A Força Desse Amor - Turma Da Mônica Jovem

Me Importando Demais

POV CEBOLA
Não acredito que ela foi capaz de ficar com ele! Não consigo aceitar que estejam namorando! Ela não ama ele, eu sei que não ama! Por que ela se submeteu a isso?!
O pior que eu sei que uma hora ele vai aprontar com ela, mas o que posso fazer se a Mônica não quer aceitar? Já tentei de tudo, até não me segurar mais e acabar perdendo a cabeça. Já queria ter dado esse soco nele há muito tempo, confesso que queria ter batido muito mais... aliás fico um pouco intrigado do porque ele não reagiu, será que até levando soco ele não sai dessa pose de bom moço? Se fosse antigamente ele teria acabado comigo, mas não, se fez de fraco, garanto que foi só pra Mônica ficar com peninha dele. Eu não queria ter esse sentimento de ódio, não queria mesmo, mas não dá, no momento estou odiando ela por acreditar nele, por se entregar pra ele, tudo isso por pena e não por amor.

Licurgo - Cenourinha? Tão cedo aqui na sala? - Ele entra na sala de aula onde apenas Cebola estava.

Cebola - Bom dia professor, nem é tão cedo, daqui a 5 minutos toca o sinal. - Disse cabisbaixo na carteira.

Licurgo - O que foi cenourinha? Problemas com o coração, rapaz? - Ele pergunta se aproximando e se sentando a sua frente.

Cebola - Hum... Como o senhor sabe?

Licurgo - Não sou velho, mas sou vivido, não sou louco mas já amei na vida. Aliás me lembro até hoje que por ciúmes também já bati num cara que gostava da garota que sempre amei.

Cebola - E você ficou com essa garota no final?

Licurgo - Não... Depois disso eu agi feito babaca e a perdi pra sempre.

Cebola - Ah, fala sério! Eu não suportaria perder a Mônica pra sempre... Queria ao menos recuperar a amizade dela.

Licurgo - Se daqui pra frente agir corretamente, não vai perdê-la.

Cebola - O senhor viu a briga não é? Olha, eu sei que é errado mas...

Licurgo - No momento não estou aqui como diretor do colégio, mas sim como seu amigo, entendo bem a sua fúria Cenourinha, mas essas coisas não se resolvem assim. Já parou pra pensar que agora Mônica está la cuidando dele? E você só piorou o seu lado da situação, provou que também é um vilão.

Cebola - Mas essa nunca foi minha intenção, eu só... Eu só quero que a Mônica fique bem, e com ele ela não está segura! Não me importo tanto assim que ela fique com outra pessoa que não seja eu, tanto que ela namorou o DC e claro que eu não fiquei feliz com isso, todo dia morria de ciúmes de vê-los juntos mas eu sabia que com DC ela tava bem, e estava segura, por isso me controlava, já o Toni, ele não é confiável! Ver ela junto dele me causa raiva e desespero!

Licurgo - Até eu sei que aquele menino não é flor que se cheire, mas temos que respeitar as escolhas, se ela escolheu ele, não há nada que possamos fazer, ela terá que ver a verdade com os próprios olhos. Só resta você esperar. E não se preocupe a verdade sempre aparece. Se esse garoto realmente não mudou, uma hora ele dará algum deslize, ninguém finge ser o que não é por muito tempo. Tenha fé Cenourinha!

Cebola - Obrigado professor. Professor... Desculpe perguntar mas, o que o senhor fez de tão grave para perder a garota que amava pra sempre?

Licurgo - Bom. Isso ainda é um pouco delicado pra explicar, mesmo depois de tantos anos, mas... Eu não agredi só o cara naquele dia...

Cebola - Caramba professor... Sério?? Você foi capaz. De agredir ela???

Licurgo - Sim, Cenourinha. E me arrependo a cada noite, morro de vergonha desse passado, nunca contei ele a ninguém. É claro que depois disso paguei bem caro em todos os aspectos e mudei, e se pudesse voltar no tempo, arrancaria esse passado, afinal ela não tinha culpa, era a mais inocente da situação. Ela gostava mesmo de mim, porém por ser muito bonita, muitos tentavam chegar nela, e meu ciúme doentio me fez fazer o pior erro da minha vida. Nunca mais amei alguém. - Arrependido, ele abaixa a cabeça, se lembrando com pesar de tudo o que já fez no passado.