O preconceito me matou

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Um brinquedo fui comprar,
dinheiro consegui juntar.
Estou muito feliz ,
é um presente para Beatriz.

Na loja cheguei ,
a boneca peguei.
Logo, fui pagar,
o segurança começou a me encarar.

Ele veio e me puxou ,
para fora me jogou.
Começou a me bater,
nada pude fazer.

Eu queria não entender,
o que levou ele a me bater.
Sou um homem trabalhador,
estou apanhando por causa da minha cor.

Muita dor estou sentindo,
ele comigo está se divertindo.
No meu pensamento comecei rezar ,
que minha família Deus possa ajudar.

Eu via a escuridão ,
ar não tinha em meu pulmão.
A boneca que comprei,
para minha filha nunca entreguei.

Letícia Martins da Silva

versos que refletemOnde histórias criam vida. Descubra agora