um passo para a dor -itadei [Cancelada]

Capítulo 4

Pah...

Foi o som que o tapa do homem a sua frente fez, seu rosto se virou com o impacto rápido, bruto e quase letal, "qual é o motivo de hoje? Oque eu fiz agora?" pensava o menino sendo puxado pela gola da camisa escura, olhou em seus olhos escuros e esperou o próximo golpe certeiro.

O tempo tinha se passado tão devagar que Itachi já tinha se esquecido da própria idade, desde a morte de sayuri ele nem teve tanta animação com isso já que era ela que sempre o animava. Hiroshi, o homem com quem foi deixado era cruel e mesmo assim Itachi imaginava que não demoraria o homem fazer algo pior...

O tempo não foi muito bom para Itachi, seu corpo continua fraco como sempre, diferente de hiroshi que parecia cada vez maior e mais forte, olhava as vezes do chão enquanto ele lhe batia e percebia o quanto era fraco perto daquele monstro. Hiroshi já chegou a quebrar a porta do quarto de Itachi quando ele se recusou a abrir e enquanto a outra porta não foi colocada, hiroshi fazia visitas noturnas a Itachi que por pouco saia intacto. As vezes o velho tentava avaçar sua mão para dentro das vestimentas do menino mas itachi sempre conseguia contornar a situação

Um outro soco avançou para o rosto que já não estava tão bonito de itachi, seu corpo ficou em choque quando sentiu a dor dominar todo o seu corpo, o que poderia sentir naquele momento além de medo? Seu pescoço estava sendo apertado pelo homem, enquanto a outra mão de hiroshi encontrava o seu rosto toda vez que se serrava. Hiroshi tem ficado cada vez mais impaciente a cada noite que passava sem itachi e isso o deixava cada vez mais agressivo, para ele, o tempo de escolher chegou

-você me pediu um tempo e eu te dei, quero agora Itachi, AGORA! -falou com sua voz rouca de quem fuma três maços de cigarro por dia, cada vez mais nervoso e ao mesmo tempo confiante

-O... O... -tentou falar mas lhe faltava ar, seu pescoço já estava enfaixado por culpa das outras tentativas de enforcamento de Hiroshi e agora algum sangue ja escorria tanto de sua boca quando dos ferimentos.

-se esqueceu de como se fala? -perguntou o homem desviando os olhos do rosto ferido do garoto, no fundo se sentia um lixo mas de algum modo gostava de ser todo aquele lixo, fedendo e transbordando, contaminando qualquer coisa por perto.

Jogou o garoto no chão e seu pé como muitas outras vezes encontrou o rosto de Itachi, a sola do sapato queimando a dignidade do garoto agora deitado, sentindo um nojo pelo que ia dizer mas era o que ele achava mais fácil, menos dolorido, já não era tão forte quanto antes, seu corpo já estava no seu limite. Sempre que voltava da escola via no caminho um outro garoto com roupas rasgada, magro e com fome, sempre pedindo trocado na rua e era isso que o mantida sã, "não posso me dar ao luxo de reclamar, não estou com fome, não sou como ele, eu nunca o vi reclamando. Eu ainda tenho uma boa vida, ainda tenho o que vestir e comer, como posso reclamar?" sempre pensava sozinho e aquele garoto mesmo indiretamente lhe dava forças para continuar, mas agora, nada mais importava

-O... Ok -falou com dificuldades e os chutes pararam, Hiroshi deu quase que um grunhido e seus pés se afastaram do garoto

Era tudo que Hiroshi queria ouvir, a "permissão", se é que poderia chamar aquilo de permissão, era quase como se o garoto implorasse pelo fim do sofrimento, mesmo que fosse pago com a morte. Hiroshi levou suas mãos ao ziper da calça e o abaixou sentindo um leve frio nas partes baixas, olhou para itachi no chão tentando segurar as lagrimas que insistiam em cair e o pegou pelo braço com força, o machucando. O homem o jogou na cama sem nenhuma delicadeza e o ordenou apenas com um aceno para que tirasse a roupa, e foi o que fez

O homem alto e um pouco gordo se aproximou vestindo apenas a blusa branca nojenta manchada de suor. Itachi ficava com nojo de tudo aquilo, de seu corpo despido, de seus ferimentos abertos e sangrando da expressão cheia de desejo no rosto de Hiroshi e principalmente do membro grande de grosso do homem, escondido entre os pelos pretos e abandonados, ainda mais nojentos. Se deitou melhor na cama, virado de costas. Seja o que acontecer ali ele apenas não queria ver