26. EM FAMÍLIA

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O natal havia passado e o ano novo também, minha vida melhorou a cada dia que passava longe de toda confusão dos peaky blinders

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O natal havia passado e o ano novo também, minha vida melhorou a cada dia que passava longe de toda confusão dos peaky blinders. Depois que Polly voltou para Birmingham era só eu e eu naquela casa tão imensa e espaçosa. Havia decidido fazer daquele dia inesquecível a mim mesma, primeiro levantei de minha cama, tomei um banho relaxante e em seguida coloquei uma roupa confortável e séria, eu visitaria um lugar que sempre tive vontade mas nunca coragem para ir. Assim que terminei de me arrumar, preparei minha bolsa e espirrei um pouco do meu melhor perfume em direção ao meu pescoço, logo coloquei meu salto e fui para as ruas Durham.

Então fui até a casa de Lucy, para o que eu faria precisava de uma amiga ao meu lado. Ela prontamente atendeu ao meu pedido, sempre com um sorriso no rosto e finalmente fomos para o orfanato da cidade.

Assim que chegamos lá, logo fui falar com a responsável do lugar, eu queria uma criança para cuidar e poder chamar de minha.

- Olá, senhorita. Em que posso ajudar?

- Bom, eu me chamo Anastácia e gostaria muito de poder adotar uma dessas crianças. - Falei me sentando em uma das cadeiras

- Isso é extremamente gratificante de se ouvir, Anastácia, eu sou Elizabeth. Bom primeiro precisamos saber mais de você, sua renda, estabilidade.

- Eu sou dona do La bonne nuit, a maior empresa de bebidas da cidade, isso acho que responde sobre minha renda. - Dei um sorriso de canto encolhendo meus olhos, eu não era uma Shelby de sangue mas talvez poderia me aproveitar disso. - Na verdade, meu nome completo é Anastácia Shelby.

- Então é parente dos peaky blinders? - A mulher respondeu com espanto nos olhos.

- É, não me orgulho disso. E aí? O que podemos fazer Elizabeth?

A mulher apenas fez um sinal com sua cabeça para que eu e Lucy a seguisse, ela nos levou até as crianças, eram tantas, cada uma com mais doçura nos olhos que as outras até que me aproximei de uma pequena garotinha de fios dourados, olhos firmes e azuis, ela parecia um verdadeiro anjo.

- Olá pequena, como está? - Disse me sentando junto a ela.

- Olá, tia. Eu estou bem, e a senhora como está? - Ela respondeu brincando com seu cavalinho.

- Eu estou ótima, qual é o seu nome pequena?

- É Penélope.

- Ah Penélope, que nome mais lindo. Eu sou a Anastácia, é um prazer te conhecer. O que acha de me visitar uns dias para nos conhecermos melhor? - Perguntei um pouco receosa.

- Quer dizer, me adotar? - Seus olhos brilharam logo que a pergunta saiu de seus lábios.

- Isso, mas somente se você se sentir confortável comigo.

A garotinha deu seu melhor sorriso e seus olhos encharcaram-se de lágrimas rapidamente, ela estava animada e saltitante assim como eu. Queria tanto viver essa experiência que havia sido roubada de mim por duas vezes em toda minha vida, queria trazer essa luz para dentro da minha casa e quando eu a vi, meu coração disparou diferentemente de todas as vezes.

Eu havia conversado com a dona do local e me aproveitei, de certa forma, de todas as regalias que o nome Shelby poderia me trazer por mais que eu o odiasse. Depois de horas de conversas e papéis sendo assinados finalmente eu poderia levá-la para conhecer minha casa, quem eu verdadeiramente era e a pequena também. Como John ficaria feliz agora.

Assim que deixei Lucy em casa, fomos para a minha,. A menininha ficou boquiaberta com o tamanho da mesma, aparentemente ela nunca teve em um lugar como aquele. Ela passeou em passos lentos por toda sala e eu a admirei como uma verdadeira fã, o sorriso dela era tão iluminado, era profundo e agora seria minha companheira para o resto da vida, se assim ela também quisesse.

- É tão linda essa casa, eu nunca estive em um lugar com tanta luxúria, e-eu nem sei como agradecer. - A pequena respondeu.

- Não tem que agradecer e eu prometo que farei meu melhor para te ver feliz, Penélope.

- Ninguém nunca quis me adotar. - Ela se sentou no sofá e eu a acompanhei. - Todas as famílias que me convidaram para suas casas desistiram no primeiro dia, e eu nunca soube os motivos.

- Ei, não se precipite, sei que as coisas darão certo para nós duas. - Disse tentando acalmá-la.

Passamos a tarde no jardim da casa brincando e nos conhecendo, e a cada segundo que eu passava ao lado da pequena me apaixonava.

✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas Shelby (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora