Meu nome é Sakura, tenho 20 anos e estou no terceiro semestre de Enfermagem, estudo na Universidade de Itália, me mudei para cá a pouco tempo, estava cansativo ir e vim todo dia, aluguei um pequeno apartamento a três quadras da faculdade, era bem confortável e aconchegante, por sinal estava já desfazendo minhas malas, arrumei todas as minhas roupas no armário, minto, apenas joguei de qualquer forma e fechei a porta, sou desorganizada mesmo, coloquei minha bancada de desenho na sala juntamente com minha cadeira, cobri o sofá branco em forma de L com um manto preto, deu o toque, abri o tapete no chão, dei uma geral e no final das contas o apartamento ficou um lugar interessante, me deitei no tapete da sala e olhei atentamente para a porta de vidro que dava na varanda, é eu não estava acostumada em fazer faxina. - O som da campainha me tira de meu descanso.-
- Já estou indo! - Exclamei em voz alta enquanto me levantava do chão, abri a porta e era uma senhora com um cesto coberto com um pano xadrez. - Olá
- Olá querida, sou sua vizinha, moro no 105, vim lhe trazer um presente de boas vindas. - Me entregou um cesto de piquiniqui coberto, simplesmente me abraçou e saiu. -
- Obrigada. - Estatica ainda da visita repentina agradeci e tentei entender o que havia acontecido nesse presente momento. -
- Por nada. - Fechei a porta e me sentei no sofá, a cesta era dividida ao meio, uma parte era fechada com um pequeno cadeado, abri a parte que não havia cadeado e vi tortinhas de chocolate, bolos e cup cake, embaixo um bilhete junto com a chave.
"Olá Sakura, seja bem vinda ao nosso humilde condomínio, lhe trouxe algumas lembranças, há uma em especial, pegue a chave e abra o outro compartimento, ele é um pouco rabugento e arisco, mas nada que você não possa mudar antes que o tempo dele acabe."
Como ela sabia meu nome? E o que raios de enigma é esse? Sem mais delongas peguei a chave e a coloquei no cadeado, dei a volta e ele destrancou, abri a tampa da cesta, havia um gato preto com uma fita azul no pescoço, retirei ele dali, era lindo, coloquei em meu colo e passei minha mão na cabeça dele, o mesmo me ignorou, quanta audacia, coloquei meu dedo em seu nariz, ele foi rápido o bastante para cravar suas unhas e dentes no meu dedo, em um momento de desespero soltei-o no chão, ele continuou em pé e apenas saiu da sala, corri para o banheiro para passar álcool em meu dedo, o sangue escorria enquanto eu lavava com o alcool. coloquei um bandaid e voltei para sala, e por sinal lá estava ele em cima da minha almofada amolando suas unhas logo em seguida se deitando.
- Ei! Você mal chegou aqui e já está achando que é dono de tudo? Negativo, pode sair dai. - Ele deitou a cabeça e me ignorou, guardei as coisas da cesta na geladeira e voltei para a sala, sentei novamente no sofá, o sol da tarde que entrava pela janela causava uma sensação boa, apesar de estar frio.
- Já que simplesmente te jogaram aqui eu preciso te dar um nome, certo? Humm, Kaya é um nome legal. - Acariciei a cabeça dele, me levantei do sofá e tirei minha blusa, logo depois o resto da minha roupa e fui tomar um banho, demorei pouco mais que 20 minutos, quando sai do banheiro Kaya já estava sobre minha cama, balançava sua calda inquieta para todos os lados possíveis, vesti uma calcinha e um vestido qualquer e me deitei na cama, acabei dormindo, acordei com barulhos vindo da cozinha, rapidamente pulei da cama e tranquei a porta do meu quarto na chave, a noite foi horrível, os barulhos não paravam e eu não tive coragem suficiente de verificar o que estava acontecendo, quando amanheceu eu estava exausta, abri a porta do quarto devagar, Kaya estava deitado no chão ao meus pés, peguei ele e o coloquei em meu colo, o mesmo dormia que babava, fui devagar até a sala, parecia que havia passado o furacão Katrina na minha sala, havia uma caixa de leite sobre a mesa, a manta preta do sofá estava toda bagunçada, minha cozinha estava com louça suja, meu chocolate havia acabado, o que raios aconteceu aqui?
Deixei Kaya sobre a poltrona e fui arrumar aquilo, eu não poderia ser sonâmbula, mas não havia sinais de arrombamento nem nas janelas e muito menos na porta, será que na verdade eu adoro fazer um lanchinho noturno? Meu celular tocou.
- Oi Amor. - Eu disse ao atender meu celular -
- Estou passando ai daqui alguns minutos pode ser?
- Claro Sasuke, então vou te esperar para tomar café. - Desliguei. -
Esqueci de mencionar que eu tinha namorado, ele se chama Sasuke, Uchiha Sasuke, ele tem 26 anos é formado em medicina, assumiu o posto de Médico chefe desde que seu irmão sumiu do Hospital do qual é ou era dono, ele é alto, alvo, tem cabelos negros e rebeldes, seus olhos são como carvão, eu o conheci em uma das nossas visitas ao hospital, ele sempre nos guiava, ele acabou se aproximando de mim, eu sempre estava por lá como voluntária não apenas em horário de aula, a campainha tocou, fiquei pensando na vida e acabei nem tomando um banho.
- Sakura? - Sasuke gritou. -
- Já estou indo, calma! - Corri em direção a porta a abrindo.
- Bom dia amor. - Ele me deu um beijo na bochecha. -
- Não precisava trazer café da manhã. -
- Eu não queria te incomodar, não queria que precisasse ir para o fogão fazer o café. - Ele sorriu. -
- Espera só um minutinho por mim? Vou tomar um banho.
- Desde quando você tem gato?
- Desde ontem. - Peguei Kaya em meus braços. -
- Quem te deu? - Ele parecia não gostar muito de Kaya. -
- Minha vizinha, por que?
- Por nada... - Ele se sentou no sofá, fui em direção ao quarto com Kaya em meu braços, o coloquei sobre a cama e tirei minha roupa, fui em direção ao banheiro, liguei o chuveiro e tomei uma deliciosa ducha de água gelada, amo tomar banho frio, fiz toda minha higiene tanto pessoal como bucal e sai do banheiro apenas com uma toalha, me vesti e sai do quarto.-
- Demorei muito?
- Você sempre demora.
- Deixa de ser ranzinza Sasuke. - Me sentei no colo dele o mesmo me abraçou e tomou meus lábios em um doce beijo, Kaya ficava se roçando nas pernas de Sasuke. -
- O que ele quer?
- Não sei, deve estar com fome. - Me levantei do colo de Sasuke e peguei uma tigela e coloquei leite, mas Kaya nem ligou, Sasuke se levantou e foi para a mesa onde eu estava e Kaya foi atrás, tirei as coisas que estavam na cesta que Sasuke havia trago, peguei a torta e a parti em varios pedaços, coloquei um pedaço para ele, Kaya pulou sobre a mesa e roubou as cerejas da torta de Sasuke. -
- Estranho.
- Kaya sai daqui! Seu malvado!!! - Afugentei ele com um pano de prato.-
- Meu irmão adorava roubar minhas cerejas. - Kaya saiu de cima da mesa e continuou a se roçar nas pernas de Sasuke, peguei a torta dele e dei o resto para Kaya, já que ele havia feito o favor de comer, Kaya estava inquieto, terminamos de tomar o café e depois passamos um tempo deitados sobre o sofá assistindo um filme, almoçamos juntos em um restaurante nas proximidades, depois ele me deixou na porta de casa e voltou para o hospital, fiquei estudando o resto do dia, até que finalmente a noite chegou, dormi na sala com Kaya sobre mim, novamente acordei com barulhos, olhei por cima do sofá e pude ver um vulto na cozinha, me levantei devagar e peguei o vaso que estava ao meu lado, me aproximei sorrateiramente e joguei o vaso na cabeça de quem quer que fosse que estivesse ali, liguei a luz e meus olhos simplesmente não acreditaram no que estavam vendo, um homem sem nada, sim ele estava pelado, tinha um abdômen definido, cabelos longos e pretos, seus olhos eram vermelhos como sangue, ele era branco como papel, ele tentou se levantar, peguei uma frigideira que estava sobre o balcão.
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In My Dreams
RomanceUchiha Itachi, um médico arrogante que só ligava para a aparência das pessoas, até que tudo isso mudou quando pisou no calo de uma velha bruxa, agora preso em um encanto que perduraria por 16 luas cheias até que achasse seu amor verdadeiro ou contin...