Capítulo 20

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No fim das contas, eu tive que fazer muitas diferentes escolhas de tatuagem, porque eu realmente gostaria de cobrir todas as cicatrizes, isso significa que uma boa parte dos meus dois braços ficariam tatuados. Isso é meio assustador, Fynn disse que provavelmente ficaríamos um mês ou olhe lá até terminar totalmente as tatuagens.
No dia seguinte, Fynn me levou no carro do seu pai até o lugar onde ele disse que sempre fez as suas tatuagens. Isso me deixava menos assustado porque já que era um lugar "conhecido" então eu sabia que o trabalho deles séria muito bem feito, ainda mais que as tatuagens de Fynn são extremamente lindas e dão um toque mais sexy e bonito nele.
Quando chegamos, todo mundo parecia conhecer Fynn e Fynn parecia conhecer todo mundo.

— Morgan Thompson.

Fynn se levantou do sofá que estávamos sentando a pouco tempo e me puxou com ele.

— Vamos lá, você vai ser tatuado pela melhor tatuadora que eu conheço.

Entramos em uma sala e lá eu vi uma garota que não parecia muito velha mas também não tão nova quanto eu e Fynn. Arrisco dizer que ela está na casa dos 20 prós 30.

— Olá, Fynn — disse ela, sorrindo. — Que bom te ver aqui outra vez.

— Olá, Rylie.

— Bem, hoje não vai ser você que vai se tatuar, certo? — a tal da Rylie me olhou. — Esse é o seu namorado, não é?

— Isso mesmo — como ela sabe que eu sou namorado do Fynn? — Bem, ele quer meio que cobrir os dois braços por motivos óbvios.

— Motivos óbvios? — meio sem jeito, tirei meu moletom e meus braços ficaram expostos. — Entendi.

— Então, ele não teve muitas ideias — pensei em colocar meu moletom de volta mas Fynn me impediu. — Como você é a melhor que eu conheço eu pensei que você poderia fazer o que quiser nele.

— Tudo bem, venha aqui, garoto — ela deu tapinhas aonde eu deveria me sentar e eu me sentei. — É a sua primeira tatuagem, não é?

— S-sim.

— Bem, não vou mentir, pode doer um pouco, mas não entre em desespero, ok? Se doer muito apenas me diga — eu estava me sentindo em um médico. — Agora eu já sei o que fazer com você, esse rostinho delicado, sei muito bem o que vai combinar contigo.

Então, ela começou a montar rapidamente todo o "equipamento" e enquanto isso eu ficava cada vez mais nervoso.

— Ei, meu amor — Fynn passou as mãos nos meus ombros. — Não se preocupe, vai doer no começo mas depois você se acostuma.

Respirei fundo.

— Pronto? — Rylie voltou. — Vou começar.

Ergui um dos meus braços para ela e então começou.

Fynn mandou ela parar e então ela parou.

— Amanhã vamos continuar — disse Rylie, sorrindo e mostrando as pequenas flores que ela já tinha desenhando. — Até que você aguentou muito bem, geralmente as pessoas fazem o maior escândalo na primeira vez.

— Meu garoto é forte — Fynn falou, deixando um beijo na minha bochecha. — Então até amanhã, Rylie.

— Até, garotos.

Saímos e eu não conseguia parar de olhar para a pequena tatuagem que tinha começado a se formar, nem dava para ver direito as cicatrizes que já estavam escondidas.

— Eu adorei! — exclamei, assim que entramos no carro. — Não vejo a hora de terminar tudo.

— Você vai ficar lindo — ele disse, dando partida no carro. — Quer dizer, você já é lindo.

Comecei a rir e então o beijei na bochecha antes que ele pudesse sair do estacionamento.
No dia seguinte, estávamos de volta, e assim por diante. Acho que passei metade das minhas férias de inverno indo para lá com Fynn, mas antes do natal as tatuagens já estavam finalmente prontas. Agora toda vez que eu olhar para os meus pulsos eu não vou precisar lembrar das vezes que peguei uma lâmina, e sim das vezes que Fynn me levou para fazer tatuagem, o que são memórias extremamente boas. Inclusive, a minha psicóloga achou uma ótima ideia esse lance da tatuagem. 

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