Prólogo

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To com esse plot guardado há muito tempo na minha gaveta/drive e admito que sempre me senti insegura para trabalhar um personagem mudo, já que eu não tenho vivência para falar sobre o assunto (por sinal, aceito dicas e sugestões sobre o tema), mas recentemente andei assistindo alguns vídeos que me fizeram mudar de ideia e colocar em prática essa fic, que eu mal comecei e já amo de coração!

Sem enrolação, casal pouco comum do fandom, pelo menos como protagonista, mas não achei justo colocar eles como secundários sendo que essa fanfic surgiu por causa deles...

Tem um vídeozin para caso alguém queira sentir o clima de uma música na língua de sinais :3

Boa Leitura, espero que gostem! o/


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A praça central estava uma loucura naquele dia ensolarado, os preparativos para o encerramento da Virada Cultural eram quase finalizados pela equipe de funcionários do diretório de cultura de Shingashina e Erwin estava posicionado em seu local, sem se mostrar abalado com o sol forte, mesmo em sua farda de policial.

Era a primeira vez que ia para o interior de Maria, estava acostumado com a ambientação poluída e cheia de prédios de Sina, por isso foi uma surpresa agradável se deparar com o aconchego do lugar.

Era o primeiro evento cultural que o distrito de Shingashina promovia, e aparentemente havia sido um sucesso. Foram três dias ininterruptos com apresentações, dinâmicas, palestras e oficinas de artes, música e literatura, com direito a madrugadões recheados de atividades culturais. Erwin queria ter descoberto antes sobre o evento para poder ter apreciado desde o começo.

Estava ali a trabalho com sua colega, Nanaba, haviam sido chamados para cobrir o último horário do evento por conta deste contar com uma banda famosa de Sina. Podia ter mandado alguns membros de sua estação de polícia, mas queria espairecer um pouco e aquela lhe pareceu uma ótima oportunidade.

Durante a hora que se seguiu, o palco grande montado especialmente para aquele show era cercado cada vez mais por várias pessoas que cantavam as músicas tocadas por algum dj, o anfitrião surgia de vez em quando conversando com todos, dando uma animação a mais e acalmando o nervosismo que a expectativa causava na plateia, sempre havia um tradutor de língua de sinais acompanhando as conversas, dando um destaque diferenciado para o momento, a acessibilidade. Várias falas incluíam a importância da cultura, acessibilidade e educação para o povo, o pessoal aplaudia e gritava interagindo e se divertindo enquanto aguardavam.

Erwin e Nanaba estavam em uma área mais alta da praça, pouco atrás da multidão, mas perto o suficiente para pegar qualquer movimento suspeito. O homem loiro e alto achou um exagero todos aqueles policiais da guarda estacionária espalhados ali, além dele e sua colega, da Tropa de Reconhecimento, aquela região não era das mais agitadas e perigosas, pelo contrário, se encantou com a educação das pessoas e com a organização da área arborizada na volta.

Nanaba soltou uma risadinha passando a mão nos cabelos castanhos claros e curtos.

― Bem diferente da cidade grande, não é mesmo?

Erwin sorriu, enquanto observava o momento em que uma mãe erguia seu bebê que gargalhava no ar.

― Inexplicavelmente diferente.

― Um belo lugar para trazer alguém para um encontro, não acha?

Os olhos azuis do homem se prenderam nos castanhos da mulher que carregava malícia, ele os revirou, mas sem deixar o sorriso morrer.

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