Dia de jogo- Wolfstar

The one with the Quidditch Victory

Ele simplesmente amava quadribol. A sensação de liberdade que se tinha voando em cima de uma vassoura depois de anos escutando sua mãe o proibindo de tal ato, o espírito esportivo que o dominava sempre que trabalhava em equipe com os jogadores da casa dos leões, o orgulho que sentia toda vez que via o irmão capturando o pomo de ouro e os levando a vitória, eram motivos o suficiente para amar o esporte que praticava regularmente. Porém, tinha algo que superava todas as coisas boas que aquela modalidade esportiva trazia, quando após uma vitória todos os jogadores desciam para terra firme e eram recebidos com comemorações e parabenizações, e ver ele vindo em sua direção e pulando em seus braços muito feliz com a vitória dos amigos para perceber o que a sua aproximação causava em Sirius era um dos maiores motivos para o garoto dizer que aquele com toda certeza era seu esporte favorito.

Ele não era o maior fã de quadribol do mundo. Quer dizer, seu pai gostava do esporte e cresceu ouvindo o mais velho falar sobre, porém nunca prestou muita atenção no que era lhe falado, a única certeza que tinha era de que aquilo com toda certeza era muito perigoso. Sua vida, mais que o normal para uma vida bruxa, era repleta de ironias, primeiro seu pai era um caçador de lobisomens conhecido e aos 5 anos foi mordido e obrigado a carregar essa maldição, sua carta de Hogwarts sendo entregue pelo diretor em pessoa foi a segunda ironia de sua existência, se tornar melhor amigo dos herdeiros de duas famílias puro sangue mais ricas do mundo bruxo é algo que nem em seus devaneios mais longínquos poderia imaginar. A notícia de que James e Sirius fizeram o teste para a equipe do colégio foi recebida com apreensão por Remus, tendia a se preocupar demais com os amigos e não queria ter que visitar eles na enfermaria depois de cada jogo. Apesar de apreensivo, Lupin nada fez, não poderia obrigar seus amigos a não fazerem nada por conta de sua preocupação excessiva, só poderia desejar um bom jogo e abraça-los após cada vitória ou derrota.

O jogo contra a sonserina era muito esperado por todos os alunos da escola. A final do campeonato de quadribol daquele ano, além de ser o último da maioria dos jogadores das casas, inclusive Potter e Black, e todos esperavam levar a taça para suas casas, seja ela a dos leões ou a das serpentes. Lupin observava os rosto nervosos de seus amigos no café da manhã naquele dia, para qualquer pessoa que não conhecesse os dois julgaria que eles estavam calmos e concentrados, porém Remus conhecia aqueles dois cabeças ocas tempo demais para não perceber a forma com que James estava falando mais que o normal do outro lado da mesa com Lily e Peter, olhando para seu lado esquerdo o lobisomem observou o amigo de cabelos longos, vestido com o suéter vermelho que pegara emprestado de Remus no quinto ano alegando que era seu amuleto da sorte, calado demais e brincando com o pedaço de torrada que colocara em seu prato obrigado por Remus, o mais alto sabia como o outro nunca comia quando estava ansioso, e era perigoso jogar um jogo importante daqueles com nada no estomâgo.

Após o café da manhã todos se direcionaram para o campo de Quadribol, as arquibancadas começavam a encher, porém, como sempre Lily e Remus fizeram questão de levar os jogadores até a porta do vestiário enquanto Wormtail guardava seus lugares na torcida vermelha e dourada. A ruiva de despediu do namorado com um beijo de boa sorte enquanto Remus e Sirius se abraçavam.

— Eu não mereço um beijo de boa sorte? — Era sempre assim, quando percebia que Remus estava muito próximo de si, o Black fazia alguma piada para o afastar ou brincava sobre um possível relacionamento entre os dois, e mesmo que lá, no fundo ambos soubessem do seu desejo de que aquelas brincadeiras se tornassem reais, Lupin se afastava, chamando o outro de idiota, apesar de um sorriso estar estampado em sua face. Porém, nada poderia preparar o mais velho para o que o amigo faria a seguir, quando sentiu os lábios macios do outro se demorarem sua bochecha, teve que se controlar para que seu rosto sempre tão pálido não tomasse uma coloração rubra ao senti sua face se esquentar e um sorriso involuntário crescesse em seus lábios.