9. Amor a primeira vista?

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Por Vegeta

Abri os olhos devagar sentindo um pouco de falta de ar, meu corpo todo doía, havia tubos e uma máscara presa em meu rosto, olhei para o lado e Bulma estava ali sentada em uma cadeira debruçada sobre a mesa dormindo.

Senti meus olhos lacrimejarem, tentei levantar, mas eu estava fraco e parecia que todos os ossos do meu corpo estavam quebrados.

— Você acordou? — ela se aproximou rápido e passou a mão sobre meus cabelos.

Bulma é uma ótima pessoa, me acolheu quando estive sozinho e perdido vagando por aí, me deu uma oportunidade de emprego, minha riqueza se deve tudo a ela, mas o que adianta toda essa riqueza se não posso tê-lo ao meu lado agora? Sinto pena e me dói ver Bulma sofrer assim por minha causa, ela não merece passar por tudo isso.

Não consegui mais me segurar e comecei a chorar.

— Não chore você está bem agora. Vou chamar o médico. — ela se virou para sair, mas segurei sua mão.

— Me perdoa. Você não merece passar por isso, não tem que se preocupar tanto comigo. — acariciei o peito de sua mão com meu polegar.

Ela deu aquele sorriso meigo e se aproximou beijando minha testa.

— Não se preocupe. Você sabe que te amo, você é como um irmão. Nunca vou te abandonar, sempre que precisar vou estar aqui ao seu lado. — essas palavras me fizeram chorar novamente.

Percebi que os olhos dela estavam avermelhados, provavelmente por chorar e por minha causa. Ela sorriu passou pela porta, fiquei sozinho naquele quarto gelado havia pouca luz. Minha mente só conseguia pensar nele nada mais além dele.



Dois meses atrás...

Acordei de repente com o barulho do meu celular, levantei minha cabeça percebendo que havia dormido na porcaria do escritório novamente. Meu celular tocou outra vez, o peguei deslizando o dedo na tela. Havia cinco ligações seguidas da Bulma.

— Vegeta, onde você se meteu? Estou te ligando e nada. — ela parecia furiosa.

— Estou na universidade, eu dormi. — suspirei — de novo.

— Nossa vai pra casa já está tarde, esquece esse trabalho. Isso é uma ordem! — ela respondeu com aquele tom de autoridade de sempre.

— Eu tenho que corrigir aquele erro logo, isso já está me dando dor de cabeça. Não se preocupe já estou de saída. Bulma vamos sair hoje? Que tal a Neon?

— Ótima ideia. Eu estava mesmo querendo sair um pouco. Te encontro lá dentro na mesa de sempre. E vai logo embora daí.

— Ótimo nos vemos lá. — desliguei me espreguiçando.

Isso é tão cansativo, nós estamos em um projeto revolucionário, se tudo der certo vai mudar completamente o mundo e Bulma vai me dar quarenta por cento, mas esse projeto já me deu muita dor de cabeça.

Peguei minha mochila e fui para casa. Entrei no meu quarto tirando aquele paletó horrível, odeio usar essas porcarias, mas sou obrigado. Não vejo a hora de entrar na minha banheira deliciosa.

Entrei no banheiro preparando a banheira e quando fui me olhar no espelho o meu carimbo estava bem na minha bochecha. Não acredito que andei quase por toda a cidade com meu nome ali. Ainda bem que estava de capacete. Por isso o porteiro da universidade ficou me olhando estranho.

Eu tinha que ir na Black Pearl hoje, mas não estou com vontade, aquela casa só tem lucros graças a mim. Talvez a Bulma esteja certa e eu tenha que parar com isso, mas eu adoro muito isso, dançar para um par de olhos fascinados e deixá-lo sem fôlego, deslizar sobre a barra, eu sou o melhor.

Encontros do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora