Prólogo ❥ Parte I

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“O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que assistem sem fazer nada.”

- Albert Einstein

- Albert Einstein

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JACK TOWNSEND

Três anos antes...

Eu ainda sei viver?

Essa é a questão que mais me atormenta.

Eu consigo levantar todos os dias, por o lixo para fora e assistir a uma partida de basquete? Consigo dormir sem um milhão de pesadelos perturbando meu sono?

Não... dormir sempre será diferente — muito além de fechar os olhos e ter um sonho sem sentido... Aliás, sim, sem sentido, é como tudo ficou desde que coloquei meus pés novamente em Portland.

— Jack, vamos embora. — A mão delicada da minha irmã pousa no meu ombro.

Sua voz é quase inaudível em comparação ao barulho do bar em que estamos.

Limito-me apenas a tocar seus dedos com a mão direita, sentindo a textura gelada do seu anel — uso a esquerda para chamar a jovem bartender que se aproxima do balcão.

— Mais Jim Beam? — a funcionária sugere.

Nikki intervém, rápida e ríspida:

— Nada disso! Ele quer água.

— Quem disse? — reclamo sem olhar para ela.

Minha caçula tira vinte pratas da bolsa e as joga sobre o balcão.

— Trás água pra ele. Vamos pra casa, Jackie.

— Não.

— Você queria beber. Nós bebemos. Agora já chega.

Passo a mão pela cabeça raspada, contrariado.

Ela tem razão: precisamos. Eu preciso. Não importa quantas doses queimem na minha garganta. Isso não vai ajudar em nada. No mínimo servirá para esquecer somente por esta noite. E eu necessito de muito mais do que isso.

Bebo em um só gole toda a água fresca que a bartender me serve.

E então me ponho de pé.

Encaro Nikki.

— Vamos, Nicole. Obrigado por ter vindo até aqui, a propósito.

Ela sorri, compreensiva.

— Imagina. Que bom que você me chamou. Sabe que horas são?

— Pra lá das onze.

— A noite passou voando... Nós temos que ir logo... antes que a mãe coloque um detetive atrás da gente.

Minha Rosa dos VentosOnde histórias criam vida. Descubra agora