A casa estava com um clima morto e desanimado, Itachi estava sozinho no sofá da sala, observando algumas formigas tentando carregar uma barata morta. Já faz um mês desde o dia no piquenique, mikoto relutou muito em ser levada para o hospital e acabou ganhando a discussão, agora, vivia com febres alta. As vezes, Itachi ia em seu quarto e falava sobre como estava sendo as coisas mas nunca tinha resposta e quando algo saia da boca de mikoto eram sempre murmúrios sem sentido ou gritos. Itachi era quem estava cuidando da casa, Sayuri, a vizinha veio nos primeiros dias e o ensinou a fazer o básico de comida. Itachi sempre via os dois vizinhos quando ia para o pequeno mercado mais próximo, rodeado de poeira e nada, estavam sempre sorrindo, principalmente o marido da mulher que Itachi não conhecia muito bem, seu sorriso na verdade era um pouco estranho.
Itachi ouviu um suspiro e se virou para trás com os olhos curiosos, encarou o pai que passava uma das mãos na cabeça e com a outra segurava um boné, depois de um tempo, olhou para o filho, esse que desviou o olhar. Fugaku se aproximou do garoto e pousou suas mãos sobre o ombro da criança, deu um leve aperto e soltou outro suspiro.
-Vai ficar tudo bem meu filho, tem que ficar! - Fugaku o tranquilizou mesmo sabendo que não seria tão fácil assim, estava com tanto medo quanto o filho.
-Eu sei pai, a mamãe é forte, vai superar isso logo - Itachi tentou tranquiliza-lo mas não deu muito certo, Fugaku pensava na possibilidade de ir a cidade, o risco era alto.
-Eu conheço ela a mais tempo que você -ele riu alto -amanhã mesmo ela deve estar bem -Itachi se virou para encara-lo e ele sorriu.
Tinha tanto orgulho do seu pai, o jeito que ele passava confiança e tranquilidade era único, quase não conseguia perceber a preocupação em seu olhar mas era quase impossível não notar. A sua determinação era como a de uma pessoa que percebe que ela não é correspondida pela pessoa que ama e mesmo assim continua sorrindo, mas nunca desistindo dessa pessoa. Mas isso também trazia aflição porque essas pessoas sempre acabam se magoando no final.
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No dia seguinte nada mudou, Mikoto continuava suando frio, murmurando coisas que ninguém sabia decifrar, misturando letras e palavras. Fugaku, no andar de baixo andava de um lado para o outro, aflito e com os olhos um pouco marejados. Parou quando viu Sayuri descendo as escadas limpando as mãos em um lenço. Itachi estava no outro quarto, ouvia algumas vozes baixas e de vez em quando um grito abafado, ouvia passos pesados e preocupados que deduziu ser do pai e enfim, uma porta bateu. Saiu do quarto, assim que viu seu pai suas esperanças sumiram, ele estava sentado na cadeira de madeira pensando, não parecia triste e nem feliz, apenas preocupado.
-Pai... -começou mas percebeu que o pai não o olhava -pai... -tentou de novo mas falhou novamente. Chegou perto do pai e encostou em seu braço mas recebeu um tapa na mão vindo do mais velho.
Fugaku olhou para o filho que estava espantado, se levantou e sem dizer uma palavra ao filho, saiu da casa.
_Fugaku on_
"Já faz mais de um mês que ela está assim.... Mas ela é teimosa de mais e não quer ir ao hospital e agora o que eu fasso... E para piorar descontei minha frustração no Itachi, ele não tem culpa de nada e está tão aflito quanto eu" pensou Fugaku indo para uma fazenda ao lado da sua onde vendiam vários tipos de cervejas/bebidas, iria descontar a sua angústia nas bebidas, entrou no local e chamou uma das pessoas que trabalha no estabelecimento.
-Fuyuki?
-Senhor Fugaku, o que o senhor desejas?- Perguntou Fuyuki, anotando num papel o que o homem a sua frente iria querer.
-Me chame só de Fugaku, me vê umas três garrafas de Saquê por favor- Pediu com educação, pois o homem a sua frente não tinha culpa do que estava acontecendo.
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um passo para a dor -itadei [Cancelada]
RandomMano, essa é boa. Confia que essa é a minha melhor fanfic Mal sabia itachi que um dia no parque seria o começo de uma jornada de dor, ele não imaginava, quem imaginaria? Ele era uma criança, pura e sem maldade, mas não por muito tempo. A vida tira...