Como não contar

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— Espero que alguém tenha morrido! — Ino pisou forte ao entrar no apartamento, tentando dispersar sua frustração. Sakura interrompeu um dos melhores momentos de sua vida.

A Yamanaka sentou no chão da sala, encostada no estofado da amiga. Um banho, uma produção rápida e alguns beijos, foi tudo  que conseguiu fazer antes de sair de casa. Deixou os cabelos soltos para que secasse naturalmente enquanto corria para o lar da Haruno.

— Aguarde Hinata. Ninguém morreu, mas sinto que isso está próximo. — Ofereceu a pipoca que comia assistindo um filme em sua tv.

No grau de nervosismo que estava, só muita comida acalmaria seu pobre coração; pois de sua mente já havia desistido. Meditou e tentou se esforçar para acreditar que Tsunade não lhe arrancaria a pele, mas foi em vão. A única escapatória para a fúria da Sannin seria contar ao conselho que criara um jutsu clandestino. Talvez a prisão a salvasse da ira da Godaime, talvez...

— Não vou esperar a Santa por muito tempo. — Levou uma quantidade de pipoca à boca. — Eu tenho mais o que fazer…

— O quê? Limpar seu quarto que não é.

— Cada um tem um estilo de organização, meta-se na sua vida, testa!

A discussão foi interrompida pelo barulho da porta. Hinata entrou, também de cabelos úmidos como Ino, o que fez a Yamanaka imaginar que a amiga poderia ter feito o mesmo que ela e Shikamaru.

— Boa noite, meninas. Desculpem o atraso, tive que passar no clã e inventar uma ótima desculpa para o senhor Hiashi.

— Desculpa? Não estava em casa? — Sakura observou a amiga pela primeira vez. — Não dormiu na casa da Ino, ela chegou sozinha. Onde passou sua folga Hinata?

— Sente e conte tudo, Santa Hyuuga. — Ino puxou a morena para sentar-se à sua frente. — Depois conto minha parte.

— Mas eu convoquei a reunião! — Sakura também se sentou no chão ao lado de Ino e Hinata.

— Bom, alguém deve começar… — Hinata estava aflita. Queria ser a última para que se fosse expulsa pela Haruno, pelo menos, podesse ouvir as fofocas.

— Eu começo. — Sakura levantou a mão — Tsunade-sama me pegou em uma saia justíssima em sua sala hoje.

— Acaso estava se masturbando, Sakura? — Ino gargalhou, quase se engasgando com a pipoca e o tapa que levou da Haruno não foi para ajudá-la.

— Fez isso na sala da Godaime? — Hinata levou sua mão à boca tentando parar o riso que vinha.

— Não, o que pensam que eu sou? — Como sua imagem pareceu péssima na mente de suas amigas. — Tsunade estava longe da vila, então eu e Kakashi acabamos por…

— Por…? — Ino insistiu.

— Eu descobri o que o Kakashi sensei pensa — falou rápido para não perder a coragem, omitindo grande parte da história, mas ainda assim, contando a notícia principal.

— E quem é? — Dois pares de olhos miravam a Hyuuga que continuou. — Quem estava na mente de Kakashi-sama?

— Eu… — Sakura sentiu seu rosto queimar assim que disse.

— Você? — Duas vozes falaram alteradas.

— Qual o problema? Não acreditam que eu posso despertar o desejo de um homem bonito como Kakashi?

— Não é isso. — Ino continuou. — Mas o pervertido deveria ter pensado ao menos em um ménage, e como tocou nele?

Perguntas demais pensava Sakura. Imaginou uma chuva delas, entretanto nada tão direto.

O que eles pensam? - Sasuhina/ KakaSaku/ ShikaInoOnde histórias criam vida. Descubra agora