Capítulo 3

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Os dias se seguiram e o desenvolvimento do trabalho foi da melhor maneira possível. Any e Savannah eram uma dupla impecável, elas tinham uma sincronia e uma entrega que nenhuma outra possuía. Infelizmente, ele foi finalizado e os encontros diários acabaram.

Any sentia falta da presença sempre alegre de sua amiga. Podia chamar assim? Sim, naquela casa, sem que ninguém do colégio soubesse, elas eram amigas. Savannah pôde confiar a brasileira seu maior sonho em ser psicóloga. Contou também dos sonhos do seu pai e de quanto sofre com isso.

Any queria cursar engenharia civil, a brasileira sempre sonhou em desenhar casas e vê-las sendo materializadas.

Quanto aos sonhos românticos, Savannah imaginava construir uma família grande, com no mínimo 3 filhos. Sabia da importância de ter irmãos e era o que mais queria para poder cuidar.

Any queria se incluir nos sonhos de Savannah, mas sabia que não tinha esse direito. Kyle seria o felizardo sem dúvidas, a mais velha não havia contato sobre o término a brasilera. Não mencionava o garoto em suas conversas, ele não tinha mais importância.

Any, sem saber da solterice de sua amiga, não cogitava uma família que não tivesse Savannah. Como seria possível arranjar uma mulher que aceitasse sua condição? Melhor mesmo era se concentrar no quesito profissional.

A vida na escola se seguiu, Any se escondendo dos valentões e correndo no final da aula. A brasileira preferiu não puxar nenhum papo com Savannah, já que tinha medo do seu namorado. Melhor era imaginar que as tardes em sua casa não passaram de um sonho muito bom.

A mais velha observava sempre a brasileira de longe, a forma dela andar olhando para o chão e de se esquivar das pessoas. Sua concentração em sala de aula piorou desde então. Ela estava constantemente de olho na mais nova, escrevendo algo na carteira de Any, mas a brasileira não reparava em nada que não fosse os seus professores.

Cogitou bater na porta de sua casa, mas viu que os pais da mais nova haviam voltado de viagem. O que seria delas se seu mundinho escondido fosse exposto?

Os questionamentos acabaram quando descobriu, da janela do quarto de Joalin, que havia um jeito de subir para o quarto de Any. Seria arriscado quebrar alguma parte de seu corpo, mas valeria a pena para ter sua amiga de volta.

Numa tarde qualquer, colocou seus planos em prática. Vestiu uma roupa confortável, juntamente com um tênis e subiu a janela da brasileira. Tudo correu bem e seu prêmio veio assim que viu Any só de cueca e top, mexendo no computador. Ficou tão hipnotizada com a imagem da garota que não notou que sua amiga olhava suas redes sociais para matar a saudade.

-Elly. - Usou o apelido que lhe dera depois da sua intimidade aumentar. Era só dela e de mais ninguém, só ela poderia usá-lo.

A brasileira virou-se e pensou que seria uma miragem. Como a imagem do computador havia se materializado em sua frente?

-Savy? - Ela também havia lhe dado um apelido.

Correu rápido antes de sua miragem desaparecer e se agarrou ao corpo de Savannah. A mais velha fazia um carinho na nuca da brasileira e dava leves beijinhos em sua bochecha. Fazendo ambas rirem.

Depois de muito matar a saudade, Any percebeu que estava só de cueca e top na frente de sua amiga.

-De...desculpa, Savy. Eu não pensei que viria. - Disse baixando seu olhar e percebendo que sua cueca branca marcava muito bem seu membro. Isso também foi notado pela mais velha que não parava de olhar para o volume grande entre as pernas de sua amiga. - Eu vou me vestir rapidinho. Espere aí, não fuja de mim. - Disse desesperada, não sabia se Savannah sentiu nojo e queria fugir o quanto antes dali.

Ao sair, a brasileira não viu que havia deixado na foto de Savannah na tela do computador. Ela estava sexy com uma jaqueta jeans e um sutiã preto à mostra.

Ela poderia se tocar pensando que Savannah estivesse seduzindo-a e a encarando, mas achava desrespeitoso fazer isso com a garota. Então, passava horas admirando a beleza de sua amiga.

A mais velha notou a foto do computador da brasileira e sorriu boba, sabia o quanto havia ficado lindo o ensaio que fizera e saber que atingiu a mais nova a deixava feliz e com frio na barriga. Queria ser admirada e elogiada por ela.  

-Pronto. - Disse ao sair do banheiro vestindo uma calça larga e uma blusa grande. Melhor mesmo era tentar fazer Savannah esquecer que ela tinha um pinto entre as pernas. - Estou tão feliz em te ver aqui, Savy. - Disse sincera e se aproximou hesitante da mais velha. Será que ela tinha esquecido da sua imagem só de cueca ou ainda sentia nojo?

A verdade é que Savannah não sentia nenhuma repulsa e a imagem da mais nova de cueca e top rodaria sua cabeça durante muito tempo.  

-Eu estava com muitas saudades, Elly. - Savannah se sentia culpada em não ter tomada a iniciativa em se reaproximar de Any, sabia que a garota era envergonhada e nunca teria coragem de falar com ela. - Desculpa se invadi seu quarto sem avisar, eu não tenho seu contato e não queria esperar mais um dia para te ver.

A brasileira aqueceu seu coração com as palavras de Savannah e pelo sorriso lindo que brotou em seu rosto. Ela era perdidamente apaixonada por essa garota e tudo que mais queria era estar ao lado dela.

Passaram a tarde matando a saudade e na hora de se despedir, Savannah tomou a iniciativa e pediu o número do celular de Any. Não queria mais passar nenhum dia sem falar com a mais nova.

Ensina-me o que é o amor | Versão Savany G!POnde histórias criam vida. Descubra agora