A patricinha e a aluna nova (BIANY) {Terminada}

#08

Espero que gostem e por favor comentem qualquer coisa, se não eu migro pro Spirit, lá o povo interage... (Gente lê esse capitulo escutando "Geminiana" da Natália)
Aqui está uma playlist para você… A Patricinha e a Aluna nova:
https://open.spotify.com/playlist/28fm3uBv3vOuK7H4peqCEX?si=TMling7aR6KtzDO2QHo1_Q
(Gente eu não sei se 6 consegue abrir o link)

Ficamos assistindo filme, juro que não chorei... talvez eu tenha chorado um pouquinho...

Olho pra o lado e vejo a Mary soluçando de tanto chorar.

- Ele vai embora... pq ele vai embora? - Ela pergunta me olhando.

Rio e a abraço de lado.

- Meu nenê chorão - Falo com uma voz fofa.

- Eu não sou chorona! - Ela fala e funga.

- É sim, um nenê muito chorão - Falo para provoca-la.

- Nada aver, só que eu tenho sentimentos! - Ela exclama e se afasta.

- Vc está insinuando que eu sou sem sentimentos Mariany Petrin? - Falo "ofendida".

- Estou - Ela entra na brincadeira.

- Ah é? - Me afasto dela - Então vc vai ver!

Pego um travesseiro e bato nela com ele.

- Idiota - Ela fala e pega outro travesseiro tacando em mim.

E assim começou uma guerra de travesseiro.

Mariany tropeça na cadeira e acaba perdendo o equilíbrio, largo o travesseiro e me apreço pra não deixá-la cair. Seguro ela e acabamos caindo na cama, nós duas rimos da situação, paro de rir quando percebo que Mariany não está mais rindo, percebo que ela olha para minha boca. Estamos perto, talvez perto demais...

Ao ver ela se aproximando, fecho meus olhos e sinto seu perfume cada vez mais forte... Nossos lábios se tocam e por mais que isso não seja certo, parece tão certo.

Nossos lábios se encaixam perfeitamente, como se fosse feitos um para o outro. Em pouco tempo nossas línguas começam a dançar, minhas mãos sobem até sua nuca a segurando, sinto seu corpo sobre o meu e o beijo que antes era calmo, começou a ficar mais agitado.

Mas derrepente o beijo é interrompido do nada pela Mary. Ela se levanta de cima de mim e começa a andar pelo quarto de um lado para o outro.

- Merda! Merda! Merda!...

- O que foi? - Pergunto perdida.

- Eu não devia te beijar, eu namoro! - Ela fala.

Olho para ela e derrepente ela para na parade e escorrega até o chão e abaixa a cabeça entre as pernas.

- O que foi? - Pergunto preocupada.

Me levanto de pressa e vou para perto dela, me sento do seu lado no chão.

- Eu tô me sentindo uma merda - Ela fala entre soluços.

- Pq? - Pergunto perdida.

- Eu namoro e essa é a segunda vez que eu o traiu... Pq eu estou namorando? - Ela pergunta mais para si mesma do que para mim - Pq ele é legal comigo? Por isso eu aceite?

Não falo nada, só abraço ela e sinto suas lagrimas molharem minha blusa. Ficamos quietas por poucos minutos, mas logo Mary voltou a falar.

- Eu virei o que mais odeio em um relacionamento, a pessoa que traí...

Me afasto e a olho nos olhos.

- Mary, eu tô disposta a fazer muita merda pra ficar com vc, mas se vc quer ficar só com ele, eu posso me afastar se assim quiser - Falo e sinto lágrimas percorrerem meu rosto.

Eu não sei o que aconteceu, mas foi impulso do momento.

- Eu preciso pensar... - Ela fala logo em seguida.

Assinto e a abraço, foda-se se nós nos beijamos, se ela namora, antes de tudo ela é minha amiga.

Ficamos até umas 2 da manhã ali sentadas, eu tentava acalma-la, mas não conseguia, sua crise de ansiedade não passava.

[...]

O dia seguinte chegou, acordei sentindo alguém me abraçando, abri meus olhos e vi a Mary. Me lembro de tudo o que aconteceu, de como doeu ver ela tão frágil.

Me solto com cuidado dela, olho a hora no meu celular e vejo que são 6:30, me levanto e vou até o banheiro, tomo banho e vou até o guarda roupa da Mary procurar uma roupa.

- O que vc ta fazendo? - Escuto sua voz sonolenta e fraca.

- Me arrumado pra ir pro colégio, mas vc vai voltar a dormir, melhor não ir hoje - Falo.

Visto uma blusa dela e vou beijar sua testa.

- Bih?

- Oi?

- Hoje não é domingo?

Verdade! Esqueci que hoje é domingo.

- Mano! Verdade - Falo e rio de mim mesma.

- Vem deitar - Ela fala batendo com a mão no lado vazio da cama.

Assinto e vou para o banheiro, tiro toda a maquiagem que já tinha passado pra esconder as olheiras e volto pro quarto, me deito do lado dela.

- Obrigado - Ela fala baixinho.

- Pelo que? - Pergunto desentendida.

- Por tar aqui comigo, por não sair por aquela porta e falar pra minha mãe "A Mariany não ta bem" e simplesmente ir embora.

- Eu te falei ontem, eu tô disposta a fazer muita merda pra ficar com vc, nem que seja só como amiga - Falo e ela sorri fechando os olhos.

Se eu sei que isso pode me machucar? Eu sei, mas estou disposta a esquecer meu passado e tentar outra vez. Acredito que nada pode te fazer 100% feliz ou 100% triste, ninguém pode dizer que é feliz ou que é triste, a vida é feita de momentos e eu estou disposta a tentar ter momentos felizes com ela, mesmo que tbm possa ter momentos tristes.

Gente, eu não sei exatamente como é um momento de ansiedade, então me desculpe se isso não foi muito real.