O mundo é dos loucos

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Vinícius estava no hospital psiquiátrico falando com sua psicóloga. Ele não estava mais preso em uma cela, estava sentado em frente a psicóloga com algemas na mão por precaução.

-Percebi o quanto está diferente desde que fugiu daqui e acabou voltando por conta própria.
V:- Eu visitei aquele cara que te falei.
-Ele disse pra voltar e se recuperar?
V:- Praticamente. Tô fazendo isso por ele.
-E também deveria ser por você Vinícius.
V:- Eu não preciso ser salvo.
-Todos nós precisamos de certa forma.
V:- Vocês nunca irão me entender. Sabe o que é tentar controlar o demônio que existe dentro de mim? É difícil, se esse demônio não é controlado, coisas horríveis acontecem.
-Eu tive um filho que também era psicopata. Ele era bem parecido com você, essa sua personalidade. Ele fez um massacre em uma cidade, matou várias pessoas e depois se suicidou. Pra ele era tudo diversão.
V:- Eu achei linda a atitude dele. -Olhava o chão pensativo.
-O que tanto pensa?
V:- Em como eu mataria você e deixasse seu corpo aqui no seu escritório. -Fala enquanto sorria a olhando.
-Acho melhor acabarmos por aqui.
V:- Ah, por que? Não está pronta pra morrer? Relaxa, eu sou carinhoso com as minhas vítimas rs.

Dois médicos o tiram de lá injentando um tipo de vacina com calmante.

Tempo Depois...

Luccas vai no hospital psiquiátrico visitar Vinícius. Ele estava em uma cela de vidro e Luccas do outro lado. Vinícius estava sonolento por conta da vacina que tomou.

L:- Você tá péssimo.
V:- Como você esperava que eu estivesse? -Fala em um tom sonolento.
L:- Bem, eu acho. Eu tô preocupado com você.
V:- Eu tô bem. Em breve eu vou sair daqui e duvido muito que vá me esperar.
L:- Por que acha isso?
V:- Eu presumo.
L:- Você devia parar com isso.
V:- Hum, talvez.
L:- O que você tá pensando em Vinícius?
V:- Em muitas coisas.
L:- Mas o que tá pensando agora? -Dá um sorriso irônico.
V:- Tá tentando me provocar? Tá conseguindo.
L:- Eu jamais faria isso. -Fala enquanto desbotoava um pouco da sua camisa.
V:- Você só faz isso por eu estar vulnerável.
L:- As vezes é bom ser o que controla a situação.
V:- Quem disse que estou descontrolado?
L:- Não sou eu que está assim por causa de uma simples camisa rs.

-Já acabou o tempo. -Um enfermeiro entra falando com Luccas.
L:- Até breve Vini. -Ele sai ajeitando sua camisa.
-Tá na hora do almoço, vamos. -Abre a cela puxando o braço do mesmo.
V:- Quanta delicadeza rs.

Vinícius fica sentado no refeitório enquanto comia. Um garoto ruivo vem falar com ele.

-Você é o cara que matou aquele enfermeiro?
V:- Sim criança, o que você quer? -Fala desinteressado.
-Pode me ensinar a ser como você?

Vinícius olha ao redor rindo do comentário do mais novo, então volta sua atenção pra ele.

V:- Só se você nascer de novo.
-Tá com medo que eu seja melhor que você né.
V:- Eu não me importo com sua existência. -Levanta da cadeira.

Vinícius caminhava até o pátio que tinha ali, até o garoto vir por trás dele o prendendo na parede.

-Você não é nada, seu viadinho de merda!
V:- Acho melhor me soltar garoto!
-Ou o que? Vai cortar minha garganta?
V:- Jogo seu corpo no rio!
-Ah, me poupe. Soube que seu irmão se aproveitou de você, isso é realmente nojento. O que um viadinho como você tem de interessante?
V:- Me solta!
-Ah não, vamos nos divertir.

O mais novo joga Vinícius no chão com força, ficando por cima do mesmo enquanto tentava tirar a camisa do mesmo.

-Olha, ele tá se debatendo igual uma garotinha. -Ele dava risada junto com outros que estavam ali.

The Boy Next DoorOnde histórias criam vida. Descubra agora