ao de meu gato, ele tinha  seus 1,84 de altura em media, em suas mãos tinham uma torta de limão,  após essa preve análise,  o encarei podendo ligar seus olhos aos meus.

- sim?- Falei procurando respostas para sua repentina presença do então  desconhecido.
- sou o vizinho novo,  vim lhe trazer essa torta - falou com um sorriso frouxo escapando de sua boca rosada.
- não  sabia que teriam  vizinhos novos, ahm....obrigada?pela....torta? - falei sem jeito por não  ser de agradecer.

Ao fechar a porta, procurei por meu gato "netuno?netuno?" Não  o achava, ele provavelmente foi dar uma  volta.

O gato de três  patasOnde histórias criam vida. Descubra agora