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Depois de horas fazendo exames o médico veio até mim, ele disse para apenas eu entrar no consultório, e eu fiz como ele mandou.

-bom, você tem anemia, e se você não cuidar você pode ter uma leucemia, e isso é algo muito sério, além de que o senhor vai rever a alimentação certo?.

-certo.- disse baixo, ele fez uma receita também e me entregou.- obrigado.

-trate de procurar uma profissional de saúde! Você está abaixo do peso!- eu concordei e sai da sala, vi o Cris falando com um rapaz, ele parecia estar rindo bastante.

-vamos?- perguntei chegando perto dele, o mesmo me olhou e sorriu.

-esse é meu namorado, o bruno.- ele disse pro rapaz que sorriu.- Bruno, esse é um grande amigo meu, Lúcio.- ele disse me olhando.

-prazer.- disse levantando a minha mão, ele sorriu e concordou.- vamos?.

-vamos.- ele disse pegando a minha mão.- tchau Lúcio!.

-tchau, vai la em casa qualquer hora!- ele disse mordendo os lábios, eu olhei pro Cris e o mesmo negou com um sorriso malicioso.

-vem!- disse puxando ele, o mesmo me olhou e eu terminei de puxar ele.- para de dar corda pra essas putas!- disse olhando ele.

-larga de ser doido!- ele disse terminando de sair do hospital.- não enche não!.

-voce é ridículo!- disse entrando no carro.- eu vou dirigir hoje!- disse me sentando no banco do motorista.

-voce dirige pessimamente!- ele disse me olhando.

-compra um carro pra você.- disse ligando o carro e arrumando o banco.

P.o.v Leo.

-pai...- disse batendo na porta do escritório.- posso entrar?.

-entra Leonardo!- eu entrei e ele me olhou.- vai aceitar?.

-sim... Mas não por muito tempo, não quero ficar dependendo de você.- disse enquanto me sentava.- agora, promete que não vai falar pra mamãe?- ele sorriu e concordou.

-seu quarto tá do mesmo jeito, dês de quando você tinha doze anos... Lembra, antes da sua mãe me largar.- ele disse colocando as mãos sobre a mesa.- o Paulo não vai te atrapalhar viu?.

-pai, seu filho, não vai me atrapalhar.- disse olhando ele.- vou manter distância também viu!- disse apontando uma caneta pra ele.

-pai...- vi o garoto entrar na sala.- oi?.

-oi... Pai eu vou pro meu quarto!- disse levantando e saindo do escritório, o garoto me olhou e olhou meu pai.

-eu posso te levar lá... Acho que você vai gostar! Papai comprou uma cama nova pra você!- ele disse sorrindo, eu olhei pro mesmo e neguei.- por favor... Humm?.

-ta garoto!- disse subindo as escadas.

Logo depois dos meus pais se separarem ele teve um caso com uma garota, ela morreu no parto, e então o filho ficou pro meu pai cuidar, não que ele não fosse assumir... Mas essa criança tomou toda a minha atenção.

-aqui! Seu quarto!- eu entrei e ele me olhou.- eu escolhi a cama!- ele disse sorrindo.- papai disse que você precisava de uma cama mais confortável! Aí eu escolhi uma igual a minha só que maior.- ele disse animado e depois deu um sorriso meigo.- quero ser igual a você e o papai quando crescer!.

-o que você sabe sobre mim?- perguntei olhando ele, o mesmo saiu correndo do quarto e voltou com um álbum.

-aqui, é a sua formatura! Você era incrível!- ele disse animado.- quero fazer teatro! Mas o papai ainda está em dúvida.- ele disse enquanto deitava na minha cama e abria o álbum.- papai disse que a sua mãe te colocou no teatro quando era pequeno.

-verdade... Mas eu odiava.- disse sentando ao lado dele.- mas vem cá, pra ser ator, precisa ter talento... Você tem?- perguntei pra encher o saco, ele levantou e me olhou.

-por que? Por que tanta maldade! Por que tanta dor! Pai, ó pai! Tanta dor! Tanta falta de amor! Eu só queria te amar! Mas não! Não! Você só queria me matar! Pai! Ó pai! Quanta maldade a de fazer eu passar!- ele disse como se estivesse atuando.- por favor... Não atire! NAO ATIRE SENHOR!- ele gritou me fazendo arrepiar.- SENHOR! Deixe Dandara ir! Por favor! A culpa não é dela!.

-olha, assistiu essa peça.- disse olhando ele, o mesmo sorriu e concordou.- você tem talento pirralho, mas eu não sei.... Falta algo!... Ação!.- disse puxando ele.- quantos anos tu tem mesmo?.

-nove... Papai disse que você tem vinte e um! Ele disse que você parou de estudar! Mas continua sendo o orgulho dele, assim como eu.- ele disse sorrindo, eu sorri e abracei ele.

-pirralho.- disse fazendo carinho no cabelo dele.- onde você estuda?.

-na ribalta! Lá tem curso de teatro também!- ele disse sorrindo.- eu estudo meio período, no outro eu faço, violino, caratê, literatura, piano, e aí falta um... Que quero o teatro!.

-bem lotada sua rotina.- disse sorrindo, ele concordou e olhou pra mim.

- e você? Como é ser modelo? Papai disse que você é incrível!.- ele disse abrindo os braços.- ele diz que somos os grandes orgulhos dele!.- ele disse animado enquanto sorria, eu sorri e vi meu pai na porta.

-oi pai.- disse envergonhado, ele entrou e se sentou ao nosso lado.- tudo bem?.

-tudo sim... Meu amor, vamos deixar seu irmão descansar? Amanhã ele tem que acordar cedo! E você também!- ele disse fazendo carinho no Paulo, o mesmo concordou e deu um beijo na minha bochecha.

-tchau branquinho!- ele saiu correndo e eu olhei pro meu pai.

-boa noite meu filho.- ele disse me abraçando.- promete que nunca mais vai voltar para aquele bar?.

-prometo pai.- disse abraçando ele, o mesmo beijou a minha testa e saiu, eu me deitei na cama e suspirei.- caramba... Eu voltei pra cá... Meu deus!- eu levantei e peguei um carrinho que era da minha infância.- a que incrível... Ainda existe!- eu sorri e coloquei na prateleira.- olha, eu pareço um velho.- me deitei na cama novamente e peguei meu celular.

-bom... Espero que possamos...- comecei a assistir uma série enquanto descansava.

Estava com saudades disso, sem ter que tranzar com alguém pra ter um lugar pra dormir, nunca imaginei que teria que passar por isso, não dessa forma.

P.o.v Nicolas.

-desculpa?- perguntei olhando a Lídia, ela se sentou e concordou.- desculpa por ser um idiota.

-ta tudo bem... Me desculpa por não te contar antes... Eu tinha medo.- ela disse segurando a minha mão.

-ta tudo bem Lídia... Você não tem culpa.- eu disse abraçando ela, a mesma sorriu e me deu um beijo.

-amor... Minha mãe pode vir amanha?- eu dei um sorriso falso e concordei.

A mãe dela é um verdadeiro pé no saco, ela reclama de tudo e todos, e sempre trás as filhas juntas, e aquele Neto irritante... Amanhã eu vou ter que aguentar isso, pela minha esposa!.

-que hora ela chega?- perguntei olhando ela.

-depois do almoço.- ela disse se deitando.- minhas irmãs e meu sobrinho vão vir também.

-imaginei.- disse me deitando.- amanhã será um longo dia.

---------------------------------------------------autora: Aiai, voltei das férias, estavam com saudades?.

Gosto de estrelinhas e comentários.

Nosso Amor Ainda É Pra TresOnde histórias criam vida. Descubra agora