É cômico o quão terrível alguém tem de ser ao ponto de o odiarmos, porém, isso também vale a nós mesmos.
Podemos não ser terríveis, todavia podemos nos odiar... Sem motivo algum, sem mau feito algum, apenas ódio... Esse ódio gratuito carregado de armaguras e muitas vezes pesados, pesados como chumbo e sempre o carregamos, os apontando para nossas próprias cabeças como um revólver.
Este ódio poderia muito bem estar ligado a vontade de auto extermínio, eu sei muito bem disso pois eu sou a prova viva deste fato. Já perdi as contas de quantas vezes já o fiz, acreditava que essa seria a última, mas como fui tão tolo e infeliz, estupido, um imbecil e segundo terceiros... Egoísta... Sendo sincero, o mais sincero que eu posso ser e o maos sincero que sou, eu não acredito que seja egoísmo, afinal, eu não tenho nada, nada para com o que me importar verdadeiramente e acredito que o contrário também velha de fato, não existe nada que se importe comigo ao ponto de se estender a mão e tentar entender esta merda de confusão que se passa em minha cabeça.
Por fim, tudo que posso dizer é que me odeio, me odeio o máximo que poderia se odiar. Eu deveria estar morto a tempos, mas cá estou eu me lamuriando por mais uma tentativa de suicídio falha. A aqueles que me importo só posso dizer Eu te amo com todo o meu ser. Porém esse amor está acabando por não ser o suficiente para manter minha vontade inexistente de viver, afinal eu me odeio e o fato de eu ainda estar aqui para escrever isso... Apenas me torna mais e mais estupido...
Acredito que enquanto eu viver continuarei a escrever... Ao menos um pouco de alívio posso ter ao fazê-lo, e também posso dizer o quão merda eu acho a vida, o quão merda eu acho estar vivo. São meros desabafos insignificantes, porém espero morrer logo e não ser mais um covarde suicida que fica esperando sua hora.
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