Cap.1-O armário

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Era sempre o mesmo sonho,  ele caia e caia pelo vazio sem fim,mas ele não estava cercado pelo mundo, na verdade não havia nada, não havia nuvens,não havia vento, apenas ele , a sensação vertiginosa de queda e um vazio negro  profundo sem inicio,mas com um fim. Em algum momento ele cai na água e érecebido pela escuridão e o frio do fundo do posso. Em algum momento a sensação da deliciosa e calma escuridão é substituída por uma dor esmagadora e ele não consegue mais respirar, ele se debate,mas sabe que se gritar ninguém vai ouvir.

As sombras esmagavam cada osso, ele sentia cada poro do seu corpo sendo consumido por um vácuo e ao mesmo tempo por chumbo, então o que era um aperto horrível de doloroso se tornou uma tortura.... e o primeiro osso foi quebrado e as vozes começaram. Era um coral horrendo de varias vozes de varias idades gritando por ajuda, ouvir isso doía mais que o seus ossos sendo quebrados e remoldados,na verdade ele nem sentia isso, a única dor que importava era a dor de seu cérebro sendo derretido pelo eco do desespero dessas pessoas.
Ele tentou falar,ele sentiu algo saindo da sua garganta também, mas a única resposta foi que as vozes se tornaram um grito único de uma pessoa só, que causou mais dor que todos ou outros.
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Tom não se desesperou sabia que aquilo foi um sonho,porque o tinha todos os dias e já havia desistido de entende-lo,  então ele simplesmente acordou soltando um suspiro cansado, olhando pela janela ele viu que estava nublado novamente e que as folhas das arvores balançavam por causa dos ventos que viam da praia

Ele havia aprendido a mar a vista, havia passado horas olhando e pintando a paisagem que via,mas assim que as tintas acabaram e ele não conseguiu arrumar outras ele parou de se importar com isso, então ele fechou as cortinas e começou a se prepara...

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Ele havia aprendido a mar a vista, havia passado horas olhando e pintando a paisagem que via,mas assim que as tintas acabaram e ele não conseguiu arrumar outras ele parou de se importar com isso, então ele fechou as cortinas e começou a se preparar para o dia, que consistia simplesmente em tomar café, ficar no quarto até a hora do almoço, comer e ir para o lado de fora,voltar para dentro e esperar o jantar. Não havia nada de interessante em sua vida, as coisas que ele fazia como falar com as cobras, controlar a mente de certas pessoas- que na sua maioria eram crianças de 7 anos que nem ele-, fazer coisas pegarem fogo ou quebrar ossos sem precisar tocar em alguém ou manipular as pessoas começou a se tornar algo mórbido e tedioso.

Já pronto, com sua cama organizada e seu cabelo e suas roupas de segunda mão arrumados da melhor forma possível ele desceu para tomar café, assim que ele entrou na sala o burburinho das conversas cessou imediatamente. Todos desviavam o olhar a medida que ele passava e as crianças mais novas se escondiam atrás dos mais velhos, ele ignorou isso completamente, não havia necessidade de dar-lhes um olhar ameaçador já que cada um ali sabia o que ele pode fazer caso ousem mexer com ele.

Bem, pelo menos os veteranos sabem.

Assim que Riddle pegou sua bandeja de lixo -forma como havia carinhosamente apelidado a comida do lugar- ela foi arrancada de suas mãos e jogada em algum lugar ao canto da sala e um garoto robusto,  no mínimo um palmo mais alto que Tom e com um sorriso de dentes cor amarelo rose apareceu em seu campo de visão, a pessoa a sua frente era asquerosa para dizer o mínimo.

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⏰ Última atualização: Jan 13, 2021 ⏰

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