Flame Attack

Capítulo 1- Uma falsa paz

Hannes:
  -hahahahahahahah! Ganhei de novo!- Meu colega gargalha enquanto se gaba de ter ganhado um simples jogo de carta.
  -Olha só pra ele!- digo- Hum! Pra sua informação, nós deixamos você ganhar ok estrupicio??
  -Ata! Tô sabendo! Para de falar e toma logo essas cerveja!
  -Sr.HANNES! VOCÊ NÃO PODE BEBER NO TRABALHO!
  Olho para tras e vejo Eren vindo na minha direção.
  -O que? Isso não importa! É um tédio ficar aqui sem beber!
  -Mas e se os Chamas atacarem? Vocês vão lutar bêbados?
  -Cala a boca Eren! Nós estamos em paz no momento, nosso Rei finalmente conseguiu negociar com eles e você vem falar que vamos morrer?
  -Se o senhor e vossa companhia continuarem ingerindo bebidas que contém um certo nível de teor alcoólico, temo que sim!- Pirralho filho da p*ta! Da pra ver o deboche em seus olhos!
  -Eeeeeeereeeeeeennnnn!- começo a andar na sua direção- não fale asSI-
  Os homens que bebiam comigo riem da minha queda, enquanto Eren faz uma cara de decepção. Me levanto para continuar a conversa mas vejo que Eren e Mikasa já estão do outro lado da muralha.
  -A...f*da-se também! Quem se importa com esse menininho chato!-murmuro.
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Eren
  -Seu desgraçado- levo um soco na cara, caio no chão e vejo os três garotos que implicaram com o Armin mais furiosos do que nunca.
  -Eren! Você tá bem?- Armin me ajuda a levantar desesperado.
  -Eu tô bem!
  - Você nunca cansa de apanhar né? Seu bostinha!- um dos garotos avança na minha direção, mas eu o jogo no chão antes que ele me atinga.
  Os outros dois me puxam pra trás e ameaçam me bater, mas param quando ouvem a voz dela:
  -O que os senhores "donos do bairro" estão fazendo? Querem que eu quebre vossos narizes mais uma vez?- Mikasa diz em um tom ameaçador
  -Droga! Vamos sair daqui!
  -Vem logo cara!- Diz um deles puxando o garoto que eu joguei no chão.
  Merda! Quando a Mikasa chega eles correm que nem uns cachorrinhos assustados.
  -Vocês estão bem? O que aconteceu?
  -Eles estavam roubando a comida do Armin de novo...mas você não precisava aparecer! Eu dava conta daqueles três!- Digo irritado.
  -Até parece! Eles estavam prestes a espancar você! Não fiq-
  - Gente gente, calma- Armin interrompe Mikasa claramente se sentindo culpado- já está tudo bem né? É culpa minha, eu deveria conseguir cuidar de mim mesmo. Vamos, eu vou pra casa com vocês e os ajudo nos curativos!
  -Tudo bem- Concordamos.
  Como pode uma coisa dessas? Ele é uma criança tão inteligente, como não consegue ver o próprio potencial? O forte dele não é a força física, só isso.
  Já a Mikasa, temida por todas as crianças da região e mais um pouco, não precisa levantar um dedo pra por todo mundo pra correr. Sinceramente eu não sei como nem quando ela ficou assim. No dia em que a conheci, ela parecia apenas mais uma garota frágil. E hoje, é essa brutamonte que fica me vigiando e protegendo como se eu fosse feito de porcelana!
  -Eu não sou feito de porcelana!-murmuro
  -o que?-Armin olha para mim confuso.
  -Nada!
  Quando percebi já estávamos em casa. Armin disse que ajudaria nos curativos mas ele é o mais ferido. Ao entrar em casa, é claro que minha mãe surtou ao nos ver machucados:
  -Ainda bem que seu pai é médico! Se não fosse não teria como te manter vivo! Olha, sinceramente Eren, você sabe que não pode ganhar, então porque luta? É só pegar na mão do Armin e fugir!
  -Nunca vou fugir! Eu vou vingar e proteger meus amigos!
  -Mas você ✨ não tem força pra proteger seus amigos ✨- Diz meu pai bravo.
  -Se bem que...de um certo modo- Começa minha mãe- dá um certo orgulho de ver o cavalheirismo do nosso filho...
  -Se esse filho quase se mata toda vez que tenta ajudar um amigo, então não dá orgulho e sim preocupação com a sua saúde mental!
  -Desculpe... Ele se machuca por minha causa...- Diz Armin de cabeça baixa, mas minha mãe não aceita as desculpas.
  -Não se desculpe, você não fez nada de errado! Agora que os curativos estão prontos é melhor você ir para casa, se não, seu avô vai ficar preocupado.
  Depois disso Armin se despediu e foi pra casa. Mikasa e eu fomos ajudar a mamãe enquanto meu pai saia de casa para ir ver um paciente.
  -Eren, quando eu voltar quero te mostrar algumas coisas no porão.
  -Sério? Tudo bem!
  Todo dia. Todo dia é assim. Pelo menos hoje meu pai vai me mostrar algo diferente! As vezes continuar na mesmice é um pouco entediante, porém jamais diria que é uma vida ruim. Apesar da Mikasa e da minha mãe pegarem no meu pé, é divertido ter a quelas brigas de rua.
  Normalmente começa com os garotos da escola roubando o Armin. Eu vou lá ajudá-lo e acabamos em uma briga. O pessoal do exército que estão no horário de descanso, -e bêbados- costumam acabar brigando também por não concordarem com qualquer coisa aleatória, enquanto isso, as crianças e adolescentes fazem apóstas como docinhos e pão, e os mercadores com dinheiro. Até que chegavam as mulheres, esposas dos homens e mães das crianças, que chamavam algum guarda que não estivesse bêbado para encerrar a briga. No dia seguinte meu pai tinha mais pacientes do que o costume. (STONKS).
  Meus pensamentos são interrompidos pela voz da minha mãe.
  -Eren, ajude Mikasa a arrumar a mesa, seu pai já deve estar voltando então nós já vamos jantar. Eu vou pegar os lençóis estendidos lá fora tudo bem?-ela vai em direção a porta com um cesto na mão.
  -Tudo bem mam-
  -EREN!- Armin abre a porta com força gritando- nós precisamos ir! Precisamos fugir! AGORA!!
  -Como assim Armin?-pergunta minha mãe caída no chão.
  -ELES ESTÃO AQUI!
  Eu e Mikasa corremos para fora de casa com o Armin, enquanto meu pai ajuda minha mãe a se levantar. Vemos a cidade sendo destruída aos poucos. Crianças chorando, adultos correndo, pessoas morrendo, bombas explodindo, casas em chamas, pessoas queimando, soldados lutando e matando.

  Olho para dentro de casa, onde meus pais estão, e....

  A casa já está sendo atingida por uma bomba.

  Não dá mais tempo.

  Não dá tempo de gritar, nem ajudá-los

  Apenas posso ver seus rostos em pânico, perdendo a vida.

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Capítulo 1- Falsa paz.
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