Ouça minha chegada

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Aqui estamos no capítulo 1, sinto muito se o começo vai ser meio lento, mas eu gosto de ambientar bem vocês, principalmente quando os personagens já tem muita informação do passado para mostrar, mas estou tão empolgada nessa história e espero que não esteja fazendo merda hahahahahaha

Só para avisar, a língua de sinais nem sempre vai ser descrita só de vez em quando para dar uma visão melhor do que eles estão falando, mas quando as falas estiverem entre esses símbolos << >> é porque estão falando na língua de sinais...

Boa Leitura!!! o/


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Ser comandante do Esquadrão de Reconhecimento era um trabalho extremamente cansativo para Erwin, principalmente juntando dois fatores que o davam preocupações extras: um relacionamento com um colega e possíveis assassinatos seriais.

No reino de Paradis, existe três forças policiais, a Polícia Militar, a Guarda Estacionária e o Esquadrão de Reconhecimento, sendo este último o maior responsável por investigações.

Erwin era o mais jovem a comandar uma das três forças, tendo apenas 33 anos, ele havia conquistado o posto aos 30 por sua inteligência, determinação e espírito de liderança, ganhando a confiança de todos os seus subordinados, e cumprindo seu papel sempre com sucesso.

Ele já estava pensando em aposentadoria.

Perdido em uma montanha de papeladas, o comandante procurava conexões com os casos de dois assassinatos que haviam ocorrido no último trimestre. Do lado de fora, as conversas dos membros do grupo ecoavam para dentro do cubículo onde ele estava, com a porta aberta. Estavam todos em sintonia, presos no mesmo caso, debatendo onde procurar possíveis pistas e tentando traçar um perfil do assassino.

— Precisamos conversar.

Erwin segurou o ar antes de erguer o rosto dos arquivos que estava lendo em seu escritório.

Levi estava escorado na porta aberta, assim como todos do esquadrão, ele não vestia farda dentro do escritório, usava apenas uma calça negra com camisa branca e botas de combate. A mistura de social com casual sempre realçava a beleza do ômega, assim como complementava a aura nem um pouco indefesa deste, o corte militar estava quase sumindo e Erwin mentalmente perguntou se ele iria deixar os fios negros crescerem ainda mais.

Apesar do ômega ser uma pessoa muito difícil de ler, as marcas de expressões no rosto delineado, assim como o brilho nos olhos prateados, revelavam certo receio vindo deste, e Erwin sabia que deviam conversar sobre o assunto. Apenas estava adiando o inevitável.

O alpha fez sinal para que Levi entrasse e ele o fez, fechando a porta atrás de si e abafando as conversas que ocorriam do lado de fora sobre a investigação.

Levi sentou-se na cadeira em frente à mesa do comandante com a postura altiva e imponente de sempre, cruzou as pernas e semicerrou os olhos de forma analítica para o loiro que se mostrou levemente desconfortável. Quem visse de fora, iria se divertir ao ver um alpha dominante se encolhendo diante do olhar frio de um ômega recessivo, como um cachorrinho levando bronca, mas os dois não estavam em um clima muito agradável para rir às custas disso.

— Como está Nico? — resolvendo ir por um caminho mais seguro, Erwin foi quem quebrou o silêncio primeiro.

Levi pareceu amansar sua postura um pouco com a menção do filho, relaxou mais os ombros e levou a mão até uma caneta sobre a mesa, rodando-a entre os dedos.

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