Carol: Bom dia, manguaceira... — falou ao vê-la entrar na cozinha entre bocejos as quase 8:00 da manhã
Paolla: Vai se ferrar, Carolina. — irritada e mal humorada
Mariana: Tá mais calma? — entregando uma xícara com um sorriso largo
Paolla: E eu tava nervosa onde, minha gente? — com toda ironia existente enquanto se servia com um pouco de café
Mariana: Não, eu que tava. — respondendo no mesmo tom
Paolla: Oi, meu filho... lindo da mamãe... — acariciando o cachorro que pulava e balançava o rabo freneticamente ao ver a dona
Carol: Seu filho não para de me pedir comida, tá alimentando ele não? — falava enquanto esticava a mão dando mais um dos inúmeros pedaços de pão ao animal
Paolla: Ele é guloso, né meu lindo? — enchendo-o de beijos — Onde tá meu celular? Já que as lindas confiscaram ontem. — mantendo o sarcasmo enquanto as duas nem davam bola
Carol: Tocou duas vezes. — apontando para o aparelho sobre o balcão
Paolla: Número desconhecido. — vendo as chamadas
Mariana: Sua sacola ficou no meu carro, tô indo buscar ele daqui a pouco.
Paolla: Eu vou com você, preciso pegar o meu na revisão. Mandei fazer tudo que precisava.
Carol: Vai fazer o que hoje?
Paolla: Ficar bem longe de vocês. — fazendo careta e sinalizando distância com as mãos
Mariana: Ih, acordou de mau humor... — implicando
Paolla: E com dor de cabeça. — indo até uma maleta com vários medicamentos, tomando um analgésico
Carol: Vamos pegar uma praia bem rápido? Só pra ativar a vitamina D.
Paolla: Não! — respondeu rapidamente quase se engasgando — Não vou à praia nenhuma, quero ficar bem longe de praia hoje. E tenho coisas marcadas também.
Mariana: Ainda tá nervosa. — sussurrou para a amiga entendendo o motivo da recusa
Paolla: Cala a boca! — jogando um pacote de pão de forma nela
Carol: Telefone... — apontando para o aparelho que vibrava
Paolla: Alô? — atendeu de testa franzida ao ler novamente que o número era desconhecido — Ah, não, não acredito... sacanagem, né? Você? Enchendo meu saco a essa hora da manhã? O que você quer comigo, criatura? — com o tom de voz alterado — Não, não tô disponível pra você, nem hoje e nem nunca! Me esquece, beleza? Finge que eu não existo. — dando pausa para ouvir enquanto as amigas a olhavam curiosas — Tô pouco me importando se você tá aqui, tá na China, na Austrália, na casa do caralho, não me importo! Some da minha vida igual você fez da última vez. Tchau! — desligando enfezada
Mariana: É quem eu tô pensando? — ela só balançava a cabeça confirmando enquanto respirava nervosa
Paolla: Acredita que me ligou porque tá no Brasil e quer me ver? Eu mereço, puta merda... — passava a mão no rosto impaciente
Carol: Depois de tudo que fez... — meio atônita
Paolla: Era tudo que eu precisava! Ex bosta ressurgindo das cinzas e o outro que mal me chamou pra sair, e já se mostrou um cafajeste. Será que meu destino é esse mesmo? Estar rodeada de homens que não prestam? É, bem que dizem: sorte no jogo, azar no amor. No meu caso, sorte no trabalho e muito azar no amor. E bota azar nisso! — virava a xícara de café de uma vez só, completamente acelerada
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Porque Eu Te Amo
FanfictionPaolla Oliveira, 35 anos, fisioterapeuta e sócia-fundadora de uma rede de clínicas voltadas para reabilitação de pessoas, referência na área de fisioterapia do país. Rodeada de muitos amigos e bastante apegada a família, além dos companheiros fieis...