Taekook
"Ele me deixava sem ar. Com seus olhos que me consumiam por completo, queimando tudo por dentro, como malditos buracos negros, inexplicáveis de um jeito que eu tinha certeza de nunca ter visto antes, nem nunca veria em outra pessoa, brilhant...
Notas Iniciais: Olá amadxs voltei rapidinho hajajajajk Espero que gostem e vejo vocês lá embaixo 💜
Música do capítulo: Out Of The Black: Royal Blood
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"It broke your skin and shook through Every part of me, every part of you"
Som alto de chuva batendo contra o vidro da janela era o único barulho ecoando nas paredes do quarto. Paredes essas de um tom de bege, chato e tão impessoal quanto era de se esperar.
Traguei meu cigarro, deixando que a fumaça preenchesse meus pulmões até o ponto onde eu não conseguia mais aguentar, só então a soltando para aliviar a queimação que se espalhava pela minha garganta, a assistindo subir até o teto, pintado apenas de branco, sem variação, só branco imaculado.
O teto no meu quarto em Hong Kong era pintado de vermelho, da exata coloração que deveria ser o sangue. Eu gostava daquela cor.
Rolei pelos cobertores e dei o suspiro mais dramático que consegui. Estava um frio do caralho, mas mesmo assim eu não usava nada mais do que uma boxer e meias. Eu me sentia agitado, quase nem sentindo a baixa temperatura. Como se cada parte do meu cérebro quisesse se concentrar em várias coisas ao mesmo tempo, mas em nenhuma também. Eu queria algo que me distraísse, só me manter ocupado poderia expulsar aquela sensação esquisita.
Era literalmente uma merda.
Joguei a bituca de cigarro dentro de uma lata de refrigerante vazia sobre o criado mudo, olhando meus livros organizados na estante do outro lado do quarto. Não senti vontade de abrir qualquer um deles.
Minha coleção completa de hqs do Iron Man haviam ficado na China. E eu até poderia pedir para Sunhie me enviar tudo pelo correio... Mas vamos dizer que falar com a minha estimada mamãe não estava nos meus planos tão cedo.
Aquela eletricidade continuava percorrendo meu corpo me deixando levemente agoniado.
Eu queria poder a drenar... Como eu fazia antes de tudo acontecer...
Quase inconscientemente meus dedos tocaram a pele da minha coxa direita, arrepiada pelo frio no quarto. Senti as cicatrizes em alto relevo, uma, duas, três... Vinte e contando, subindo e descendo em padrões desnivelados...
Sentei na cama como se um raio houvesse me acertado, passando as mãos pelo meu rosto e lançando um único olhar de esguelha para as marcas que também enfeitavam a minha perna esquerda.
— Jungkook?! — Ouvi meu nome sendo gritado por Eunwoo.
Encarei a porta, esperando que ele fosse até ali bater, mas nada indicava sequer que ele estava naquele mesmo andar. Eunwoo não voltou a me chamar, então cogitei em simplesmente ignorar e me fingir de morto...