Capítulo 3 - Ciúmes

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Harry estava atrasado, terrivelmente atrasado.

A única coisa positiva em que conseguiu pensar foi no fato de já ter ido ao restaurante antes. Estava em sua memória e, portanto, era um lugar para o qual ele poderia aparatar.

Ele aparatou no momento em que conseguiu se concentrar, o que provou ser difícil, pois ele estáva bem instável fisicamente e mentalmente. Aparatar exigia determinação e intenção, e embora Harry não quisesse deixar Tom esperando por mais tempo, ele estava dividido entre sair para o restaurante ou perseguir um Voldemort ferido, que precisava de atenção médica. Na pior das hipóteses, Harry pensava que Tom poderia estar bêbado, mas Harry tinha visto o sangue de Voldemort brilhar ao luar e ficou pensando nas feridas do homem.

Uma vez que ele estava no restaurante, um garçom informou a Harry que Tom havia acabado de sair, pouco antes de Harry chegar.

Harry aparatou na mansão e encontrou-se esperando que Tom não tivesse ido diretamente para casa, porque então Harry poderia adiar o confronto. Harry sabia que tinha muito pelo que se desculpar, mas ele não devia apenas desculpas a Tom. Ele devia a Voldemort, que atualmente estava ferido por causa dele. Era horrível que Harry não tivesse aparecido para seu jantar com Tom, mas não era algo que Tom morreria, enquanto Voldemort tinha se ferido por um feitiço destinado para Harry. O tempo era essencial e, no mínimo, Harry pensou que daria a Voldemort a poção Ditamno que ficava no estoque da mansão. Ele poderia se desculpar com Tom pela manhã.

A esperança de Harry foi destruída, pois quando ele chegou dentro da mansão, a primeira coisa que viu foi Tom, que estava ao pé da escada, encostado no corrimão, mas ainda não subia.

-"Tom?"- Harry disse cautelosamente ao se aproximar de seu esposo. Na penumbra, ele não conseguia ver Tom bem.

Mas mesmo a vários metros de distância, Harry podia sentir o cheiro de álcool em Tom, que cheirava bem forte. De acordo com o garçom, Tom havia saído do restaurante pouco antes de Harry aparecer. Para Tom já estar aqui significava que ele provavelmente aparatou.

-"Tom, por favor, me diga que você não bebeu e aparatou."- Harry disse, se aproximando.

Tom se virou lentamente, escondendo as costas de Harry.

-"Como eu deveria voltar para casa?"- Disse Tom, segurando o corrimão com força. -"Esperando você aparecer e me trazer quando eu não sabia se você iria aparecer?"-

Harry mordeu o lábio em frustração. Tom basicamente admitiu que fez algo que era contra a lei e mais perturbador para Harry - era algo perigoso, mas ele estava tentando fazê-lo se sentir culpado ... e estava funcionando. Mas isso não significava que Tom não tivesse outras opções. 

-"Você poderia ter pedido a outra pessoa para aparatar você."- Disse Harry.

-"Eu não vou permitir que uma pessoa qualquer venha na minha casa."- Tom fez uma careta e se inclinou ainda mais contra a árvore, como se dependesse dela para ficar de pé. -“E se eles tivessem me levado para um lugar estranho e -”-

-"Então você deveria ter perguntado a um Auror uniformizado."- Disse Harry. Ele achava que um Tom bêbado era muito mais falante e atrevido do que um Tom sóbrio. Esse pensamento tinha mais ferocidade depois da quantidade de palavras que trocaram em uma conversa.

-“Um Auror? O que me lembrou do meu marido, que me deixou esperando por horas? Sim, claro que eu poderia ter pedido a ajuda de um Auror."- Tom disse sarcasticamente.

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