Anos após derrotar o Pai e salvar Amestris, Edward Elric julgava remota a possibilidade de sofrer uma nova tragédia, quando vê-se diante de um trauma já conhecido, porém muito mais intenso.
O que será dele ao enfrentar, mais uma vez, a crueldade do...
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Os corpos dançavam em um ritmo quente naquela noite. O vento refrescante que vinha da janela do quarto não era suficiente para impedir que o suor brotasse na pele de ambos. Edward era quem estava sendo mais cobrado pelo esforço físico, afinal graças a ele a garota embaixo de si arranhava suas costas, na tentativa de extravasar a adrenalina do terceiro orgasmo consecutivo. Sentia uma leve ardência enquanto ela o marcava, mas não era de todo ruim. Poderia considerar como uma recompensa pelo trabalho bem feito, juntamente com os gemidos sôfregos que escutava da boca dela. Vê-la nesse estado de frenesi era extremamente excitante, tanto que não demorou muito para acompanhá-la, deixando um vestígio de si ao se derramar nela. Por fim, encerrou o contato físico, deitando-se no espaço vazio ao lado na cama, depois de deixar um beijo na testa da garota.
Ficaram em completo silêncio por alguns minutos. Edward estava morto, acabado, e Winry não estava muito diferente, até porque não era de seu feitio ser completamente passiva e, além disso, múltiplos ápices costumavam deixá-la "anestesiada". Estava em um ponto onde mal sentia as próprias pernas. No entanto, ficou preocupada com a falta de reação contínua do marido.
— Ed, você dormiu? — perguntou, enquanto tateava ao redor em busca da mão masculina.
— Não — disse. — Mas estou quase... — completou, entrelaçando os dedos nos dela.
Era compreensível, pois estavam na atividade há algumas horas, sem pausas. Sentiu-se mal ao vê-lo desse jeito, até porque fora ela que sugeriu o sexo. Edward não era insuficiente no quesito resistência. Mesmo depois de vários anos, nunca abandonou atividades físicas. Sempre que podia, fazia algum tipo de exercício, mas tudo tem limites e o dele havia chegado.
— Desculpa fazer você se esforçar demais. Não deveria ter te pedido para continuar.
— 'Ei, não precisa se desculpar por isso. Vem aqui. — Abriu o braço, dando espaço para que ela viesse recostar em seu peito, usando-o como uma espécie de travesseiro. Na mesma hora, Winry chegou mais perto em busca de conforto. — 'Tá que você às vezes é meio insaciável, mas eu até que gosto disso — brincou, afagando os cabelos dela, e recebendo um "idiota" como resposta.
— Mas você está bem mesmo, né? — perguntou, por garantia.
— Sim Win, só estou muito cansado — respondeu. — Sinto lhe informar que se você queria me matar de fadiga, não deu certo. Não vai se livrar de mim tão cedo. — Tentou mais uma gracinha para ver se a tirava do estado de seriedade.
— Edward, acha que nós vamos conseguir? — questionou, quase em um sussurro, a pergunta que mais rondava sua cabeça ultimamente.
— Ah, então é isso que 'tá te incomodando — deduziu. Sabia que tinha algo errado com a esposa. Ela andava muito cabisbaixa ultimamente, desde que fora na sua última consulta médica. — Nós estamos tentando, não estamos? E você está seguindo todas as recomendações...
— Eu quero tanto um bebê — interrompeu-o, repetindo mais uma vez o seu desejo frustrado. Por muito tempo, rejeitou a ambição antiga por causa da descoberta de alguns problemas hormonais que prejudicam a fertilidade. No entanto, depois de orientada e ter iniciado alguns tratamentos, a esperança de realizar o seu sonho voltou à tona, porém, nem sempre a paciência e a determinação caminhavam lado a lado no interior dela, fazendo com que tivesse súbitas dúvidas e até momentos de autodepreciação.
— Eu sei Win, e acredite, você vai ter. — Abraçou-a, um pouco mais forte — Nós vamos ter. É só manter a calma. Quando tiver de ser, ele virá — Sentiu que os olhos marejados de Winry derramaram algumas lágrimas fujonas. Detestava vê-la chorar, ainda mais por coisas das quais ela não tinha controle, e muito menos ele. Beijou-a de novo, só que dessa vez no topo da cabeça, enquanto acariciava-lhe a barriga.
— Por sinal, posso continuar tentando quantas vezes você quiser. Eu faço esse sacrifício — disse, presunçoso, conseguindo finalmente melhorar o humor de Winry.
— Você é mesmo um idiota, ridículo, metido, insuportável — falou ela, sentando-se de supetão para bater de leve no peito dele.
— Ok, ok, ok, sou um idiota, ridículo, metido, insuportável, e o que mais você quiser me chamar, pronto para um round quatro — falou, puxando-a pelos quadris, obrigando-a a montar no seu colo. Winry tomou um susto, mas o correspondeu, iniciando mais uma etapa com um beijo afoito, ao mesmo tempo que usava do corpo para o atiçar ainda mais.
