IX ─ Proposta.

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"Eu sei que você gosta
Quando eu admito que estava
errada e você estava certo"

(Paramore, 2017.)

MASON FLOYDPlebeu no Reino de Saphir

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MASON FLOYD
Plebeu no Reino de Saphir

Já é quase noite. As vendas estão fechando e as mães chamam suas crianças para jantarem. E eu estou caminhando de volta para casa.

A poucos metros da minha casa, eu paro e me encosto atrás de uma árvore próxima, porque há uma pessoa na minha porta. Uma mulher muito bem vestida. Ela traja um vestido em verde bem suave, mas com algumas pedras bordadas na barra que brilham a quilômetros de distância, e uma capa junto de um capuz do mesmo tom de verde do vestido.

Ela parece estar esperando por alguém. Ela bate na porta. Após alguns segundos, tenta espiar pela janela e depois de esperar mais um tempo acaba desistindo e sai pela direção oposta.

Certifico-me de que ela já está longe o suficiente e continuo meu caminho para casa. Entro em casa e coloco em cima da mesa tudo o que eu carregava nas mãos. E então sou agarrado bruscamente pelas costas e tenho minha boca tampada por uma mão pequena e tão fria.

— Sem escândalo, Mason.

Caroline.

Relaxei meus músculos, apesar de meu sangue ter fervido de raiva.

E afinal, como ela descobriu meu nome e meu endereço?

Lentamente ela me soltou e pude finalmente olhar em seus olhos. A mulher trajada de verde.

— Como você me encontrou? — Perguntei, irritado.

— Você não é tão invisível quanto pensa.

— O que você quer aqui? Veio me prender? — Ela ri e olha em volta. — Deve haver algum motivo muito importante para trazê-la a esta parte do reino. Não acredito que sujaria seus sapatinhos por nada.

Não recebo nenhuma resposta imediatamente. Caroline passeia pela minha cozinha, olhando cada canto, cada detalhe, provavelmente imaginando como alguém consegue não ter mil empregados como ela.

— Eu encontrei documentos e recibos dentro de pastas — ela faz uma pausa e ainda não sei onde ela quer chegar. Então Caroline respira fundo e prossegue: — Provas de tudo que você me disse. O trabalho escravo, os impostos.

— Bem, eu te avisei.

— Eu fui até as minas, porque não queria acreditar no que meus olhos estavam vendo. Eu me sinto péssima.

— Eu sinto muito que sua mãe seja uma pessoa horrível, mas onde a sua visita se conecta com isso? — Ingado, farto deste suspense.

Caroline se aproxima e olha nos meus olhos. Me observa atentamente com seus olhos azuis esverdeados. Como podia ser real a cor deles?

— Eu quero trabalhar com você — ela finalmente esclareceu.

Assim que processei aquelas palavras eu gargalhei, histericamente e alto. Estou realmente acordado? Isto está realmente acontecendo? Eu já não tinha mais certeza. Mas Caroline permaneceu imóvel, ainda me olhando.

— Você só pode estar louca! — Eu continuava rindo. — Acho que tudo isto mexeu com a sua cabeça.

— Eu estou falando sério.

Eu me acalmei e percebi que ela realmente estava falando sério.

— Não.

— Acho que deveria repensar sua decisão.

— Por qual motivo? — Sento-me na cadeira com o antebraço apoiado na mesa.

— Com a minha ajuda, será muito mais fácil entrar no castelo.

— Como se eu já não tivesse conseguido isso uma vez e sem a sua ajuda. Esqueceu-se?

— Não. E também não esqueci que você foi descuidado o bastante para quase jogar todos os planos rio abaixo.

— Foi um pequeno erro que não vai se repetir.

— Não vai se repetir, porque ou você me deixa participar deste esquema ou eu estarei de volta ao castelo em menos de uma hora contando para a rainha todas as suas aventuras criminosas. E antes que você possa respirar haverá centenas de cavaleiros fechando todas as saídas do reino até você acabar encurralado e capturado — falou, autoritária.

— Olha só... — A olhei de cima a baixo. — Mostrou as asinhas mais rápido do que eu esperava — sorri de canto. — Você é igualzinha a sua mãe.

Tive a ligeira impressão de que seus olhos escureceram com meu comentário.

— Pense o que quiser, mas essa é a minha proposta. Aceite-a ou lide com as consequências — cruzou os braços.

— E por quê eu deveria confiar em você? — Pergunto, em busca de um sequer motivo para considerar esta loucura.

— Porque você não tem escolha.

— Você é repugnante, Caroline. Provavelmente pior que sua mãe — falo, balançando a cabeça em negação. Fico em silêncio por longos instantes, encarando o chão, pensando no que eu estava prestes a fazer. Logo depois eu levanto meu olhar e posso vê-la me encarando. — Então tá — um sorriso convencido cruzou os lábios de Caroline e eu quase gostei disso —, você vai trabalhar comigo, mas aqui você seguirá as minhas regras — ela assentiu. — E não pense que vou ser gentil com você por carregar uma coroa sobre a cabeça.

— Como se eu precisasse da sua gentileza.

— Espero que saiba muito bem no que está se metendo e em tudo que isso implica.

— Eu tenho plena consciência.

— Então amanhã nos encontramos novamente para acertar os detalhes e começar o seu treino.

— Treino? É sério?

— Se quer fazer isso, vai fazer de acordo com as minhas regras — ela revira os olhos.

— Tudo bem, então. Nos vemos amanhã, Floyd — ela me dá as costas e deixa a minha casa.

Floyd...

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- eita

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⏰ Última atualização: Jun 10, 2023 ⏰

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