08. THE GARRISON

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Estava no famoso The Garrison, precisava afogar as mágoas em um copo raso de whisky e de gim

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Estava no famoso The Garrison, precisava afogar as mágoas em um copo raso de whisky e de gim. Estava acompanhada de Polly, Ada, Esme, Linda e Gina, apesar de não gostar muito da última. Era realmente a noite das garotas, era o que eu necessitava e elas sabiam disso. Minha discussão com Thomas me desestabilizou totalmente, queria por a cabeça no lugar.

Ainda estava pensando sobre a possibilidade de abandonar o emprego. Ficar longe de Thomas seria a melhor decisão, ambos sabiam disso. Mas depois de ver o rosto de Charlie e os olhos cheios de lágrimas quando viu as malas prontas, cortou meu coração. Só restava a distância.

- Gina porr*, seu nariz está branco, da uma limpadinha. - Linda brincou. - É da boa? Me dê um pouco ai.

- Eu peguei só um frasco, o Michael nem sonha que sou eu que ando pegando as paradas dele. - Gina disse enquanto soltava uma risada. - Aquele ali. - Gina me cutucou e logo em seguida apontando para o homem. - Aquele ali é o homem ideal pra você.

- Ele me parece interessante, mas não sei Gina, estou receosa, foi tudo tão recente que aconteceu. - Disse cabisbaixa.

- Deixe de besteira e use a sedução cigana que você tem, toma, passe um pouco disto. - A loira espirrou um pouco de sua loção em meu pescoço. - Agora vá!

Respirei fundo, mesmo achando que aquilo era tolice, me aproximei do rapaz que Gina havia me recomendado, ele era alto e exalava uma beleza e sensualidade única, ele poderia me prender somente com o olhar.

- Boa noite, está sendo bem tratado aqui? - Disse sentando-me na cadeira ao lado dele.

- Boa noite, deixa eu adivinhar, Anastácia Gray? - O homem sorriu de canto.

- Não Gray oficialmente, mas quase isso, como sabe?

- Eu andei investigando. Já ouvi comentários sobre você e também sei que é uma figura de atitude representativa, só poderia ser a filha de criação de Elizabeth. A perdoe minha indelicadeza, sou Mosley, ou melhor, Oswald Mosley.

- É um prazer senhor Mosley. Costuma vir sempre aqui a este PUB? - Enrrosquei alguns fios de cabelo em meu dedo.

- Não, na verdade é minha primeira vez. Sou do parlamento, acompanho os discursos de Thomas. Ele é um tanto convincente. - O homem arqueou a sobrancelha enquanto falava. - Eu lhe conheço Anastácia, uma mulher que se apaixonou e não foi correspondida, preciso de alguém como você ao meu lado.

- O que quer dizer com isso? - Achei um tanto estranho aquela conversa, me cheirava a algo combinado. - Explique-se

- Talvez eu possa te oferecer aquilo que você quer. - Ele sussurrou enquanto aproximava seus lábios dos meus.

Senti meu corpo quente naquele momento, ele me instigava a querer cada pedaço dele, o homem sabia como mexer comigo. Ouvi o barulho das portas do The Garrison se abrindo e ao olhar era Thomas e seus irmãos, péssimo momento.

- Então me mostra. - Dei um sorrisinho de canto e me afastei dele bebendo o whisky que estava em seu copo.

Assim que o provoquei, claro, ignorando completamente a presença de Thomas e seus irmãos, segurei na mão de Mosley e me levantei, o puxando, para que o mesmo me seguisse e assim ele fez.

Caminhei pelo meio do The Garrison até chegar a porta e por fim, sai pela mesma de mãos dadas com Mosley.

Não fazia ideia do que estava fazendo. De fato a bebida já tinha tomado conta da mente naquela hora. Não podia negar, era uma pessoa tímida, a bebida de certa forma ajudava.

- Para onde vamos? - Ele questionou.

- Me diz você? - Puxei o homem pelo colarinho até meu carro. - Vamos.

Adentrei ao banco do carona e o homem obedeceu as ordens, queria jogar com ele e ver até onde ele estava disposto a ir para me ter ao seu lado.

- Agora que estamos a sós, pode me dizer a verdade, o que quer de mim senhor Mosley?

- Eu tenho uma ideologia e acredito que ela garantirá o nosso futuro. Quero que me apoie e preciso que convença Thomas Shelby a apoiar a união britânica de fascistas.

- Como assim? Somos ciganos Mosley! - Disse um pouco confusa. - Pelo que sei esse fascismo dissemina o ódio a pessoas como eu.

- Você entenderá mais para frente, preciso que confie em mim, apenas convença Thomas Shelby. Não farei mal algum a você.

- Bom, eu vou tentar fazer o possível. - Respirei fundo. - Mas não vim aqui para falar de Thomas, vamos ao que interessa.

Comecei a desabotoar minha blusa lentamente e ele me observa faminto, soltei meus cabelos e retirei finalmente, por completo, minha blusa. Iniciei uma sessão de beijos pelo lóbulo do homem até chegar ao seu pescoço, em seguida senti ele puxando meus cabelos fazendo-me erguer a cabeça, ele distribuíu beijos por todo o meu colo. Quando as coisas realmente começaram a esquentar entre nós, escutei um barulho de pedra batendo em meu carro e quando olhei, era Arthur e John, obviamente a mando do maldito Tommy.

- Mas que por**. - Disse Mosley.

- Vamos parar por aqui se não minha querida família irá colocar fogo no carro conosco dentro. - Debochei.

Coloquei minha blusa e ajeitei meus cabelos e maquiagem, Mosley deixou o carro rapidamente. Assim que terminei meus retoques, desci do carro e voltei para dentro do PUB a fim de reencontrar as meninas.

- Acho que o negócio lá foi bom. - Disse Polly.

- Estava no banheiro quando tudo aconteceu, Polly me contou tudo e devo te alertar Ana. - Ada segurou em meu ombro. - Eu estava com Thomas quando esse homem estava no parlamento e saímos à um bar para conversar, esse cara é um monstro.

- Sim, eu sei, ele me contou de seus planos, mas ele não nos fará mal. - Dei de ombros.

- Ah querida. - Ada revirou os olhos. -Aquele homem é o próprio diabo.

Assim que Ada terminou as suas tentativas de me assustar, sai com Polly algumas horas depois e retornamos a casa de Thomas.

- Vejo que fez novas amizades, Anastácia. - Thomas acendeu seu cigarro e em seguida deu um gole em seu whisky.

- O que eu faço fora dessa casa só diz respeito a mim, licença Thomas. - Caminhei em passos lentos ao meu quarto, estava acabada.

✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas Shelby (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora