Capítulo 21

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4 meses depois


Hoje é um dia muito especial, recebemos a noticia e amanhã finalmente levaremos Oliver para casa, estou muito ansioso, Anna também está um pouco agitada, contamos a ela logo que recebemos a data da primeira audiência com o juiz, o processo foi mais simples pois se trata de uma criança específica, mesmo assim demorou mais do que eu gostaria, mas foi tempo o suficiente para Anna se acostumar com a ideia, ela inclusive faz terapia para se adaptar a nova realidade, todos nós fazemos na realidade. Estamos a 3 meses no Brasil, Anna veio conosco e inclusive já conheceu Oliver, no começo ela ficou bastante retraída, não queria sair do meu colo, porém meu garoto é um serzinho iluminado, pois com seu jeitinho carinhoso conseguiu convencer Anna a brincar com ele.

Confesso que nesses 4 meses a relação da Agatha e Anna não tem sido tão fácil assim, Anna é ciumenta, quer sempre estar no meu colo, quer dormir com a gente todas as noites, faz birra pra chamar minha atenção e Agatha não lida muita bem com isso pois também sente ciúmes de mim, eu sinto como se estivesse em uma disputa, Agatha acha que vai me perder pra uma criança — não que ela tenha falado ou feito alguma coisa, mas eu percebi — e Anna não quer dividir o pai, é frustrante, mesmo sabendo que eu também peco em algumas coisas, eu digo sim pra tudo que Anna quer e não consigo ter pulso firme com ela, mesmo sabendo que deveria, não consigo dizer não quando ela pede para dormir com a gente mesmo sabendo que deveria, Agatha tem passado quase que 24 horas por dia junto de Anna, pois eu estou trabalhando daqui do Brasil mesmo em um escritório improvisado no hotel, então Agatha é que da banho, da atenção, leva para passear, mesmo eu dizendo que poderia contratar uma baba, porém ela disse que seria bom para uma se acostumar com a outra, no começo eu fiquei receoso pois tinha toda minha família e babas para cuidarem dela em Nova York, aqui seria só as duas, pelo menos Anna a obedece mais do que a mim, Agatha tem tido crises de ansiedade mais frequentes fora os pesadelos, todas as noites quando chego em casa Anna monopoliza minha atenção e Agatha se tranca no mundinho dela e só sai depois que Anna dorme e coloco ela em seu quarto, eu sempre digo a Anna que ela pode ficar na cama comigo ate dormir e depois eu a colocarei no quarto dela, mas varias a vezes em que ela passa a noite toda acordando e vindo para o nosso quarto, e Agatha não gosta nenhum pouco disso, como agora, minha garota esta frustrada e bufando pois fomos interrompidos, por sorte não tinha tirado a roupa ainda.

— Você sabe que é só ate ela dormir né amor? — pergunto a minha garota emburrada.

— Não deixa de ser frustrante, deixa para lá, eu não espero que você entenda.

— Então me explica para eu poder entender amor, conversa comigo.

— Depois Kalel, quando estivermos sozinhos.

— Não fica brava amor.

— Não estou brava.

Uma meia hora depois sou acordado por Agatha para levar Anna para cama, já passa das 2h da manhã e Agatha ainda está lendo alguma coisa no celular.

Quando o amor curaOnde histórias criam vida. Descubra agora