As vezes só precisamos embarcar
Dormir em um sono infinito
Que não dá vontade de jamais acordar
Para nunca parar de sonharSonhos nos trazem esperança
Nos lembram daquela infância
Sem nada a se preocupar
Sem medo de fracassarComo queria voltar a sonhar
Mas isso só trás dor e pesar
Julgo, feridas que demoram a curar
Como a lepra que ninguém quer tocarMas em um infito vazio me encontro
Onde não existe abandono
Onde não posso ser encontrado
Dentro da minha mente sozinho, caladoDentro de mim, nada me assuta
Nem a mais temível bruxa
Nem aquele espantalho abominável
Suspenso, preso, intocávelPessoas não ligam para o que sente
Só querem que esteja presente
Quando precisam de algo pedir
E não importa se não consegue sorrirQuem se importa com um elo quebrado
Com o vaso estilhaçado,
Com o fio desencapado
Com sua mente em farraposR.S.