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Stelany






Com um sorriso nos lábios, coloco o pequeno vaso perto da janela do meu quarto e olho para ela lembrando de como Lionel a conseguiu.

O dia foi extremamente diferente para mim. Não consigo tirar Lionel da minha cabeça. Será isso paixão?

O nosso beijo, ainda sinto o gosto dos seus lábios, e lembro de quando nos beijamos todas as vezes que nem tive tempo de lembrar e contar, mas foram muito boas e eu gostei bastante.

Suspiro e sigo para o banheiro tomar um banho e depois me troquei usando o meu pijama para dormir. Coloquei meu telefone no criado mudo e me deitei, deligando as luzes, deixando apenas o abajur ligado.

Tentei fechar os olhos e a imagem dele sorrindo invade novamente a minha cabeça. É normal lembrar dele desse jeito?

Fico me revirando na cama para tentar dormir. Já está tarde e ainda não consegui pregar o olho. Fico frustrada e bufo querendo dormir, mas nada do sono aparecer.

Uma vibração me faz olhar para o meu telefone que acendeu. Pego ele e é uma mensagem dele. Um alivio me invade, e abro a mensagem dele.

— Está acordada? — Perguntou.

— Estou.

— Não consegue dormir, também?

Ele deve estar na mesma situação que a minha. O dia foi tão marcante para ele, quanto para mim. É complicado entender o que estou sentindo, mas a sensação é agradável.

— Não.

— Não consigo para de pensar no beijo.

Um rubor atinge meu rosto. Queria escrever a ele que também não consigo para de pensar no beijo.

— Foram beijos.

— Queria poder ter mais muito desses beijos.

Sorri com a sua mensagem. Lionel parece um bobo depois do beijo. Não sei como a minha cara fica, mas ele parece um abobado depois de me beijar e aquele gemido que ele deu, foi prazeroso em ouvir.

Lembrei sobre a Sarah ficar a saber do nosso beijo e conto a ele. Não tudo o que já ouvi dela, mas apenas o que se precisa ser feito. Talvez Lionel saiba o que fazer para Sarah não contar para ninguém.

Lionel responde à mensagem e diz que vai tratar desse problema e nosso pequeno namoro ficará em segredo. Só espero que ele não vai dar um susto a ela, apenas uma conversa pedindo para não contar é o suficiente.

Conversamos por muito tempo e quando adormeci, não me dei conta que havia caído no sono até que lambicadas são dadas no meu rosto.

Resmungo e abro os olhos vendo Noah, segurando o pequeno Majestoso no seu colo e fazendo com que o cãozinho me desse essas lambicadas.

— Bom dia, dorminhoca. — Disse, Noah.

Bocejo e olho em volta. Está tudo claro e há um sol forte lá fora. Me ergo para me sentar e Noah faz o mesmo, com o cãozinho nos braços e afagando os pelos dele.

— Bom dia.

— Dormiu bem?

— Dormi bem. — Me espreguicei e o encarei. — Que horas são?

— São onze, Anãzinha. 

Arregalo os olhos procuro pelo meu telefone para confirmar mesmo. Noah é brincalhão e talvez esteja fazendo isso para me assustar. Meu telefone está debaixo do travesseiro e confirmo ser perto das doze da tarde.

SanctaOnde histórias criam vida. Descubra agora